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Informação na Gestão Pública da saúde sob uma ótica ... - capes

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1153.3 <strong>Informação</strong> em <strong>saúde</strong> e toma<strong>da</strong> de decisãoA questão do poder remete necessariamente a <strong>uma</strong> outra questão: a toma<strong>da</strong> dedecisões. De fato, a informação tem sido aponta<strong>da</strong> como fun<strong>da</strong>mental para a eficiência,eficácia e efetivi<strong>da</strong>de do processo decisório no campo <strong>da</strong> <strong>saúde</strong> coletiva.Existe <strong>uma</strong> grande dificul<strong>da</strong>de de integrar as diferentes teorias existentes no campodecisio<strong>na</strong>l. Como não se dispõe de <strong>uma</strong> teoria ou modelo universalmente válidos a escolha<strong>da</strong>s referências teóricas e a a<strong>da</strong>ptação dos instrumentos empíricos varia segundo a <strong>na</strong>tureza <strong>da</strong>reali<strong>da</strong>de a<strong>na</strong>lisa<strong>da</strong>, mas alguns conceitos, como a racio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de limita<strong>da</strong> do decisor, o uso(frequentemente excessivo) <strong>da</strong> perspectiva incremental no setor público, e as características<strong>da</strong> política, que transformam as organizações de diversos tipos em ver<strong>da</strong>deiras “are<strong>na</strong>s” (e nãosó no setor público) – bem como as preocupações éticas que devem cercar o processodecisório - são compartilhados pela maioria dos autores desse vasto campo de estudos.O uso <strong>da</strong> informação, assim, pode ser compreendido como um componente <strong>da</strong> reduçãode incertezas e busca de maior racio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de. Mas o seu uso, assim como de ferramentasquantitativas é limitado pelas características sociais e h<strong>uma</strong><strong>na</strong>s <strong>da</strong>s organizações, bem comopela limitação de tempo e recursos – tanto fi<strong>na</strong>nceiros quanto h<strong>uma</strong>nos, quando nãopropriamente informacio<strong>na</strong>is (limitações de hardware, software, e <strong>da</strong> informaçãopropriamente dita).De acordo com Choo (2003), de <strong>uma</strong> análise <strong>da</strong> toma<strong>da</strong> de decisões <strong>na</strong>s organizaçõesfariam parte estudos <strong>sob</strong>re a criação de significados e construção de conhecimentos. O uso deinformações (desde a intenção <strong>da</strong> coleta de <strong>da</strong>dos, passando pela organização e tratamento, atéa análise dos efeitos pós-utilização) e os comportamentos decisórios (meios de toma<strong>da</strong> dedecisão) estariam condicio<strong>na</strong>dos pela reali<strong>da</strong>de dos significados sociais construí<strong>da</strong> social eorganizacio<strong>na</strong>lmente. Esses comportamentos foram codificados em alguns modelosa<strong>na</strong>lisados por Silva (2000).Segundo esse autor, a perspectiva do comportamento puramente racio<strong>na</strong>l, apoiado porinformações carrega<strong>da</strong>s de significado foi descrita por Simon (1965) como um “mito”.Para Simon (1965) o modelo racio<strong>na</strong>l de toma<strong>da</strong> de decisão geralmente é descritocomo um processo de construção de opções onde se calculam níveis ótimos de risco eescolhe-se a alter<strong>na</strong>tiva que tiver melhores chances de sucesso. Este modelo identifica oprocesso decisório como <strong>uma</strong> questão de maximização de utili<strong>da</strong>des, incorporando aracio<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de econômica. Segundo Etzioni (1967) os modelos racio<strong>na</strong>listas tendem a

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