Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes
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128todos os municípios do país. Na classificação internacional, o Brasil é um país de médiodesenvolvimento humano, mas permanecem enormes as disparidades entre os municípios. Em1991, o maior e o menor IDH-M eram, respectivamente 0,847 e 0,327. Em 2000, essesvalores melhoraram para 0,919 e 0,467, sendo que 99,87%, aumentaram seu IDH-M entre1991 e 2000.Os indicadores em saúde expressam uma leitura da realidade que, embora comrestrições, permite uma avaliação do quadro geral. A construção dos indicadores depende, noentanto, de informações em quantidade suficiente, e de qualidade e confiabilidade necessárias,que permitam sua organização, tratamento e uso pelos gestores. É, portanto necessária, nocampo da saúde pública, uma compreensão da esfera pública que conecta os diferentes níveisda gestão e as relações intergovernamentais dentro da área.
1294 GESTÃO DA INFORMAÇÃO EM SAÚDE NA ESFERA PÚBLICA: ASPECTOSTÉCNICOS, SÓCIO-POLÍTICOS E INFORMACIONAISEm um campo complexo como o da gestão pública a discussão sobre cultura ecomportamento informacional inclui variáveis políticas e econômicas. Moraes (2002)denuncia o conflito existente na área da saúde entre a perspectiva técnica e a política (apolítica “atrapalha” a execução de tarefas “meramente técnicas”). A teoria de Habermaspretende alcançar uma visão compreensiva dessa problemática. Segundo Peduzzi,[...] a perspectiva habermasiana articulada às concepções sobre processo de trabalhoem saúde permite abarcar a complexa dinâmica de ação multiprofissional,contemplando dialeticamente a dimensão estrutural dos arranjos de trabalho [...] bemcomo a dimensão dos sujeitos partícipes. (PEDUZZI, 2004).A obra de Habermas ocupou-se do tratamento do que chamou de esfera pública, isto é,o espaço não estatal e não doméstico onde idéias são examinadas e discutidas. Ele argumenta,porém, que a influência das grandes corporações, do sistema administrativo do Estado e opoder da mídia têm significativo impacto sobre esta esfera. Habermas desenvolveu umaconstrução teórica que busca dar conta da complexidade analítica deste problema, formulandouma teoria social de cunho interpretativo. Para o autor não há dúvida que exista uma realidadeobjetiva, mas as ferramentas das ciências naturais não são adequadas para explorar todos osseus aspectos, posto que a lógica das ciências naturais não é a mesma lógica das ciênciashumanas, visto ser a sociedade um domínio estruturado ao redor de símbolos que exigeminterpretação. Assim, a ciência social deve em primeiro lugar contemplar o esquemainterpretativo pelo qual a ação social acontece.Habermas parte da teoria da ação social weberiana para analisar a modernidadeocidental como um processo crescente de racionalização, e as conseqüências deste processosobre os diversos atores sociais. Ele distingue dois tipos de racionalidade: a racionalidadeinstrumental e a racionalidade comunicativa. O primeiro processo baseia-se na lógicaestratégica centrada nas esferas do Estado e do mercado. Já o segundo está centrado no quechama de Mundo da Vida, a qual corresponde uma ação comunicativa.Na análise sociológica desta racionalização Habermas percebe pelo lado do sistema,uma crescente complexidade da racionalização estratégica, nos subsistemas econômico eadministrativo, através do código negativo da sanção (Estado) e na lógica do intercâmbio,pelo código positivo da recompensa (mercado). É nesse contexto que afirma que “a análise da
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128todos os municípios do país. Na classificação inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, o Brasil é um país de médiodesenvolvimento h<strong>uma</strong>no, mas permanecem enormes as dispari<strong>da</strong>des entre os municípios. Em1991, o maior e o menor IDH-M eram, respectivamente 0,847 e 0,327. Em 2000, essesvalores melhoraram para 0,919 e 0,467, sendo que 99,87%, aumentaram seu IDH-M entre1991 e 2000.Os indicadores em <strong>saúde</strong> expressam <strong>uma</strong> leitura <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de que, embora comrestrições, permite <strong>uma</strong> avaliação do quadro geral. A construção dos indicadores depende, noentanto, de informações em quanti<strong>da</strong>de suficiente, e de quali<strong>da</strong>de e confiabili<strong>da</strong>de necessárias,que permitam sua organização, tratamento e uso pelos gestores. É, portanto necessária, nocampo <strong>da</strong> <strong>saúde</strong> pública, <strong>uma</strong> compreensão <strong>da</strong> esfera pública que conecta os diferentes níveis<strong>da</strong> gestão e as relações intergover<strong>na</strong>mentais dentro <strong>da</strong> área.