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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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133questões: a) o problema de como pode programar-se o sistema administrativo por meio depolíticas e leis deriva<strong>da</strong>s de processos públicos de formação <strong>da</strong> opinião e <strong>da</strong> vontade; b) Oproblema <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de de <strong>uma</strong> democratização <strong>da</strong> dinâmica informacio<strong>na</strong>l <strong>na</strong> socie<strong>da</strong>de,que vai <strong>da</strong>r suporte às ações programa<strong>da</strong>s.4.1 A Reforma do Estado no Brasil e a descentralização <strong>da</strong> <strong>saúde</strong>Lopes e Nascimento (1998) lembram que os serviços de <strong>saúde</strong> possuem característicaspróprias que os diferenciam de outros serviços e organizações, por atenderem necessi<strong>da</strong>descomplexas com dimensões biofísicas e psicosociais, com <strong>uma</strong> dimensão ética própria e umintrincado contexto de informações. No caso específico do Brasil o setor <strong>da</strong> <strong>saúde</strong> pública temde ser compreendido, além disso, no contexto <strong>da</strong> Movimento <strong>da</strong> Reforma Sanitária queculminou <strong>na</strong> constituição do Sistema Único de Saúde – como possibili<strong>da</strong>de de atendimento<strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> população dentro dos moldes do Estado do Bem Estar Social. Para acompreensão <strong>da</strong> constituição do Sistema Único de Saúde faz-se necessária <strong>uma</strong> breve revisão<strong>da</strong> reforma do Estado brasileiro a partir dos anos 80 e o processo de descentralizaçãoadministrativa que a caracterizou – essa descentralização veio a tor<strong>na</strong>r-se um marco fun<strong>da</strong>dor<strong>da</strong> constituição dos serviços de <strong>saúde</strong> no país.Em relação à descentralização já foram explicita<strong>da</strong>s diferentes concepções, quemostram perspectivas conflitantes. Por um lado argumenta-se que a provisão local de serviçospúblicos favorece a responsabilização do governo, porque o aproxima <strong>da</strong> população que eleserve. Por outro lado, as políticas descentralizadoras podem aumentar as desigual<strong>da</strong>des entreas regiões e fragmentar a prestação dos serviços.Subirats (1989) afirma que a descentralização possibilita transformar a gestão em umprocesso que envolve diferentes níveis gover<strong>na</strong>mentais, órgãos administrativos e outrosinteresses afetados, constituindo o que chamou de “rede política” ou “comuni<strong>da</strong>de política”,isto é, redes de atores institucio<strong>na</strong>is políticos e sociais que fazem frente a <strong>uma</strong> tarefa ou a umprograma de atuação específico. Essas redes expressam simultaneamente possibili<strong>da</strong>des decooperação e conflito, podendo nesse contexto desenvolver formas origi<strong>na</strong>is de articulaçãoentre o Estado e a socie<strong>da</strong>de civil. O mesmo autor afirma a existência de um nível horizontal -<strong>da</strong>do pelas relações locais - e um nível vertical - <strong>da</strong>do pelas relações intergover<strong>na</strong>mentais.

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