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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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327rigorosos no setor público, no Rio é o contrário. Há <strong>uma</strong> resistência grande não sóàs regras, mas à racio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de. É <strong>uma</strong> coisa meio sistemática, burlam-se regras quepoderiam e as não poderiam ser burla<strong>da</strong>s. (E/UFMG)Quanto às fontes de informação para toma<strong>da</strong> de decisão dos secretários municipais de<strong>saúde</strong> e a gestão <strong>da</strong> informação nesse nível <strong>da</strong> gestão pública (produção e coleta deinformação/ informação para decisão):Se você vê a agen<strong>da</strong> do gestor, ele trabalha muito com o dia a dia. Ele não temprojetos consistentes para o médio e longo prazo. Eles desenvolvem ações de roti<strong>na</strong>ou de improviso, quando surge um problema novo. As informações são mais úteisem ações planeja<strong>da</strong>s – o que não ocorre. Ele apaga incêndios – tem que encaminharum afilhado do Vereador para consulta, e por aí [...] é isso que ele faz no dia a dia.São raros os municípios em que isso é delegado para um subalterno, e o gestor ficano estratégico. E mesmo nesses casos a gestão é mal feita, porque as bases de <strong>da</strong>dossão muito fragmenta<strong>da</strong>s. E, além disso, são meio duvidosas. Hoje o SUS exige que ogestor alimente as bases de <strong>da</strong>dos <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is, ele tem que alimentar. Não alimentamporque acham aquilo importante, que vai servir pra alg<strong>uma</strong> coisa, eles fazem is<strong>sob</strong>urocraticamente, para cumprir <strong>uma</strong> obrigação. (E/UFMG)Nas decisões que não são rotineiras:É um processo em an<strong>da</strong>mento. Antigamente os municípios não tinham a atribuiçãode planejar, às vezes nem de executar. O processo de municipalização aconteceu emum tempo muito curto, e pegou os municípios sem cultura de gestão, sem noção nemde onde conseguir informações. Foi <strong>uma</strong> transição muito rápi<strong>da</strong> [...] Mas ao longodesse tempo, <strong>na</strong>s ci<strong>da</strong>des de porte médio e grande já se pode perceber <strong>uma</strong> equipetécnica, com <strong>uma</strong> outra visão <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de ter projetos, de sair do improviso e<strong>da</strong> roti<strong>na</strong> [...] Ao menos no papel já existe em alguns municípios um setor de gestãode informação, ao menos no papel – pelo menos já é visto como importante. Jáestão até fazendo até um “upgrade” <strong>na</strong> utilização dos sistemas do Ministério. Porexemplo, o SIAB, que tem problemas. O Ministério tem demorado a mexer, e já temmunicípios fazendo por conta própria. (E/UFMG)Um outro entrevistado revelou o problema <strong>da</strong>s equipes <strong>da</strong>s Secretarias (recursosh<strong>uma</strong>nos/ qualificação/decisão):Em ci<strong>da</strong>des muito peque<strong>na</strong>s o Secretário não tem <strong>uma</strong> equipe. Às vezes ele temape<strong>na</strong>s três funcionários <strong>na</strong> Secretaria. Não tem <strong>na</strong><strong>da</strong> estruturado paraplanejamento, ele toma decisões no momento, com o que tem ao dispor. Em ci<strong>da</strong>desum pouco maiores já existe <strong>uma</strong> equipe. O gestor aí já pode tomar decisões combase em um diagnóstico um pouco melhor. Mas muitas decisões são de caráterpolítico ou clientelista, contrariando muitas vezes o que o próprio diagnósticoaponta. Na hora de localizar <strong>uma</strong> certa uni<strong>da</strong>de de <strong>saúde</strong> pesa muito o apoio que oPrefeito teve <strong>na</strong>quela comuni<strong>da</strong>de, e não a necessi<strong>da</strong>de. Mesmo em municípiosgrandes. (E/UFMG)A informação que as pessoas podem esconder ou compartilhar é em função deinteresses pessoais, que não tem <strong>na</strong><strong>da</strong> a ver com os objetivos <strong>da</strong> instituição.

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