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Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

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Ronaldo <strong>de</strong> Oliveira CorrêaTe<strong>se</strong> <strong>de</strong> Doutorado PPGICH UFSC | outono 200851aplicação da entrevista (notação dos elementos metacomunicativos ou extracomunicativos,como, por exemplo: o olhar, os meneios <strong>de</strong> cabeça, a gesticulação, entre outros) 66 . 3.Catalogação em ficha específica para protocolo <strong>de</strong> entrevista. 4. Leitura e construção <strong>de</strong> quadro<strong>de</strong>scritivo estrutural <strong>de</strong> cada entrevista (isso consiste em organizar em uma matriz os temastratados no <strong>de</strong>correr da entrevista, atribuir a cada tema um título significativo e indicar sualocalização no corpo da transcrição através <strong>de</strong> codificação específica). Como procedimentocomplementar, foi solicitada a cessão, por parte dos (as) entrevistados (as), dos direitos para uso<strong>de</strong> toda ou parte da entrevista, assim como sua guarda, divulgação e con<strong>se</strong>rvação.Na análi<strong>se</strong> das narrativas, foram sistematizados os conteúdos em temas e as formascomo foram narrados (o foco narrativo). Isso, com o propósito <strong>de</strong> perceber aelaboração/construção da narrativa (gênero), sua estrutura/coerência interna, as teorias pessoais<strong>sobre</strong> os eventos narrados e contrastar com as teorias/conceitos utilizados como guias dainvestigação, e com as ob<strong>se</strong>rvações e interpretações dos (as) narradores (as) e minhas. Estestemas <strong>se</strong>rviram <strong>de</strong> suporte para a formulação <strong>de</strong> algumas questões que <strong>se</strong>rão apre<strong>se</strong>ntada<strong>se</strong>xplicitamente como eixos norteadores da análi<strong>se</strong>, ou subterrâneas aos temas abordados no<strong>de</strong>correr do texto: como <strong>se</strong> caracteriza a indústria artesanal e qual a unida<strong>de</strong> social <strong>de</strong>produção? Como <strong>se</strong> organiza e mantém a unida<strong>de</strong> social <strong>de</strong> produção artesanal? Como <strong>se</strong> dá a(re)produção <strong>de</strong> técnicas, <strong>processo</strong>s <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong><strong>se</strong>nhos? Como <strong>se</strong> caracteriza e organizao mercado <strong>de</strong> consumo da cultura material artesanal? Como as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção <strong>se</strong>relacionam com as instituições participantes do circuito produção-circulação-consumo da culturamaterial artesanal? Quais as práticas individuais e coletivas <strong>de</strong> produção, inovação <strong>de</strong> <strong>processo</strong>e <strong>de</strong><strong>se</strong>nhos, estratégias <strong>de</strong> comercialização pre<strong>se</strong>ntes nas interações com o fenômenosua objetualida<strong>de</strong> no efêmero da enunciação, i.é. na palavra dita. A organização da entrevista (suamaterialização/transcrição) ao <strong>se</strong>guir a prevalência do sistema lingüístico padrão orienta-<strong>se</strong> orto-graficamente, ou<strong>se</strong>ja, sua produção qual texto escrito <strong>se</strong>gue o esquema do diálogo on<strong>de</strong>, a princípio, fala cada um por vez. Concordocom alguns autores da área <strong>de</strong> lingüística (e da antropologia lingüística) que esta forma (ou fórmula <strong>de</strong> materializartanto o diálogo quanto a conversação) é artificial, pois, mesmo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma conversação, po<strong>de</strong> acontecer a<strong>sobre</strong>posição <strong>de</strong> enunciações e, por con<strong>se</strong>guinte, <strong>de</strong> turnos. Contudo, através da organização dos turnos natranscrição é possível estabelecer no texto, o tempo e o espaço no tempo em que os enunciados foram realizado<strong>se</strong>, ao partir <strong>de</strong>sta metáfora gráfica (a transcrição), reorganizar e interpretar as narrativas coletadas durante otrabalho <strong>de</strong> campo. Remeto a MARCUSCHI, Luís Antônio. (2000) op. cit.66 A modo <strong>de</strong> esclarecimento, os recursos verbais, não-verbais e supra-<strong>se</strong>gmentais são recursos do narradorutilizados como elos entre unida<strong>de</strong>s comunicativas ou enunciações. MERCUSCHI comenta que estes recursos sãoutilizados, por exemplo: “na troca <strong>de</strong> falantes, na mudança <strong>de</strong> tópicos, nas falhas <strong>de</strong> construção, em posiçõessintaticamente regulares. Fundamentalmente, eles po<strong>de</strong>m operar como iniciadores (<strong>de</strong> turno ou unida<strong>de</strong>comunicativa) ou finalizadores”. I<strong>de</strong>m, p. 61.

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