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Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

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Ronaldo <strong>de</strong> Oliveira CorrêaTe<strong>se</strong> <strong>de</strong> Doutorado PPGICH UFSC | outono 200848RIBEIRO, FERNANDES, CANDIDO 58 entre outros, <strong>sobre</strong> a cultura popular (subalterna), asformas <strong>de</strong> produção artesanal, sua estética, <strong>se</strong>us agentes e o sistema <strong>de</strong> objetos e sua interaçãocom os movimentos (projetos, propostas, modos) <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização.Todavia, e <strong>se</strong>guindo os passos <strong>de</strong> FERNANDES 59 , acredito que ao expor as limitaçõesda investigação, não busco pela indulgência dos leitores ou companheiros estudiosos da culturapopular (subalterna), pretendo sim esclarecer que, sabedor dos erros e limitações, não me furteiao compromisso <strong>de</strong> dar acesso aos outros, com quem dialogo, aos dados coletados. Com isso,tenho a esperança que estes dados sirvam para situar a temática da cultura popular e emespecial das formas <strong>de</strong> produção artesanal em meio às transformações por que passa asocieda<strong>de</strong> brasileira e, mais especificamente, os grupos <strong>de</strong> artesãos (ãs) em Florianópolis, SantaCatarina.Minha eleição do método foi motivada, em parte, pelos esquemas teóricos escolhidos no<strong>processo</strong> <strong>de</strong> investigação teórico-metodológico e contrastados, avaliados e renovados emrelação ao estar aqui no gabinete e, em parte pelas questões que o estar lá 60 em campo meapre<strong>se</strong>ntaram, a saber: a flui<strong>de</strong>z com relação a qualquer esquema formal previamenteestabelecido, o encontro aleatório com os (as) entrevistados (as), a ambigüida<strong>de</strong> (motivações,<strong>de</strong><strong>se</strong>jos, expectativas, entre outros fatores que marcaram as cenas das entrevistas) com quecada entrevistado (a) <strong>se</strong> apre<strong>se</strong>ntou ante a investigação, as trocas – econômicas e simbólicas -realizadas durante o contato no <strong>de</strong>correr do campo, o encaminhamento das categorias <strong>de</strong>análi<strong>se</strong> e da forma <strong>de</strong> apre<strong>se</strong>ntá-las em um texto possível.Estas questões pensadas a partir <strong>de</strong> reflexões realizadas no campo das ciências sociai<strong>se</strong> humanas <strong>sobre</strong> as relações intersubjetivas entre o (a) pesquisador (a) e os (as) informantes esuas marcas, rastros e autoria na construção da interpretação <strong>sobre</strong> os fenômenos sociais.Chamo a atenção <strong>de</strong> que, na escolha do método, levei em consi<strong>de</strong>ração o recente e inconcluso<strong>de</strong>bate <strong>sobre</strong> a experiência biográfica do (a) pesquisador (a) em relação à experiência biográfica58 GARCIA CANCLINI, Néstor (2002) op. cit.; NOVELO, Victória (1974) Capitalismo y producción <strong>de</strong> artesanías enMéxico. México, D.F: Escuela Nacional <strong>de</strong> Antropologia y História. INAH – SEP; dis<strong>se</strong>rtação <strong>de</strong> mestrado. 260 f;LAUER; Mirko (1983) op. cit; FERNANDES, Florestan (2004) Folclore e Mudança social na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. 3ªed. São Paulo: Martins Fontes. (Coleção Raizes). CÂNDIDO, Antônio (2001) Os parceiros do Rio Bonito. 9ª ed. SãoPaulo: Editoda 34.59 FERNANDES, Florestan (2004) op. cit.60 Remeto às categorias <strong>de</strong> estar lá (being there) e estar aqui (being here) que GEERTZ problematiza em <strong>se</strong>u livro<strong>sobre</strong> a escrita antropológica e, certamente, ampliada para a escrita nas ciências sociais e humanas. GEERTZ,Clifford (2005) Obras e Vidas: o antropólogo como autor. 2ª ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Editora da UFRJ.

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