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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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280Mas a religiosi<strong>da</strong>de não interfere de forma negativa, não. No SIAB há umformulário que pergunta o que as pessoas procuram quando ficam doentes, e o nívelde benzedeiras é muito baixo. Elas procuram muito mais o hospital ou uni<strong>da</strong>des de<strong>saúde</strong>. Os agentes de <strong>saúde</strong> têm um nível de escolari<strong>da</strong>de muito baixo, então têm <strong>uma</strong>cesso muito fácil com a população, li<strong>da</strong>m bem com o povo, porque são o povo. Elesse entendem muito bem com a população com a qual trabalham. (E/DI/NT)In<strong>da</strong>gados <strong>sob</strong>re que tipo de mineiro são os diamantinenses (cultura local) outrascaracterísticas forma enfatiza<strong>da</strong>s:[...] são tranquilos, todo mundo se conhece [...] O pessoal é muito festivo, adorafestas, muitas festas religiosas também, o povo é muito religioso [...] Comoqualquer ci<strong>da</strong>de do interior é tudo muito mais pelo coração [...] são muito poucoprofissio<strong>na</strong>is. (E/DI/NO)Isso se reflete no ambiente de trabalho (cultura organizacio<strong>na</strong>l): “[...] o ambiente émuito familiar, pouco profissio<strong>na</strong>l [...] os aspectos pessoais interferem o tempo todo, porquetodo mundo conhece todo mundo [...]”. (E/DI/NO)A população por ser muito carente, é muito submissa aos médicos, aos dentistas [...]principalmente ao médico [...] Recebem as ordens muito bem e, salvo exceções, nãoquestio<strong>na</strong>m. Só questio<strong>na</strong>m quando o médico alega não poder atender alguém –tentam convencer o médico do contrário. Mas eles não têm argumentos pra falar deigual pra igual. A compreensão (<strong>da</strong> linguagem) é facilita<strong>da</strong> pelo fato dos médicosserem <strong>da</strong> região, ou estarem aqui há muito tempo, já estão a<strong>da</strong>ptados [...] Tirandoo problema <strong>da</strong> letra, que é um eterno problema (segundo ele a letra é diferenteporque os médicos consideram-se diferentes, superiores. Os médicos que se formamhoje formam-se com <strong>uma</strong> mentali<strong>da</strong>de diferente). O modo de falar, embora menos,reflete essa “superiori<strong>da</strong>de”. Principalmente os médicos mais antigos, que não sãocompreendidos nem pelas enfermeiras. (E/DI/NE)Um entrevistado revelou ser visto como autoritário, por tomar decisões sem consultaros demais funcionários. Por isso é visto como centralizador, impulsivo, “mandão”, alguém“que incomo<strong>da</strong>”[...] (poder/processo decisório). “[...] .eu faço o que é melhor para o serviço,né?” (E/DI/NE).As entrevistas com funcionários do nível estratégico revelaram que alguns deles nãotinham desejo de trabalhar no setor público, principalmente <strong>na</strong> área <strong>da</strong> <strong>saúde</strong> (recursosh<strong>uma</strong>nos): “Só aceitei porque conhecia todo mundo.” (E/DI/NE).Funcionários do nível estratégico não dispõem de computadores em suas salas; quandotêm necessi<strong>da</strong>de de alg<strong>uma</strong> informação solicitam a algum funcionário (operações/gestão <strong>da</strong>informação). “Não tenho muito tempo para relatórios, essas coisas [...] é isso aqui, igualvocê tá vendo, todo dia [...] Tem dia que eu acho que vou ficar louco [...]” (E/DI/NE)Mas para tomar decisões: “[...] eu consulto mais a Regio<strong>na</strong>l (<strong>da</strong> Secretaria Estadual)

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