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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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117dos empresários e trabalhadores podem não ser compatíveis. Esse conflito baseia-se tambémem <strong>uma</strong> relação de poder e corresponde a <strong>uma</strong> dimensão cultural – objeto de estudos <strong>da</strong>antropologia <strong>da</strong>s organizações, <strong>na</strong> perspectiva <strong>da</strong> cultura organizacio<strong>na</strong>l. Dentre as críticasdirigi<strong>da</strong>s a essa teoria, ressalte-se a impossibili<strong>da</strong>de de se atingir a “otimização” de resultados,termo que deveria ser substituído por “resultados satisfatórios”.A restrição política no processo decisório levou alguns teóricos a sistematizarem ummodelo político de toma<strong>da</strong> de decisão. Geralmente os processos políticos de decisão sãocontrapostos aos processos "técnicos", executados por a<strong>na</strong>listas especializados que alegam sero seu trabalho sistemático, abrangente e imparcial. Lindblom (1980) questio<strong>na</strong> essasassertivas <strong>uma</strong> vez que os a<strong>na</strong>listas nunca chegam às mesmas conclusões, bem como éilusória a infalibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ciência. Além disso, os processos “técnicos” cost<strong>uma</strong>m serdemorados e custosos. E, fi<strong>na</strong>lmente, a própria escolha dos problemas não pode ser feita demaneira totalmente "científica" porque pressupõe valores. Lindblom (1980) chama de “análiseparcial” ao momento em que ca<strong>da</strong> ator envolvido faz sua análise <strong>da</strong> matéria e argumenta emtorno dela.Machado (1991) aponta que o processo de decisão política exige intensa negociação, eque este processo é resultante <strong>da</strong> interação tanto <strong>da</strong>s forças formais de poder quanto <strong>da</strong>sinformais. As organizações poderiam nessa perspectiva como "sistemas de governo" que, taiscomo os governos propriamente ditos, têm "regimes políticos" como meio de criar e manter aordem entre seus membros. Esses regimes (tecnocracia, autocracia, democracia etc.) implicamem diferentes meios de toma<strong>da</strong> de decisões e acordos e conflitos entre os vários atores.Segundo Mintzberg (1985) dentro dessa reali<strong>da</strong>de, quatro formas de “are<strong>na</strong>s” podem serdestaca<strong>da</strong>s: a are<strong>na</strong> política completa (conflito intenso e amplamente difundido), aconfrontação (o conflito é intenso mas contido), a aliança (conflito moderado e contido) e aorganização política (conflito moderado mas amplamente difundido). A “are<strong>na</strong> política”,apesar de não reconheci<strong>da</strong> nos meios formais <strong>da</strong> organização, tem importante papel noprocesso decisório. Pode-se incluir nessa discussão a toma<strong>da</strong> de decisão “incremental”, isto é,feita a partir de ajustes <strong>sob</strong>re decisões passa<strong>da</strong>s. O modelo incremental pode ser visto em suaforma mais acaba<strong>da</strong> <strong>na</strong> complexi<strong>da</strong>de dos processos orçamentários, quando ca<strong>da</strong> ator tende abasear sua decisão em outra toma<strong>da</strong> anteriormente. O conhecimento prévio de políticaspassa<strong>da</strong>s permite teoricamente prever efeitos prováveis de políticas semelhantes no presente.Estudos empíricos feitos acerca do orçamento descritos por Lindblom (1980) demonstraramde fato que o fator mais importante no tamanho e conteúdo do orçamento de determi<strong>na</strong>do anoem certa organização é o tamanho e o conteúdo do orçamento do ano anterior. Detectou-se

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