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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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33ensi<strong>na</strong><strong>da</strong>s pelo seu meio cultural, ou porque a prática Norte-america<strong>na</strong> de estimular umcomportamento exibicionista <strong>na</strong>s crianças teria impacto <strong>na</strong> síndrome de Somos o no. 1, quepersegue aquele país.Segundo Samain (2001), a recolocação <strong>da</strong> questão comunicacio<strong>na</strong>l, n<strong>uma</strong> perspectiva“orquestral” (inspira<strong>da</strong> pelos trabalhos de Norbert Wiener) e não meramente “telegráfica”(aperspectiva de Shannon e Weaver) feita por Bateson (1986) buscou equacio<strong>na</strong>r a interrogação<strong>sob</strong>re a comunicação h<strong>uma</strong><strong>na</strong> nos termos de <strong>uma</strong> estrutura que pudesse ligar os seres vivosentre si – a <strong>na</strong>tureza e o pensamento, a comunicação e a antropologia. O conceito batesonianode estrutura – como ligação entre os seres vivos contrapõe-se à concepção de estrutura deLévi-Strauss (basicamente abstrata). Johnson (2004) aponta a dinâmica de rede em formigas,cérebro, ci<strong>da</strong>de e software, em <strong>uma</strong> perspectiva informacio<strong>na</strong>l similar.Trabalhando de maneira transdiscipli<strong>na</strong>r, entre a psiquiatria e a antropologia, Bateson(1972) delineou os parâmetros de <strong>uma</strong> “nova comunicação”, calca<strong>da</strong> em <strong>uma</strong> “antropologia<strong>da</strong> comunicação” mas também i<strong>na</strong>ugurou <strong>uma</strong> “epistemologia <strong>da</strong> comunicação” que estárelacio<strong>na</strong><strong>da</strong> à ciência <strong>da</strong> informação, ao menos em <strong>uma</strong> perspectiva antropológica. Pensarantropologicamente a comunicação h<strong>uma</strong><strong>na</strong> significaria investigar etnograficamente oscomportamentos, as situações, os objetos que, n<strong>uma</strong> comuni<strong>da</strong>de, são informações percebi<strong>da</strong>scomo portadores de um valor comunicativo.Para Bateson (1972), esse projeto epistemológico será construído a partir dos seresvivos e, como <strong>uma</strong> ciência do conhecimento constituí<strong>da</strong> no campo <strong>da</strong> investigação empírica –isto é, a epistemologia batesonia<strong>na</strong> pertence à ordem do concreto e do sensível e não pode seconstruir no campo <strong>da</strong> abstração ou do puro racio<strong>na</strong>lismo. A forma como adquirimosconhecimentos ou informações origi<strong>na</strong>-se, sempre <strong>da</strong> observação - ou de <strong>uma</strong> experiência. Oser h<strong>uma</strong>no somente pode adquirir conhecimentos através dos seus órgãos sensoriais ouatravés de seus próprios experimentos. Por isso, <strong>na</strong> perspectiva de Bateson a comunicação é ocerne <strong>da</strong> epistemologia. A ciência do saber somente pode se desenvolver com base n<strong>uma</strong>observação e a partir de <strong>uma</strong> estocagem de informações. A perspectiva de Bateson,justapondo comunicação e antropologia i<strong>na</strong>ugura um novo olhar, baseado em <strong>uma</strong> leituracomunicacio<strong>na</strong>l do mundo social - comunicação como fato cultural e sistema social - não <strong>uma</strong>telegrafia relacio<strong>na</strong>l, mas, sim, <strong>uma</strong> orquestração social a ser observa<strong>da</strong> nessa perspectiva dofazer antropológico.Da mesma forma Tomasello (2006) investiga a origem dos sistemas linguísticos esimbólicos, instituições, governo e religiões, bem como <strong>da</strong> ciência e <strong>da</strong> tecnologiademonstrando que são produtos criados pela associação entre recursos cognitivos individuais

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