20.07.2015 Views

Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Ronaldo <strong>de</strong> Oliveira CorrêaTe<strong>se</strong> <strong>de</strong> Doutorado PPGICH UFSC | outono 200822protagonistas exclusivas ou privilegiadas <strong>de</strong>ste circuito, mas pelo fato <strong>de</strong>stas na sua “coisida<strong>de</strong>”mesma resguardarem um espaço <strong>de</strong> interpretação daquelas gentes (estas sim protagonistas)que não está contido unicamente nos enunciados narrativos. Dedico este tempo do capítulo para“ler” as marcas e as impressões <strong>de</strong>ixadas na superfície das esculturas <strong>de</strong> barro. Trabalhoorientado pela recomendação <strong>de</strong> SARAMAGO 10 , que convida a uma arqueologia <strong>de</strong> materiaiscomo uma arqueologia humana e, a partir <strong>de</strong>sta, <strong>de</strong>scobrir a passagem <strong>de</strong> homens e mulherespelos espaços, <strong>de</strong>codificar os sinais <strong>de</strong> suas existências, os rastros <strong>de</strong>ixados <strong>sobre</strong> os caminhostrilhados, as memórias que, compartilhadas ou entregues, <strong>de</strong>nunciam as marcas <strong>de</strong> corpos queverda<strong>de</strong>iramente existiram.Nesta escavação das camadas superficiais dos objetos, interpreto sua circularida<strong>de</strong> noscircuitos econômicos. Busco com isso expor os fluxos ou circuitos <strong>de</strong> troca que <strong>de</strong>finem tambémos valores e as configurações das peças, assim como uma forma <strong>de</strong> política, vinculadas àexposição <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> subordinação e <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s que envolvem as formas <strong>de</strong> querer e<strong>se</strong>us sujeitos. Esta é a aventura mais instigante realizada neste capítulo, num mesmo espaço etempo, qual numa aventura fantástica parto da “imaterialida<strong>de</strong>” da economia para a“materialida<strong>de</strong>” da superfície das esculturas <strong>de</strong> barro e nela tento encontrar aquelas palavrasque, grafadas com outros signos, narram as estratégias <strong>de</strong> atualizar as biografias, distinguir a<strong>se</strong>xperiências, que, impressas na superfície <strong>de</strong> barro, expõem as lacunas que (re) apre<strong>se</strong>nta a umEU e a um OUTRO.Por fim, as consi<strong>de</strong>rações finais. Neste fragmento do texto apre<strong>se</strong>nto algumasob<strong>se</strong>rvações, explicito algumas questões que, no <strong>se</strong>u <strong>de</strong>correr, foram discutidas e enunciadas;listo as ausências que <strong>se</strong> fizeram pre<strong>se</strong>ntes no meu texto e proponho <strong>de</strong>sdobramentos para estainvestigação. Talvez este <strong>se</strong>ja aquele trecho do texto em que as imagens são mais difusas oumesmo mais translúcidas. Muito mais <strong>processo</strong> que acabamento, acredito que este é o lugar daabertura e não do encerramento. Assim, anuncio <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já que, no lugar <strong>de</strong> encerrar, prefiro abrirpossibilida<strong>de</strong>s, ensaiar novas aventuras, propor outros projetos.10 Conferir SARAMAGO, José (2000) A caverna. São Paulo: Companhia das Letras.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!