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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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345pelo fato do Estado representar <strong>uma</strong> are<strong>na</strong> política onde muitos interesses se chocam e seharmonizam.A concepção habermasia<strong>na</strong> de esfera pública envolve a discussão do poder em umcenário de construção <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia e eficácia de decisões que afetam to<strong>da</strong> a socie<strong>da</strong>de. Assim,o modelo político de toma<strong>da</strong> de decisões, a racio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de limita<strong>da</strong> do gestor, os aspectosincrementais de muitas <strong>da</strong>s decisões públicas e, por fim os incontáveis aspectos éticosrelacio<strong>na</strong>dos a essa discussão, em todos os níveis, puderam ser observados <strong>sob</strong> <strong>uma</strong>perspectiva antropológica e informacio<strong>na</strong>l, ou, para utilizar <strong>uma</strong> expressão cria<strong>da</strong> por Ecoquando propôs <strong>uma</strong> semi<strong>ótica</strong> <strong>da</strong> cultura – <strong>uma</strong> <strong>ótica</strong> semio-antropológica (ECO, 1991, p.16).O trabalho propôs-se transdiscipli<strong>na</strong>r, e a Ciência <strong>da</strong> <strong>Informação</strong> acolheu essa propostaabrigando muitos campos do conhecimento, conceitos e autores que compartilham fronteiras.Os campos <strong>da</strong> informação, <strong>da</strong> antropologia e <strong>da</strong> <strong>saúde</strong>, <strong>na</strong> visão do pesquisador, recusaram<strong>uma</strong> visão unidimensio<strong>na</strong>l para tratar o objeto pesquisado, e percebê-lo do ponto de vista de<strong>uma</strong> pesquisa de campo revelou <strong>uma</strong> ciência social aplica<strong>da</strong>, como a Administração, em umsetor que, por ser público, envolve ain<strong>da</strong> mais variáveis. Isso tornou o trabalho mais extensoque o inicialmente pretendido. Espera-se que esforço de fazer ciência sem tantosenquadramentos epistemológicos, mas mantendo o rigor e fugindo do hermetismo de muitasanálises pós-moder<strong>na</strong>s tenha sido frutífero.Desven<strong>da</strong>ndo esse ambiente foi possível perceber que o fenômeno <strong>da</strong> descentralizaçãoadministrativa do setor <strong>saúde</strong>, propiciado pela reforma do Estado <strong>na</strong>s últimas déca<strong>da</strong>s, geroualguns sub-efeitos: o primeiro foi a “localização” <strong>da</strong> gestão, que assumiu o feitio <strong>da</strong>sestruturas locais de poder e cultura; o segundo foi o choque entre essa reali<strong>da</strong>de local com asiniciativas e práticas vincula<strong>da</strong>s a <strong>uma</strong> racio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de técnica de caráter modernizador -oriun<strong>da</strong>s inclusive, mas não somente, <strong>da</strong> administração <strong>da</strong> <strong>saúde</strong> nos níveis federal e estadual,que, embora tenham também características <strong>da</strong> tradição política brasileira patrimonialista eclientelista, carregam, desde a criação do Sistema Único de Saúde, <strong>uma</strong> cultura de carátertecnoburocrático modernizante. Essa racio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de é oriun<strong>da</strong> também do próprio campo <strong>da</strong>Saúde Coletiva – a Epidemiologia e a configuração de novos paradigmas de assistência à<strong>saúde</strong> - e do campo <strong>da</strong> Administração <strong>Pública</strong>, com a substituição do modelo burocrático <strong>da</strong>gestão por <strong>uma</strong> perspectiva mais gerencial.A grande maioria dos respondentes confirmou as características <strong>da</strong> mineiri<strong>da</strong>de que aliteratura pesquisa<strong>da</strong> <strong>sob</strong>re assunto revelou. Um ponto de discordância entre mineiros e nãomineiros que foram entrevistados foi a característica de “acolhimento”, característica mineira,

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