Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes
Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes
140Um outro aspecto relevante dos sistemas de informação em saúde é sua vertentefinanceira e contábil. De fato, quando a prestação está orientada pelo mercado a coleta dedados centra-se na necessidade de pagar o provedor de serviços e manter o equilíbriofinanceiro. Além disso, os sistemas de informação têm a função de estimar quantitativamentea magnitude da situação de agravos à saúde em determinado território, gerando umacompreensão mais global da situação social. Daí vem o fato de que os indicadores em saúdeestão muitas vezes relacionados com o entendimento macro de eventos tais como mortalidade,incidência de certas doenças, expectativa de vida etc., incluindo certos indicadores sócioeconômicos(KADT; TASCA, 1993). Isso possibilitaria dimensionar a distribuição de recursoshumanos, materiais e financeiros em certo território, mas não significa que exista umapreocupação com o tipo de atendimento, qualidade dos serviços ou grau de acessibilidade pelapopulação. Daí a necessidade que esses sistemas de informação formatados de maneira agerar macro indicadores possa gerar também dados desagregados que permitam oplanejamento, implementação, controle e avaliação das ações em saúde executadas.Santos (1996) preconiza uma série de diretrizes para estruturação dos sistemas deinformação em saúde:a) a conformação de um perfil de informações estratégicas – escopo cuja abrangênciavai implicar a incorporação de recursos tecnológicos, a montagem dos fluxos deinformação e padronização de instrumentos mesmo em contextos de desarticulaçãoinstitucional.b) noção de recursos que permitem a agregação e análise de dados organizacionais –isto é, dados coletados em unidades específicas devem ser processados eanalisados dentro de uma perspectiva global.c) autonomia das diversas unidades organizacionais para definição de suasnecessidades de informação – embora concebidos sob uma perspectivacentralizada, torna-se necessário que os níveis locais constituam-se enquantoautoridade sanitária.d) constituição de uma base de dados variada – que envolva tanto informaçõesassistenciais e epidemiológicas quanto sócio-econômicas e administrativofinanceirase) estruturação que atenda aos diversos níveis organizacionais – estratégico, tático eoperacional.
141f) geoprocessamento – permitindo a visualização da distribuição das informações emterritórios específicosg) incorporação de tecnologia da informação – tanto na produção quanto nadisseminação de informações.h) delimitação da interface do sistema com a epidemiologia e a comunicação sociali) incorporação de documentos – pesquisa, legislação, relatórios.j) integração do setor saúde com os demais setores.O conceito de informação em saúde remonta à criação do IBGE, em 1936. Mas em1948 intensificou-se, quando órgão, ainda denominado Instituto Nacional de Estatísticapassou a colaborar na obtenção de registros hospitalares e outras estatísticas médico-sanitárias(BRANCO, 2006). Segundo o Ministério da Saúde (2008) “informação é fundamental para ademocratização da Saúde e o aprimoramento de sua gestão”. A informatização das atividadesdo Sistema Único de Saúde (SUS), dentro de diretrizes tecnológicas adequadas, foiconsiderada essencial para a descentralização das atividades de saúde e viabilização e controlesocial sobre a utilização dos recursos disponíveis.Para alcançar tais objetivos, foi atribuída ao Departamento de Informação e Informáticado SUS - DATASUS, órgão da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, aresponsabilidade de "coletar, processar e disseminar informações sobre saúde".Sendo um órgão de informática de âmbito nacional, representa papel importante como centrotecnológico de suporte técnico e normativo para a montagem dos sistemas de informática einformação da Saúde. Suas extensões estaduais constituem a linha de frente no suportetécnico às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.Segundo o DATASUS, sua missão é: "Prover os órgãos do SUS de sistemas deinformação e suporte de informática necessários ao processo de planejamento, operação econtrole do Sistema Único de Saúde, através da manutenção de bases de dados nacionais,apoio e consultoria na implantação de sistemas e coordenação das atividades de informáticainerentes ao funcionamento integrado dos mesmos" (BRASIL, 2008).Suas principais linhas de atuação, estabelecidas em seu sítio da Internet são:
- Page 91 and 92: 89longo do tempo, representou os va
- Page 93 and 94: 91profissionais” mineiros, marca
- Page 95 and 96: 93Magistra é “um direito natural
- Page 97 and 98: 95Itália”. Ou seja, um conjunto
- Page 99 and 100: 972.5 Cultura organizacional - e su
- Page 101 and 102: 99o formalismo, a impunidade, a lea
- Page 103 and 104: 101imobilismo;d) Nos Países Baixos
- Page 105 and 106: 1033 INFORMAÇÃO EM SAÚDE: DESVEN
- Page 107 and 108: 105população como simples consumi
- Page 109 and 110: 107Iriart (2003) defende a importâ
- Page 111 and 112: 109variáveis com a saúde.Silveira
- Page 113 and 114: 111Gomez (2001) ressalta que para F
- Page 115 and 116: 113A particularidade cultural pode
- Page 117 and 118: 1153.3 Informação em saúde e tom
- Page 119 and 120: 117dos empresários e trabalhadores
- Page 121 and 122: 119[...] o que sobressai como parti
- Page 123 and 124: 121As informações em saúde, dest
- Page 125 and 126: 123desenvolvido, enquanto outras, c
- Page 127 and 128: 125Uma outra questão acerca dessa
- Page 129 and 130: 127tiveram igual ou maior ritmo de
- Page 131 and 132: 1294 GESTÃO DA INFORMAÇÃO EM SA
- Page 133 and 134: 131A teoria política de Habermas a
- Page 135 and 136: 133questões: a) o problema de como
- Page 137 and 138: 135dos problemas - particularmente
- Page 139 and 140: 137básicas voltadas para assistên
- Page 141: 139O conceito de sistemas de inform
- Page 145 and 146: 143rede de sistemas e subsistemas d
- Page 147 and 148: 145O paradigma hegemônico da assis
- Page 149 and 150: 147serviços de saúde. Nos países
- Page 151 and 152: 149segundo Starfield (2002) as teor
- Page 153 and 154: 151etnolinguísticos. A entrevista
- Page 155 and 156: 153pensar as idéias de movimentaç
- Page 157 and 158: 155entrevistas foram sempre realiza
- Page 159 and 160: 157concentração de respostas nos
- Page 161 and 162: 159Como esta fase do trabalho teve
- Page 163 and 164: 161O resultado desta estratificaç
- Page 165 and 166: 163amostra foi intencional, por con
- Page 167 and 168: 165regiões para que possam ser ava
- Page 169 and 170: 167tendo antecedido diretamente o c
- Page 171 and 172: 169O número total de entrevistas e
- Page 173 and 174: 1715.4 Considerações sobre a aná
- Page 175 and 176: 173nem cargos, e não foi assinalad
- Page 177 and 178: 1754 - aspectos associados às ciê
- Page 179 and 180: 177A transdisciplinaridade exigiu u
- Page 181 and 182: 179Todas as categorias foram buscad
- Page 183 and 184: 181Como não se trata, neste trabal
- Page 185 and 186: 1836 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DA P
- Page 187 and 188: 185A decadência do ouro levou ao e
- Page 189 and 190: 187Logística e de Políticas e Aç
- Page 191 and 192: 189Secretaria de Saúde para centra
140Um outro aspecto relevante dos sistemas de informação em <strong>saúde</strong> é sua vertentefi<strong>na</strong>nceira e contábil. De fato, quando a prestação está orienta<strong>da</strong> pelo mercado a coleta de<strong>da</strong>dos centra-se <strong>na</strong> necessi<strong>da</strong>de de pagar o provedor de serviços e manter o equilíbriofi<strong>na</strong>nceiro. Além disso, os sistemas de informação têm a função de estimar quantitativamentea magnitude <strong>da</strong> situação de agravos à <strong>saúde</strong> em determi<strong>na</strong>do território, gerando <strong>uma</strong>compreensão mais global <strong>da</strong> situação social. Daí vem o fato de que os indicadores em <strong>saúde</strong>estão muitas vezes relacio<strong>na</strong>dos com o entendimento macro de eventos tais como mortali<strong>da</strong>de,incidência de certas doenças, expectativa de vi<strong>da</strong> etc., incluindo certos indicadores sócioeconômicos(KADT; TASCA, 1993). Isso possibilitaria dimensio<strong>na</strong>r a distribuição de recursosh<strong>uma</strong>nos, materiais e fi<strong>na</strong>nceiros em certo território, mas não significa que exista <strong>uma</strong>preocupação com o tipo de atendimento, quali<strong>da</strong>de dos serviços ou grau de acessibili<strong>da</strong>de pelapopulação. Daí a necessi<strong>da</strong>de que esses sistemas de informação formatados de maneira agerar macro indicadores possa gerar também <strong>da</strong>dos desagregados que permitam oplanejamento, implementação, controle e avaliação <strong>da</strong>s ações em <strong>saúde</strong> executa<strong>da</strong>s.Santos (1996) preconiza <strong>uma</strong> série de diretrizes para estruturação dos sistemas deinformação em <strong>saúde</strong>:a) a conformação de um perfil de informações estratégicas – escopo cuja abrangênciavai implicar a incorporação de recursos tecnológicos, a montagem dos fluxos deinformação e padronização de instrumentos mesmo em contextos de desarticulaçãoinstitucio<strong>na</strong>l.b) noção de recursos que permitem a agregação e análise de <strong>da</strong>dos organizacio<strong>na</strong>is –isto é, <strong>da</strong>dos coletados em uni<strong>da</strong>des específicas devem ser processados ea<strong>na</strong>lisados dentro de <strong>uma</strong> perspectiva global.c) autonomia <strong>da</strong>s diversas uni<strong>da</strong>des organizacio<strong>na</strong>is para definição de suasnecessi<strong>da</strong>des de informação – embora concebidos <strong>sob</strong> <strong>uma</strong> perspectivacentraliza<strong>da</strong>, tor<strong>na</strong>-se necessário que os níveis locais constituam-se enquantoautori<strong>da</strong>de sanitária.d) constituição de <strong>uma</strong> base de <strong>da</strong>dos varia<strong>da</strong> – que envolva tanto informaçõesassistenciais e epidemiológicas quanto sócio-econômicas e administrativofi<strong>na</strong>nceirase) estruturação que aten<strong>da</strong> aos diversos níveis organizacio<strong>na</strong>is – estratégico, tático eoperacio<strong>na</strong>l.