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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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37Uma outra vertente de estudos que considera a dimensão social e cultural, em umentendimento “micro”, é aquela que contempla a chama<strong>da</strong> “microssociologia”. De certa forma<strong>na</strong>sci<strong>da</strong> do estudo de pequenos grupos nos Estados Unidos, a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 40 do séculoXX, a perspectiva microssocial vai privilegiar a interação social – e essa interação pode sercompreendi<strong>da</strong> como um fenômeno informacio<strong>na</strong>l. A construção do sentido nela vai ocuparpapel preponderante.A sociologia dos pequenos grupos faz parte de <strong>uma</strong> tradição de estudos que remontaao funcio<strong>na</strong>lismo. Embora vá desaguar n<strong>uma</strong> microssociologia que se opõe aos estudosmacrossociológicos, pode-se observar essa filiação <strong>na</strong> problemática <strong>da</strong> construção <strong>da</strong> ordemsocial – termi<strong>na</strong>ndo por construir <strong>uma</strong> sociologia <strong>da</strong>s organizações <strong>sob</strong> a perspectiva dos seusatores. A razão de estu<strong>da</strong>r os pequenos grupos é, primeiramente, segundo Mills (1970)pragmática: a necessi<strong>da</strong>de de entender os pequenos grupos dá-se não somente pelo grandenúmero de pequenos grupos existente, mas também porque suas decisões têm efeitospoderosos <strong>na</strong> história <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des, bem como sua dinâmica influencia a forma de viverdos indivíduos. Mas além <strong>da</strong> compreensão sociológica não pragmática – o simples ato deconhecer - há <strong>uma</strong> outra razão, de <strong>na</strong>tureza sócio-psicológica – eles são pontos deconvergência <strong>da</strong>s pressões sociais e individuais. Mills (1970) ain<strong>da</strong> aponta <strong>uma</strong> quarta razão,de <strong>na</strong>tureza sistêmica: os pequenos grupos são microcosmos do sistema social, apresentandoaspectos societários e culturais do seu entorno. O efeito do grupo <strong>sob</strong>re os indivíduoscomeçou então a ser notado e estu<strong>da</strong>do desde a educação de jovens em gangues criminosasaté a melhoria de pacientes tuberculosos participantes de grupos de auxílio mútuo ediscussões.A teoria funcio<strong>na</strong>lista reduziu a complexi<strong>da</strong>de dos grupos a modelos mais ou menossimples, como “mecânicos”, “organísmicos”, “de equilíbrio” ou “cibernéticos”. Mas essaabor<strong>da</strong>gem não esgotou a temática, antes abriu a discussão para tópicos relevantes, tais como:como pode se <strong>da</strong>r a observação dos pequenos grupos (familiari<strong>da</strong>de, participação etc.); comofazer a obtenção sistemática de <strong>da</strong>dos (entrevistas, colaboração etc) ; análise do processo deinteração; processos executivos; relações emocio<strong>na</strong>is; dinâmicas de grupo; relações deautori<strong>da</strong>de; e processos de experimentação. Esta temática foi abraça<strong>da</strong> pela <strong>na</strong>scente teoria <strong>da</strong>Administração, via estudos psicológicos, como os de Lewin, a<strong>na</strong>lisa<strong>da</strong> pelo prisma <strong>da</strong>psicologia social e, fi<strong>na</strong>lmente, retoma<strong>da</strong> pela sociologia <strong>sob</strong> diversas perspectivas queprivilegiam diversas instâncias de análise – a sociologia compreensiva - de inspiraçãoweberia<strong>na</strong> - de Schutz (1970), o interacionismo simbólico e os trabalhos de Goffman (1974) ea etnometodologia de Garfinkel (2002).

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