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Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

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Ronaldo <strong>de</strong> Oliveira CorrêaTe<strong>se</strong> <strong>de</strong> Doutorado PPGICH UFSC | outono 200856<strong>de</strong> objetos analisados; e 3. Servir como um filtro (ou lente) por meio do qual é possível percebera objetualida<strong>de</strong> das narrativas, performances, gestualida<strong>de</strong>s e biografias <strong>de</strong> artesãos (ãs) e suasatualizações e re-elaborações. Os protocolos <strong>de</strong> pesquisa para documentos iconográficos(apêndice 02), assim como as matrizes <strong>de</strong> <strong>processo</strong>s <strong>de</strong> produção artesanal, têm por funçãoexpor outras dimensões das estratégias <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnizar-<strong>se</strong> que não aparecem na reconstruçãodas narrativas, mas que compõem, junto com esta, uma imagem <strong>sobre</strong>posta a respeito da<strong>se</strong>stratégias <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnizar-<strong>se</strong>. Ou <strong>se</strong>ja, estes são dipositivos que expõem através <strong>de</strong> diferentesmeios (linguagens) as <strong>sobre</strong>posições <strong>de</strong> enunciados, <strong>se</strong>us fluxos e refluxos, mediações,abafamentos e ressonâncias.A classificação utilizada para os protocolos <strong>se</strong>gue a <strong>se</strong>guinte sistematização: PPDI,referente ao nome do protocolo. XX ou X&X autor (a). 00 (o número que <strong>se</strong>gue a notação <strong>de</strong>autoria) é referente à coleção. 000 (<strong>se</strong>qüência <strong>de</strong> números posterior à indicação da coleção) dizrespeito à prancha/ficha catalográfica. Houve momento em que foi necessário <strong>de</strong>sdobrar esta<strong>se</strong>qüência, acrescentando a esta uma letra; isso foi utilizado para informar que as pranchasformavam um conjunto, por exemplo: 000, 000·X, 000·Y. A última informação que compõe aclassificação diz respeito ao período em que foi realizada a catalogação (mês/ano) 75 .Outro procedimento que utilizo para análi<strong>se</strong> e interpretação, complementar aosinventários, é a reconstrução das narrativas dos artesãos (ãs) <strong>sobre</strong> os objetos. Opto pelareconstrução, nos mesmos mol<strong>de</strong>s daquela <strong>de</strong>scrita anteriormente, para enten<strong>de</strong>r outrasdimensões que não são acessíveis via inventário (coleções), a saber: as condições <strong>de</strong> existênciasocial dos valores culturais dos artesãos (ãs), a “ob<strong>se</strong>rvação e (...) análi<strong>se</strong> nos <strong>processo</strong>s da vidaintelectual peculiares às formas <strong>de</strong> criação artístico-filosófica e a padrões <strong>de</strong> gosto estético que<strong>se</strong> exprimem através do contato pessoal, em situações grupais, e <strong>se</strong> diferenciam, ou <strong>se</strong>perpetuam pela transmissão oral” 76 . Ou <strong>se</strong>ja, as formas que artesãos (ãs) narram <strong>sobre</strong> a<strong>se</strong>stéticas contidas na objetualização <strong>de</strong> suas imaginações.Refletir <strong>sobre</strong> as estéticas artesanais faz necessário encarar esta categoria sob outraperspectiva: não mais vinculada a uma instituição do belo (especialmente ligado a um cânoneclássico). Nesta perspectiva, <strong>de</strong>ixo-me levar pela configuração <strong>de</strong> uma <strong>se</strong>nsibilida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna esua expressivida<strong>de</strong>, cuja perspectiva localiza-<strong>se</strong> na superação do monologismo da estéticaclássica, voltando-<strong>se</strong> para a polifonia que envolve os enunciados plásticos recentes, <strong>se</strong>us75 A lista <strong>de</strong> PPDIs, <strong>de</strong><strong>se</strong>nvolvidas a parti das coleções (inventários), é apre<strong>se</strong>ntada em apêndice (Apêndice 03).76 FERNANDES, Florestan (2003) op. cit. p. 15.

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