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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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38Do ponto de vista <strong>da</strong> psicologia social as contribuições são varia<strong>da</strong>s. Exami<strong>na</strong>ndo osindivíduos em seu enquadramento social e cultural esse enfoque oferece <strong>uma</strong> perspectiva deanálise que mescla a preocupação antropológica à questão do indivíduo. O reconhecimentosocial de qualquer evento, bem como sua percepção e julgamento, a questão do significado<strong>da</strong>s atitudes e do comportamento, o estudo <strong>da</strong> interação e conflitos dos indivíduos dentro dosgrupos passam a ser objeto de <strong>uma</strong> análise que pretende ser simultaneamente macro e micro.Com respeito aos grupos, a psicologia começou seus estudos desde a déca<strong>da</strong> de 1920,estu<strong>da</strong>ndo-os como “facilitadores sociais” ao potencializar a capaci<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong> indivíduo,mas também sua característica de padronização de comportamentos, bem como seu efeito decriação de conformi<strong>da</strong>de nos seus participantes. A “transformação perante o público” tambémé um fenômeno observável, isto é, as pessoas tendem a comportar-se de maneira diferente apartir <strong>da</strong>s informações que detêm <strong>sob</strong>re quem é que as observa. Desde Freud (1922), queargumentou que um líder surge em um grupo quando seus integrantes encontram nesseindivíduo um objeto de afeto, essas dimensões que circulam entre o afeto e a razão sãoobserva<strong>da</strong>s. Os padrões de estruturação e a organização de liderança autocrática oudemocrática, a cooperação e a competitivi<strong>da</strong>de – e os sentimentos decorrentes <strong>da</strong> filiação aum ou muitos grupos são outros objetos de estudo que dizem respeito a <strong>uma</strong> matrizsimultaneamente social e individual.A obra de Mead (1982) é um exemplo dessa preocupação básica de conciliação entre aconsciência individual e o mundo e a socie<strong>da</strong>de – o que, no seu no caso, significava também<strong>uma</strong> conciliação entre ciência e filosofia. Para esse autor a individualização é o resultado <strong>da</strong>socialização, e não sua antítese. Tratando a linguagem como algo inerentemente social ele seafastou do behaviorismo, apesar de incluir o conceito de “self” em <strong>uma</strong> compreensão queparte de Darwin e <strong>da</strong> evolução <strong>da</strong> espécie h<strong>uma</strong><strong>na</strong>, o que poderia sugerir um “positivismo”psicológico – às vezes chamado de “behaviorismo social” (FARR, 2002, p.110). Mead (1982)afirma que o fato do “self” emergir <strong>da</strong> interação social faz <strong>da</strong> consciência um processo social,e foi por isso que um de seus alunos, Blumer (1969), <strong>da</strong>s suas idéias derivou <strong>uma</strong> sociologia:o interacionismo simbólico. A obra de Mead (1982) recebeu análises também de Habermas(1990), que viu em sua obra <strong>uma</strong> referência para seus próprios estudos <strong>sob</strong>re indivíduo esocie<strong>da</strong>de e a mediação entre ambos feita pela comunicação e pela linguagem.Lambert e Lambert (1972) afirmam que os processos estu<strong>da</strong>dos pela psicologia social,como socialização, mu<strong>da</strong>nça de atitudes e comunicação fazem parte de macro-processossócio-culturais, que compõem a dinâmica histórica e social. Uma in<strong>da</strong>gação acerca <strong>da</strong> relaçãoentre os processos sócio-culturais e os psicossociológicos levaria a múltiplas respostas, mas,

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