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Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

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Ronaldo <strong>de</strong> Oliveira CorrêaTe<strong>se</strong> <strong>de</strong> Doutorado PPGICH UFSC | outono 200886produção e as técnicas <strong>de</strong> elaboração dos objetos. Este fato converte-<strong>se</strong> em limitador <strong>de</strong> umaperspectiva que busca enten<strong>de</strong>r e interpretar a cultura material artesanal, a partir <strong>de</strong> suas formassociais <strong>de</strong> produção e <strong>se</strong>us sistemas <strong>de</strong> objetos. Para isso, creio <strong>se</strong>r necessário uma cuidadosaaproximação à perspectiva marxiana.Figura 02 · Distribuição das técnicasFonte: MAUSS, Marcel (2006) Manual <strong>de</strong> Etnografia. Buenos Aires: Fondo <strong>de</strong> Cultura Económica. p. 54Técnicas gerais<strong>de</strong> usos geraisTécnicas especiais(especializadas)<strong>de</strong> usos geraisou Indústrias gerais<strong>de</strong> uso especiais(especializadas)*Indústria<strong>se</strong>specializadas<strong>de</strong> usos especiais**Físico-químicas (o fogo)MecânicasCestariaCerâmicaCordas e fiosColas e resinasTintasConsumo (cozinha, bebidas)ProduçãoProdução e confortoTransporte e navegaçãoTécnicas puras. Ciência (medicina)FerramentasInstrumentosMáquinasCriaçãoAgriculturaIndústria mineralMoradiaVestimenta* Trata-<strong>se</strong> <strong>de</strong> numerosos ofícios, melhor <strong>de</strong>finidos, cujos procedimentos e formas são estabelecidos pela tradição.** Todas as indústrias implicam uma divisão do trabalho; a princípio, no tempo, caso as exigências <strong>se</strong>jam cumpridas por ummesmo indivíduo; mais tar<strong>de</strong>, entre diferentes homens, cada um com uma especialida<strong>de</strong>.Em “A I<strong>de</strong>ologia Alemã” 134 , Marx e Engels comentam que a apropriação da naturezapela humanida<strong>de</strong> teve por ba<strong>se</strong> fundamental a mediação do trabalho. A construção <strong>de</strong> “ummundo humano” foi viabilizada pelo esforço <strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>se</strong>nvolver capacida<strong>de</strong>s, instrumentos e formas<strong>de</strong> produção, ou <strong>se</strong>ja, <strong>de</strong> fabricar um mundo material distinto ao mundo natural. Isso provocou amodificação da divisão do trabalho, cuja ba<strong>se</strong> material para distribuir as ativida<strong>de</strong>s não <strong>se</strong>resumia ao <strong>se</strong>xo, ida<strong>de</strong> ou localização geográfica, mas englobava também as formas <strong>de</strong>134 MARX, Karl; ENGELS, Frie<strong>de</strong>rich (2006) A i<strong>de</strong>ologia Alemã. Feuerbach – A contraposição entre as cosmovisõesmaterialistas e i<strong>de</strong>alistas. São Paulo: Martin Claret.

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