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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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145O paradigma hegemônico <strong>da</strong> assistência à <strong>saúde</strong> nos consultórios, centros de <strong>saúde</strong> ouhospitais é contrabalança<strong>da</strong> pela estratégia de “<strong>saúde</strong> <strong>da</strong> família”, com atendimento domiciliare feito por equipes multiprofissio<strong>na</strong>is. Essa estratégia coorde<strong>na</strong>-se com o encaminhamentopara a assistência convencio<strong>na</strong>l, quando necessária. No Brasil a estratégia de <strong>saúde</strong> <strong>da</strong> família<strong>na</strong>sceu em 1994 e chegou ao fim de 2005 com mais de 24.000 equipes (<strong>da</strong>s quais 12.000contavam com equipes de <strong>saúde</strong> bucal) presentes em 90% dos municípios brasileiros eatendendo 78 milhões de ci<strong>da</strong>dãos brasileiros, ou 44% <strong>da</strong> população brasileira (ANDRADE;BARRETO; BEZERRA, 2006).A atenção primária pode, assim, envolver <strong>uma</strong> grande diversi<strong>da</strong>de de meios. AOrganização Mundial de Saúde reconhece como atenção primária um sistema de atenção queoferece atendimento acessível e aceitável para os pacientes, assegura a distribuição eqüitativados recursos de <strong>saúde</strong>, integra e coorde<strong>na</strong> os serviços curativos, paliativos, preventivos epromotores <strong>da</strong> <strong>saúde</strong>, controla de forma racio<strong>na</strong>l a tecnologia <strong>da</strong> ação secundária e aumenta arelação custo-efetivi<strong>da</strong>de por meio de características tais como: não é restrita, é continua<strong>da</strong>, éfeita em equipes, é holística, orienta<strong>da</strong> para a família e para a comuni<strong>da</strong>de, confidencial,coorde<strong>na</strong><strong>da</strong> e centra<strong>da</strong> <strong>na</strong> pessoa, e não <strong>na</strong> enfermi<strong>da</strong>de (STARFIELD, 2002, p. 53).Os sistemas de informação para a atenção primária podem ser considerados <strong>uma</strong>extensão do prontuário médico, <strong>uma</strong> vez que atendem não ape<strong>na</strong>s às necessi<strong>da</strong>des individuaisdo paciente, mas também às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> população pelos serviços de atenção primária(ou outros níveis de atenção à <strong>saúde</strong>). Assim como os prontuários são importantes à memóriados profissio<strong>na</strong>is e como <strong>uma</strong> ferramenta epidemiológica de planejamento <strong>da</strong> atenção àspopulações. Além disso, formalizam informações dispersas e evidenciam a situação atual <strong>da</strong>atenção, permitindo alterá-la e melhorá-la.Os sistemas de informação são, em tese, agregações de partes de prontuáriosindividuais, podendo ser identificadores (caso do Cartão SUS) ou anônimos (caso do SIAB).No último caso a identificação é feita geralmente por área geográfica. As funçõesadministrativas tradicio<strong>na</strong>is, incluindo o fi<strong>na</strong>nciamento e reembolso fi<strong>na</strong>nceiro <strong>da</strong> atençãoexigem a obtenção e repasse de certas informações, bem como são objeto de avaliação erevisão exter<strong>na</strong>, isto é, por outros que não as geraram. O Código Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l de Doenças(CID) geralmente é utilizado para classificação, mas não cobre muitos dos conjuntos desintomas frequentemente descritos <strong>na</strong> atenção primária (STARFIELD, 2002). Um usoadicio<strong>na</strong>l desses sistemas é a pesquisa <strong>sob</strong>re efetivi<strong>da</strong>de dos serviços, bem como outros tiposde pesquisa, institucio<strong>na</strong>is ou acadêmicas.

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