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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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134Marteleto (2001) utiliza o conceito de rede em sua dupla acepção: “dinâmica” e“estática”. A primeira noção remete à idéia de estrutura, como elemento de compreensão dearticulação entre agentes. A segun<strong>da</strong> noção diz respeito a <strong>uma</strong> estratégia de ação no nívelpessoal ou grupal para mobilização de recursos. Segundo Marteleto (2001) embora tenhahavido grande investimento acadêmico nos estudos acerca de redes, não há ain<strong>da</strong> <strong>uma</strong> teoriaconsoli<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>da</strong>s redes sociais, sendo este conceito empregado com vários significados. Oconceito de rede social geralmente implica, no entanto, em <strong>uma</strong> valorização dos elosinformais e <strong>da</strong>s relações, em detrimento de estruturas hierárquicas.A apreensão <strong>da</strong> estrutura social <strong>sob</strong> esse novo paradigma abre <strong>uma</strong> nova janela deestudos – a análise de redes sociais. Para Marteleto (2001) estu<strong>da</strong>r a informação <strong>sob</strong> esseprisma significa considerar também a existência de relações de poder em formações nãohierárquicas e espontâneas – como por exemplo as redes de movimentos sociais e suainteração com os vários níveis <strong>da</strong> gestão pública para formulação e implementação depolíticas.Mendes (1996) questio<strong>na</strong> a colocação tradicio<strong>na</strong>l do binômio público/privado, quandoeste é reduzido à duas dimensões antagônicas. Segundo ele essa polarização tende adesconsiderar a socie<strong>da</strong>de como agente no planejamento e <strong>na</strong> operacio<strong>na</strong>lização dos serviçospúblicos, o que o leva a trabalhar com três categorias de análise: o estatal (o que pertence aodomínio do Estado), o privado (domínio de agentes não estatais, lucrativos ou não) e opúblico.Esta recolocação do conceito do público tenta escapar do dilema entre privatização eestatização e privilegia um sistema plural exercido por um mix estatal/privado, <strong>sob</strong> aregulação do Estado, <strong>na</strong> perspectiva <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, <strong>uma</strong> vez que o controle social é um dosseus princípios estruturantes.Simultaneamente à discussão administrativa houve <strong>uma</strong> mu<strong>da</strong>nça <strong>na</strong> trajetória dosmovimentos sociais no país. Segundo Cardoso (1994) depois de <strong>uma</strong> fase de “emergênciaheróica” (dos anos 70 até o início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 80) a experiência dos movimentos sociaistendeu a <strong>uma</strong> institucio<strong>na</strong>lização e a <strong>uma</strong> mu<strong>da</strong>nça no relacio<strong>na</strong>mento com o Estado, dentrodo novo contexto político iniciado pelas eleições estaduais de 1982 e reforçado com apromulgação <strong>da</strong> Constituição de 1988, de cunho descentralizador. Essa descentralizaçãoviabilizou a abertura de novos espaços de participação e a possibili<strong>da</strong>de de um novo padrão<strong>da</strong>s políticas públicas.No entanto o panorama her<strong>da</strong>do <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 80 trouxe complicações para os gestoresdo setor público, em virtude <strong>da</strong> crise fi<strong>na</strong>nceira do setor que impedia a resolução adequa<strong>da</strong>

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