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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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24apontaria para <strong>uma</strong> ciência <strong>da</strong> informação enquanto <strong>uma</strong> “antropologia <strong>da</strong> informação” -implicando submeter a análise do comportamento informacio<strong>na</strong>l a <strong>uma</strong> análise <strong>da</strong> dinâmicacultural.É de <strong>uma</strong> perspectiva que compreende a idéia de que ciência é <strong>uma</strong> ativi<strong>da</strong>de socialdetermi<strong>na</strong><strong>da</strong> por condições históricas e sócio-econômicas que vem o entendimento de que aciência <strong>da</strong> informação tem a preocupação de esclarecer um problema social concreto (o <strong>da</strong>informação) e, volta<strong>da</strong> para o ser social que procura a informação, coloca-se no campo <strong>da</strong>sciências sociais, que são o meio principal de acesso a <strong>uma</strong> compreensão do social e docultural.Seguindo esta trilha, Capurro e Hjørland (2004) afirma que a informação, num sentidoexistencial-hermenêutico, significa partilhar o mundo em termos temáticos e situacio<strong>na</strong>is.Portanto a informação não é o produto fi<strong>na</strong>l de um processo de representação ou algo que estásendo transportado de <strong>uma</strong> mente para outra, ou algo separado de <strong>uma</strong> subjetivi<strong>da</strong>de isola<strong>da</strong>mas sim <strong>uma</strong> dimensão existencial do nosso estar no mundo com os outros.Capurro e Hjørland (2004) fazem <strong>uma</strong> revisão dos paradigmas epistemológicos <strong>na</strong>ciência <strong>da</strong> informação: do paradigma físico, passando pelo paradigma cognitivo, aoparadigma social. Dentro do quadro de referência do paradigma social Capurro e Hjørlandpropõem três processos hermenêuticos que condicio<strong>na</strong>m a concepção e o uso de qualquersistema informacio<strong>na</strong>l, a saber: <strong>uma</strong> hermenêutica dos usuários, relacio<strong>na</strong><strong>da</strong> à interpretação<strong>da</strong>s suas necessi<strong>da</strong>des em relação a eles mesmos, enquanto usuários , aos intermediários e aosistema; <strong>uma</strong> hermenêutica <strong>da</strong> coleção, que fun<strong>da</strong>mentaria os processos de seleção eorganização de documentos e, por fim, <strong>uma</strong> hermenêutica do sistema intermediário - a que serefere o paradigma físico.Capurro e Hjørland (2004) diferenciam assim a informação como objeto ou coisa <strong>da</strong>informação como interpretação feita por um agente cognitivo em <strong>uma</strong> perspectiva social,abando<strong>na</strong>ndo definitivamente os princípios positivistas <strong>da</strong> ciência presentes no paradigmafísico.Para Gomez (1990) a Ciência <strong>da</strong> <strong>Informação</strong> também tem seu domínio demarcado nocontexto <strong>da</strong>s ações sociais. Segundo esta autora a incorporação <strong>da</strong> informação no escopo <strong>da</strong>moderni<strong>da</strong>de seria indica<strong>da</strong> por três idéias “paradigmáticas”: o sistema de recuperação <strong>da</strong>informação, as novas tecnologias de comunicação e informação e a ênfase <strong>na</strong> informaçãocientífica e tecnológica, a partir <strong>da</strong> valorização <strong>da</strong> ciência como força produtiva.Os sistemas de informação surgiriam como modelo homogeneizador de um domínioplural de ações de informação – dotados de um caráter de intervenção intencio<strong>na</strong>l <strong>da</strong>s ações

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