21.07.2015 Views

Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

132liberal: poder econômico, político e conhecimento. Assim, a lógica dos processos deformação, circulação e expressão <strong>da</strong> opinião pública inclui a relação entre os fenômenos deopinião pública e os processos de racio<strong>na</strong>lização historicamente conectados entre si, masdiferenciados por categorias: a Ação Instrumental, ou seja, a extensão do âmbito <strong>da</strong> açãotécnica e o incremento <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des de direção e de cálculo dos processos sociais e a AçãoComunicativa - aqueles processos articulados em esferas comunicativas livre de domínios eque estão orientados para o consenso e o entendimento mútuo.Assim, segundo o ponto de vista de Habermas a linguagem é concebi<strong>da</strong> como garantia<strong>da</strong> democracia, isto é, <strong>uma</strong> forma política deriva<strong>da</strong> de um livre processo comunicativodirigido a conseguir acordos consensuais em decisões coletivas <strong>uma</strong> vez que a própriademocracia pressupõe a compreensão de interesses mútuos e o alcance de um consenso. Maspara que a linguagem ass<strong>uma</strong> este papel democrático, no pensamento habermasiano énecessário que a comunicação seja clara, isto é, a distorção <strong>da</strong> compreensão impede <strong>uma</strong>comunicação efetiva, o consenso e, portanto, a prática efetiva <strong>da</strong> democracia.Desta maneira a racio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de instrumental se apropria <strong>da</strong> linguagem dentro de <strong>uma</strong>lógica que compreende relações de poder. A ativi<strong>da</strong>de política transforma-se em “tarefastécnicas resolúveis administrativamente” (HABERMAS, 1968). Dessa maneira tor<strong>na</strong>-senecessária <strong>uma</strong> razão que não seja instrumento de domi<strong>na</strong>ção, mas de democracia: a razãocomunicativa. A razão comunicativa alcança a esfera <strong>da</strong> interação entre sujeitos, marca<strong>da</strong> porsimbolismo e subjetivismo, experiências pessoais e a contextualização dialógica de agenteslingüísticos.Rompe-se, assim, com um diálogo baseado em conhecimentos instrumentaisresultantes <strong>da</strong> relação entre um “sujeito cognocente” e um “objeto cognoscível”, a partir doqual o consenso, se possível, é desprovido do caráter democrático. Por outro lado trava-se umdiálogo entre sujeitos capazes de compartilhar, pela linguagem, de um universo simbólicocomum e interagir, buscando construir um conhecimento crítico pautado por argumentaçãosubmeti<strong>da</strong> a critérios de vali<strong>da</strong>de.Dessa forma, a Teoria <strong>da</strong> Ação Comunicativa propõe <strong>uma</strong> retoma<strong>da</strong> do diálogo <strong>na</strong>socie<strong>da</strong>de, capaz de alcançar um conhecimento mais profundo do que o alcançado pelaseparação entre “sujeito cognocente” e “objeto cognoscível” por ser resultado <strong>da</strong> relação, emúltima análise, de dois sujeitos cognocentes.Dessa maneira, a teoria <strong>da</strong> Ação Comunicativa deixa de ser um conceito importanteape<strong>na</strong>s para a Teoria Social ou a Ciência Política, passando também a instrumento conceitualno âmbito <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> <strong>Informação</strong>. É nesse contexto que Habermas propõe duas grandes

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!