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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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315Estado. Há nuances <strong>na</strong> mineiri<strong>da</strong>de. Citando, segundo ele, Drummond, disse que os segredos<strong>da</strong> mineiri<strong>da</strong>de “nem os mineiros confessam entre si”. Os mineiros teriam “um caráterconciliador, trabalhando os conflitos de forma negocia<strong>da</strong>, com o intuito de buscar soluçõesconsensuais”. Existe <strong>uma</strong> pré-disposição para negociar, além <strong>da</strong> a auto-estima de ser mineiro,bem como traços de culto às raízes e a história, que o levam a ser algo conservador, e dereserva frente ao desconhecido. Juscelino Kubistchek (Diamanti<strong>na</strong>) e Tancredo Neves (SãoJoão del Rei) representam bem as diversi<strong>da</strong>des – a Mi<strong>na</strong>s do garimpo e a Mi<strong>na</strong>s <strong>da</strong> tradiçãoagrária. Tendo vivido muitos anos em Brasília, percebeu que a disposição para tratar osconflitos é percebi<strong>da</strong> pelos que não são mineiros. Uma sereni<strong>da</strong>de frente às diferenças,convivendo bem com as diversi<strong>da</strong>des. (E/SES/NE).Sobre diferenças entre as mineiri<strong>da</strong>des, um outro entrevistado afirmou:Se você divide o Estado em quatro partes, no Norte você tem pessoas que ain<strong>da</strong>sofrem com falta de água, estra<strong>da</strong>s; no Sul de Mi<strong>na</strong>s, até a água é mineral; noTriângulo, a terra dá de tudo. Nessas duas regiões os mineiros nem vêm à BeloHorizonte. Na Zo<strong>na</strong> <strong>da</strong> Mata a influência do Rio é grande, mas a zo<strong>na</strong> rural é muitopobre também. É claro que a <strong>saúde</strong> e os serviços são marcados por essasdiferenças. (E/COSEMS)Isso reflete-se também no trabalho <strong>da</strong>s secretarias municipais. Há dificul<strong>da</strong>de de obterrecursos h<strong>uma</strong>nos no Norte do Estado. Os problemas também são maiores <strong>na</strong>s regiões maispobres.Mas por outro lado, quanto à cultura local, foi afirmado que: “No Norte as pessoas sãomais afetivas e conversam muito mais que no Sul.” (E/CES).Quanto à informação em <strong>saúde</strong>, um entrevistado fez imediatamente <strong>uma</strong> correlaçãocom a tecnologia <strong>da</strong> informação, e sua localização geográfica (cultura local/regio<strong>na</strong>l –variáveis econômicas): “No Norte de Mi<strong>na</strong>s é difícil a gestão <strong>da</strong> informação. Oscomputadores não existem, ou são poucos; o acesso à internet é difícil. No Sul a ren<strong>da</strong> é maiseleva<strong>da</strong>, é muito mais tranqüila a questão <strong>da</strong> informação. Isso afeta os serviços.”(E/COSEMS).In<strong>da</strong>gado <strong>sob</strong>re a circulação (dissemi<strong>na</strong>ção) de informações dentro <strong>da</strong>s secretarias umentrevistado não considerou nenhum outro tipo de informação, que não a digital. E fez, denovo, a comparação, mas dissociando a cultura local <strong>da</strong> “informação técnica”, e associando-acom outras variáveis – poder político, dependência e acomo<strong>da</strong>ção:

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