21.07.2015 Views

Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

45possibili<strong>da</strong>des de entendimento, quando parte-se <strong>da</strong> noção de que a teoria deve serdesenvolvi<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong>s observações <strong>da</strong>s interações pessoais no contexto <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> real(GIDDENS; TURNER, 1999). No contexto contemporâneo, quando fenômenos de mu<strong>da</strong>nçasocial, política, tecnológica, legal – entre outros, acontecem de maneira turbulenta, essapostura mostra-se adequa<strong>da</strong> para a compreensão <strong>da</strong>s dinâmicas individual, grupal,organizacio<strong>na</strong>l e social.2.3 As várias dimensões <strong>da</strong> CulturaDesde a déca<strong>da</strong> de 80 a cultura vem se tor<strong>na</strong>ndo um tema importante em diversos tiposde estudos organizacio<strong>na</strong>is. No entanto trata-se de um conceito que tem sido apropriado demaneira muitas vezes pouco crítica, desconhecendo-se o alcance do seu significado origi<strong>na</strong>l.Segundo Schwartzman (1997) a sociologia sempre evitou o uso <strong>da</strong> cultura como fatorexplicativo dos fenômenos sociais porque afirmar que ca<strong>da</strong> povo tem sua cultura seria deixarde lado a análise de quaisquer diferenças, justificando-as pelas diferenças culturais. Damesma forma, afirmar que as culturas são únicas e incomparáveis seria aceitar comoinevitável a desigual<strong>da</strong>de, e recusar o princípio de que a h<strong>uma</strong>ni<strong>da</strong>de é <strong>uma</strong> só. Num extremoo culturalismo tornou-se a base para <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lismos exacerbados, ou então seguiu a expansãodos impérios coloniais. Em outro extremo, politizou-se para defender minorias étnicasameaça<strong>da</strong>s e grupos sociais cuja identi<strong>da</strong>de ia sendo desfeita pela massificação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>demoder<strong>na</strong>. As limitações dos modelos explicativos de tipo racio<strong>na</strong>lista, em contraste com ariqueza e densi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s descrições culturais de cunho fenomenológico ou literário pareciamconfirmar o fracasso do projeto iluminista <strong>da</strong> sociologia.Segundo Schwartzman (1997) <strong>na</strong>s últimas déca<strong>da</strong>s do século XX novas perguntasafloraram, como in<strong>da</strong>gar porque alg<strong>uma</strong>s socie<strong>da</strong>des, como o Japão e a Coréia foram capazesde se reerguer de guerras devastadoras e construir sistemas econômicos poderosos, enquantooutras, como a Argenti<strong>na</strong>, dilapi<strong>da</strong>ram passo a passo a riqueza acumula<strong>da</strong> - ou porque algunsgrupos imigrantes, nos Estados Unidos, a<strong>da</strong>ptaram-se à cultura domi<strong>na</strong>nte e ascenderamsocialmente, enquanto outros, como as minorias negras nos subúrbios <strong>da</strong>s grandes ci<strong>da</strong>des,não conseguiram fazê-lo <strong>na</strong> mesma proporção. Segundo o mesmo autor, para entender essasquestões “existem duas respostas insatisfatórias, e um terreno pantanoso a ser explorado. As

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!