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Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

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Ronaldo <strong>de</strong> Oliveira CorrêaTe<strong>se</strong> <strong>de</strong> Doutorado PPGICH UFSC | outono 200850texto/narrativa, mas, mostre o que é possível ver do olhar (a partir das experiências) <strong>de</strong>stes (as)também outros (as).Apre<strong>se</strong>nto os capítulos como uma forma <strong>de</strong> escrever a interpetação e inscrever opesquisador como mais um dos que fala e interpreta o que viu e viveu, e não como um tradutor<strong>de</strong> formas e estruturas que ten<strong>de</strong>m a generalizar práticas e interações múltiplas econtraditórias 64 . A minha escritura ten<strong>de</strong> a <strong>se</strong>r também contraditória, irônica, burlesca e, assim,utilizando <strong>de</strong> uma premissa da sociologia da forma simmeliana, possibilitar mais um nível <strong>de</strong>interpretação, mais uma forma para dar <strong>se</strong>ntido a estas múltiplas vozes que narram o fazerhumano <strong>de</strong> criar objetos, <strong>de</strong> materializar gestos, <strong>de</strong> apreen<strong>de</strong>r em formas, imaginações. Casoes<strong>se</strong> propósito não <strong>se</strong> realize, tenho a esperança que pelo menos a tentativa instigue outras, ecomo uma vez (re)escreveu Hilda Hilste <strong>de</strong> Bataille: “sinto-me livre para fracassar”.Resta, então, <strong>de</strong>screver os procedimentos utilizados para a obtenção das narrativasapre<strong>se</strong>ntadas e analisadas nesta investigação. De forma sistemática e aqui esquemática, cadaentrevista foi realizada em data, hora e local acordado com os (as) entrevistados (as) via telefoneou contato pessoal. Em conversa, no início da aplicação da entrevista, foi discutida a forma que<strong>se</strong> daria a entrevista e solicitada a autorização para <strong>se</strong>u registro. A aplicação da entrevistaobe<strong>de</strong>ceu aos <strong>se</strong>guintes passos: 1. Pergunta inicial (fa<strong>se</strong> narrativa). 2. Perguntas <strong>de</strong>scritivas(fa<strong>se</strong> <strong>de</strong>scritiva ou argumentativa). 3. Preenchimento do protocolo <strong>de</strong> dados pessoais. 4.Negociação a respeito da compra dos conjuntos <strong>de</strong> peças analisados em outra fa<strong>se</strong> dainvestigação.A transcrição da entrevista <strong>se</strong>guiu as <strong>se</strong>guintes indicações: 1. Transcrição palavra porpalavra, tomando em conta os fenômenos paralingüísticos (ou recursos verbais – alguns nãolexicalizados como ”hum-hum”, “ahã”, “ué”, “né” e outros) existentes no <strong>de</strong>correr da enunciação,e sua organização turno a turno 65 . 2. Codificação das intervenções e notas realizadas durante a64 O propósito não é inovador, ou mesmo original, caracterizaria como uma possibilida<strong>de</strong> entre tantas paramaterializar questões atuais das ciências sociais e humanas, a saber, a poética do texto, o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> on<strong>de</strong><strong>se</strong> fala/interpreta, a multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> narrativas (textuais, visuais, performaticas, <strong>de</strong>ntre outras), a temporalida<strong>de</strong> dostextos em ciências sociais e humanas, as diferentes teorias, categorias e noções <strong>de</strong><strong>se</strong>nvolvidas nas últimasdécadas do século XX e início do XXI, algumas <strong>de</strong>stas questões apre<strong>se</strong>ntadas e/ou propostas por ROSALDO,Renato. Don<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> la objetividad. La retórica <strong>de</strong> la antropologia. In: DÍAZ CRUZ, Rodrigo (ed) (2006) RenatoRosaldo: Ensayos em antropologia critica. México: Casa Juan Pablos: Fundación Rockefeller: UniversidadAutónoma Metropolitana – unidad Iztapalapa; MARCUS, George; CLIFFORD, James (eds) (1986) Writting Cultures.Berkeley: University of California Press; OLIVER, Daniela. Renato Rosaldo. Sobre el sujeito <strong>de</strong> estudio en laetnografia. In: BRICOLAGE. Revista <strong>de</strong> Estudiantes <strong>de</strong> Antropologia Social y Geografia Humana. Año 5, n. 13,enero-abril 2007. p. 59-68.65 A transcrição da conversação em turnos é uma estratégia metodológica que “organiza/prepara” a entrevista paraanáli<strong>se</strong>. Este recurso é utilizado ao modo <strong>de</strong> materializar a conversação, visto que esta, <strong>de</strong> qualquer forma, mantém

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