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184ESTATÍSTICA, 2006). Sua capital é a cidade de Belo Horizonte, que reúne em sua regiãometropolitana cerca de cinco milhões de habitantes. Possui o terceiro maior Produto InternoBruto do Brasil, atrás dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.Minas Gerais é muito importante também sob o aspecto histórico: cidades erguidasdurante o ciclo do ouro no século XVIII consolidaram a colonização do interior do país eestão espalhadas por todo o Estado. Alguns eventos marcantes da história brasileira, como aInconfidência Mineira, a Revolução de1930 e o Golpe Militar de 1964 foram arquitetados emMinas Gerais. O desbravamento da região teve início no século XVI, por bandeirantespaulistas que buscavam ouro e pedras preciosas, o que provocou um grande afluxo migratórioà região. Em 1696 foi fundado o arraial de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo, o qual, em1711, se tornou a primeira vila de Minas Gerais, núcleo original do atual município deMariana, próximo ao município de Ouro Preto.Rodrigues (1986) resume a formação de Minas Gerais a dois componentes principais:os paulistas, senhores do ouro, e os aventureiros (não paulistas) chamados pelo nome indígenade “emboabas”, que depois de muitos embates durante o século XVIII, sairiam vitoriosos.Esses primeiros povoadores fundaram muitas vilas – e o município de Ouro Preto exemplificaisso, porque foi constituído da junção de duas vilas originariamente inimigas – uma, paulista,e outra, emboaba. O povo mineiro, então, essencialmente urbano, contrastaria com adicotomia “casa grande e senzala”, hegemônica no país. A descoberta das minas e aexploração do ouro desencadearam alguns conflitos, sendo os mais importantes a Guerra dosEmboabas (1707-1710) e a Revolta de Felipe dos Santos. Na primeira metade do séculoXVIII, Minas Gerais tornou-se o centro econômico da colônia, com rápido povoamento. Em1709, foi criada a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, desmembrada da Capitania do Riode Janeiro. Em 1720, a Capitania de Minas Gerais foi separada da Capitania de São Paulo,tendo como capital Vila Rica (atual Ouro Preto). Destacavam-se Diamantina, Ouro Preto,Mariana, Caeté, São João del Rei, Catas Altas, Pitangui, Sabará, Serro e Tiradentes. Noentanto, a produção aurífera começou a cair por volta de 1750, o que levou Portugal a buscarmeios para aumentar a arrecadação de impostos, provocando a revolta popular, que culminouna Inconfidência Mineira, em 1789. Encerrada essa fase, a política de isolamento imposta àregião mineradora para exercer maior controle sobre a produção de pedras e metais preciososainda inibia o desenvolvimento de qualquer outra atividade econômica de exportação,forçando a população a se dedicar a atividades agrícolas de subsistência. Por decênios, apesardos avanços alcançados na produção de açúcar, algodão e fumo para o mercado interno,Minas Gerais continuou restrito às grandes fazendas, autárquicas e independentes.
185A decadência do ouro levou ao esvaziamento das vilas mineradoras, com odeslocamento das famílias e seus escravos para outras regiões, o que expandiu as fronteiras dacapitania, antes restritas à região das minas. No fim do século XVIII, começou a ocupação dasatuais regiões da Zona da Mata, Norte de Minas e Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Aexpansão dos limites de Minas Gerais continuou ao longo do século XIX, quando foramdefinindo-se os contornos do Estado. A estagnação econômica da província, bem como detoda a colônia, continuava e somente foi rompida com o surgimento de uma nova e dinâmicaatividade exportadora: o café.A introdução da cafeicultura em Minas Gerais ocorreu no início do século XIX.Localizou-se, inicialmente, na Zona da Mata, onde se difundiu rapidamente para as regiõesvizinhas, transformando-se na principal atividade da província e agente indutor dopovoamento e do desenvolvimento da infra-estrutura de transportes. A prosperidade trazidapelo café ensejou um primeiro surto de industrialização, reforçado, mais tarde, pela políticaprotecionista implementada pelo Governo Federal após a Proclamação da RepúblicaBrasileira. Por essa época, Juiz de Fora figura como um dos principais centros urbanosmineiros, com a construção de hidrelétricas e rodovias para atender às demandas industriais.As indústrias daí originárias eram de pequeno e médio porte, concentradas, principalmente,nos ramos de produtos alimentícios (laticínios e açúcar), têxteis e siderúrgicos. No setoragrícola, em menor escala, outras culturas se desenvolveram, como o algodão, a cana-deaçúcare cereais. O predomínio da cafeicultura só vai se alterar, gradualmente, no período de1930 à 1950, com a afirmação da natural tendência do Estado para a produção siderúrgica ecom o crescente aproveitamento dos recursos minerais. Ainda na década de 50, no processode substituição de importações, a indústria ampliou consideravelmente sua participação naeconomia brasileira. Um fator que contribuiu para essa nova realidade foi o empenhogovernamental na expansão da infra-estrutura - sobretudo na área de energia e transportes -cujos resultados se traduziram na criação, em 1952, da Companhia Energética de MinasGerais (CEMIG) e no crescimento da malha rodoviária estadual, com destaque para ainauguração da Fernão Dias, que liga Belo Horizonte a São Paulo, no fim da década.Aeficiente e ágil ofensiva de atração de investimentos, iniciada no final da década de 1960,encontrou grande ressonância junto a investidores nacionais e estrangeiros. Já no início dadécada de 1970 o Estado experimentou uma grande arrancada industrial, com a implantaçãode inúmeros projetos de largo alcance sócio-econômico. O parque industrial mineirodestacou-se nos setores metal-mecânico, elétrico e de material de transportes. Entre 1975 e1996, o Produto Interno Bruto (PIB) mineiro cresceu 93% em termos reais. Em igual período,
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185A decadência do ouro levou ao esvaziamento <strong>da</strong>s vilas mineradoras, com odeslocamento <strong>da</strong>s famílias e seus escravos para outras regiões, o que expandiu as fronteiras <strong>da</strong>capitania, antes restritas à região <strong>da</strong>s mi<strong>na</strong>s. No fim do século XVIII, começou a ocupação <strong>da</strong>satuais regiões <strong>da</strong> Zo<strong>na</strong> <strong>da</strong> Mata, Norte de Mi<strong>na</strong>s e Triângulo Mineiro e Alto Para<strong>na</strong>íba. Aexpansão dos limites de Mi<strong>na</strong>s Gerais continuou ao longo do século XIX, quando foramdefinindo-se os contornos do Estado. A estag<strong>na</strong>ção econômica <strong>da</strong> província, bem como deto<strong>da</strong> a colônia, continuava e somente foi rompi<strong>da</strong> com o surgimento de <strong>uma</strong> nova e dinâmicaativi<strong>da</strong>de exportadora: o café.A introdução <strong>da</strong> cafeicultura em Mi<strong>na</strong>s Gerais ocorreu no início do século XIX.Localizou-se, inicialmente, <strong>na</strong> Zo<strong>na</strong> <strong>da</strong> Mata, onde se difundiu rapi<strong>da</strong>mente para as regiõesvizinhas, transformando-se <strong>na</strong> principal ativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> província e agente indutor dopovoamento e do desenvolvimento <strong>da</strong> infra-estrutura de transportes. A prosperi<strong>da</strong>de trazi<strong>da</strong>pelo café ensejou um primeiro surto de industrialização, reforçado, mais tarde, pela políticaprotecionista implementa<strong>da</strong> pelo Governo Federal após a Proclamação <strong>da</strong> RepúblicaBrasileira. Por essa época, Juiz de Fora figura como um dos principais centros urbanosmineiros, com a construção de hidrelétricas e rodovias para atender às deman<strong>da</strong>s industriais.As indústrias <strong>da</strong>í originárias eram de pequeno e médio porte, concentra<strong>da</strong>s, principalmente,nos ramos de produtos alimentícios (laticínios e açúcar), têxteis e siderúrgicos. No setoragrícola, em menor escala, outras culturas se desenvolveram, como o algodão, a ca<strong>na</strong>-deaçúcare cereais. O predomínio <strong>da</strong> cafeicultura só vai se alterar, gradualmente, no período de1930 à 1950, com a afirmação <strong>da</strong> <strong>na</strong>tural tendência do Estado para a produção siderúrgica ecom o crescente aproveitamento dos recursos minerais. Ain<strong>da</strong> <strong>na</strong> déca<strong>da</strong> de 50, no processode substituição de importações, a indústria ampliou consideravelmente sua participação <strong>na</strong>economia brasileira. Um fator que contribuiu para essa nova reali<strong>da</strong>de foi o empenhogover<strong>na</strong>mental <strong>na</strong> expansão <strong>da</strong> infra-estrutura - <strong>sob</strong>retudo <strong>na</strong> área de energia e transportes -cujos resultados se traduziram <strong>na</strong> criação, em 1952, <strong>da</strong> Companhia Energética de Mi<strong>na</strong>sGerais (CEMIG) e no crescimento <strong>da</strong> malha rodoviária estadual, com destaque para ai<strong>na</strong>uguração <strong>da</strong> Fernão Dias, que liga Belo Horizonte a São Paulo, no fim <strong>da</strong> déca<strong>da</strong>.Aeficiente e ágil ofensiva de atração de investimentos, inicia<strong>da</strong> no fi<strong>na</strong>l <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1960,encontrou grande ressonância junto a investidores <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is e estrangeiros. Já no início <strong>da</strong>déca<strong>da</strong> de 1970 o Estado experimentou <strong>uma</strong> grande arranca<strong>da</strong> industrial, com a implantaçãode inúmeros projetos de largo alcance sócio-econômico. O parque industrial mineirodestacou-se nos setores metal-mecânico, elétrico e de material de transportes. Entre 1975 e1996, o Produto Interno Bruto (PIB) mineiro cresceu 93% em termos reais. Em igual período,