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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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357Entre as inúmeras limitações deste trabalho alinham-se – além <strong>da</strong>s próprias limitaçõesdo autor, como teórico e pesquisador de campo - a dificul<strong>da</strong>de de abarcar tantos campos doconhecimento que, apesar de fronteiriços, guar<strong>da</strong>m muitas especifici<strong>da</strong>des, bem como aobrigatorie<strong>da</strong>de de restringir a amostra <strong>na</strong> parte qualitativa a três municípios, que, emborasejam <strong>da</strong>s regiões consagra<strong>da</strong>s pela literatura como “especificamente mineiras”, são ape<strong>na</strong>strês regiões em um Estado tão vasto. Na parte quantitativa, mais cruzamentos de variáveispoderiam ser experimentados. Na revisão <strong>da</strong> cultura brasileira e mineira mais estudos podemser incorporados, <strong>uma</strong> vez que <strong>uma</strong> explosão de trabalhos vem acontecendo em várioscampos, como a História, desde o capítulo <strong>sob</strong>re a “vi<strong>da</strong> social” <strong>na</strong> época <strong>da</strong> colônia, <strong>na</strong> obrade Prado Júnior (1983).São muitas as variáveis envolvi<strong>da</strong>s - e isolá-las mereceria mais estudos. Além<strong>da</strong>queles já sugeridos acima neste mesmo tópico (verificar o impacto <strong>da</strong> informali<strong>da</strong>de <strong>na</strong>gestão <strong>da</strong> informação; observar a pereni<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s transformações <strong>na</strong> gestão <strong>da</strong> informação emca<strong>da</strong> município e a eficácia de outros preditores de <strong>saúde</strong> frente à gestão <strong>da</strong> informação) umoutro possível trabalho seria fazer esta mesma pesquisa em outros Estados e regiões, paratraçar um quadro comparativo – e perceber a real dimensão <strong>da</strong>s sub-culturas estaduais frente àcultura brasileira nessa temática. Além disso, talvez fosse útil utilizar o conceito deAntropologia <strong>da</strong> <strong>Informação</strong> em <strong>saúde</strong>, <strong>na</strong> socie<strong>da</strong>de como um todo, e não somente no setorpúblico. No próprio setor público um outro estudo poderia privilegiar a gestão <strong>da</strong> informaçãono nível estadual ou no nível federal, ou o trânsito de informações entre eles - ou comparar onível dos gestores e o nível dos funcionários. Outro possível estudo seria concentrar-se <strong>na</strong>suni<strong>da</strong>des de atendimento, percebendo o relacio<strong>na</strong>mento entre profissio<strong>na</strong>is de <strong>saúde</strong> eusuários do sistema, e como se dão os fluxos de informação entre estes atores. Uma outrapossibili<strong>da</strong>de seria comparar a gestão de informações no setor público e no setor privado.Nesses estudos aqui sugeridos - alguns poucos <strong>da</strong>s infinitas possibili<strong>da</strong>des - o uso de camposdo conhecimento mencio<strong>na</strong>dos, mas pouco utilizados neste trabalho, como a Semi<strong>ótica</strong> <strong>da</strong>Cultura, a Microssociologia ou a Psicologia Social poderiam desempenhar um papel maisrelevante e aprimorar o conceito de Antropologia <strong>da</strong> <strong>Informação</strong>.As conclusões aqui aponta<strong>da</strong>s, embora estejam longe de ser definitivas, devem sercompreendi<strong>da</strong>s dentro <strong>da</strong> breve história <strong>da</strong> <strong>na</strong>ção brasileira, sua conformação culturalmultifaceta<strong>da</strong>, a tradição autoritária a que foi submeti<strong>da</strong> desde os tempo <strong>da</strong> colônia, ainstabili<strong>da</strong>de econômica que faz parte <strong>da</strong> sua história e os riscos que ain<strong>da</strong> enfrenta nopresente, incluindo, além <strong>da</strong> economia e <strong>da</strong> política, a “deculturação” de que fala Ribeiro(1995) e o “novo irracio<strong>na</strong>lismo” antevisto por Rouanet (1987) no Brasil.

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