21.07.2015 Views

Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

148Campos et al. (2006) a<strong>na</strong>lisando o conceito de teles<strong>saúde</strong> aplicado à atenção primáriapode minimizar o impacto negativo causado pelo tamanho e a diversi<strong>da</strong>de geográfica do país,que geram diferenças <strong>na</strong> quali<strong>da</strong>de dos serviços prestados pelo Estado. O SUS ain<strong>da</strong> segue alógica de predominância do atendimento ambulatorial e um dos principais obstáculosdetectados para a expansão e aperfeiçoamento <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> estratégia de <strong>saúde</strong> <strong>da</strong> família,que rompe essa lógica, é a capacitação dos profissio<strong>na</strong>is e <strong>da</strong>s equipes. A necessi<strong>da</strong>de deatualização profissio<strong>na</strong>l tor<strong>na</strong>-se a ca<strong>da</strong> dia mais rápi<strong>da</strong> e a que<strong>da</strong> nos custos de hardware etelecomunicações,ao lado do desenvolvimento de softwares <strong>na</strong> área (inclusive de códigoaberto) abre um espaço para soluções nesse setor.Uma dimensão informacio<strong>na</strong>l freqüentemente negligencia<strong>da</strong> <strong>na</strong> literatura, que égeralmente foca<strong>da</strong> em estatísticas epidemiológicas e sistemas de informação para desenvolvêlase difundi-las, trata <strong>da</strong> interação profissio<strong>na</strong>l de <strong>saúde</strong>-paciente. Segundo Starfield (2002)as interações entre profissio<strong>na</strong>is e pacientes às vezes estabelecem relações de longa duração,que facilitam a efetivi<strong>da</strong>de <strong>na</strong> atenção primária, mas neste percurso muitos fenômenosdiferentes acontecem que podem prejudicar a relação, a partir do desconforto de <strong>uma</strong> <strong>da</strong>spartes <strong>na</strong> consulta. Pacientes evitam contar certos aspectos dos sintomas aos médicos, oupossíveis causas (por exemplo, violência doméstica ou uso de drogas); ou, às vezes, odirecio<strong>na</strong>mento <strong>da</strong>s perguntas médicas impede certas declarações. “Médicos de atençãoprimária com histórico de queixas por imperícia têm <strong>uma</strong> probabili<strong>da</strong>de muito maior de termás habili<strong>da</strong>des comunicativas [...] que outros médicos” (STARFIELD, 2002, p. 294).A mesma autora afirma que <strong>na</strong>s teorias tradicio<strong>na</strong>is <strong>sob</strong>re a interação médico-pacientea atenção conferi<strong>da</strong> ao papel desempenhado pelo profissio<strong>na</strong>l é desproporcio<strong>na</strong>lmente grande.Um estudo nos EUA revela que cerca de metade dos pacientes acredita desempenhar umpapel passivo nessa relação (BRODY et al., 1989). Estudos de advogados revelam que quasetodos os litígios por imperícia médica decorreram de mal entendidos a respeito do processo dedecisão em casos específicos. Starfield (2002) termi<strong>na</strong> por argumentar que, apesar de suaimportância, o teor verbal <strong>na</strong> troca de informações não poderia sustentar sozinho a relaçãoprofissio<strong>na</strong>l-paciente.Um outro aspecto informacio<strong>na</strong>l dessa interação diz respeito à satisfação dospacientes. Ela está relacio<strong>na</strong><strong>da</strong> mais diretamente à quanti<strong>da</strong>de de informações de caráter geral,<strong>da</strong><strong>da</strong> pelo profissio<strong>na</strong>l, que meramente técnicas. A quali<strong>da</strong>de dessa informação geral incluiconversação social, sentimentos positivos, aconselhamentos e discussão <strong>da</strong>s idéias do própriopaciente <strong>sob</strong>re seu problema. Embora os médicos sejam trei<strong>na</strong>dos para fazer perguntas, amaioria dos pacientes não faz muitas perguntas quando desejam obter informações. Ain<strong>da</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!