20.07.2015 Views

Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Ronaldo <strong>de</strong> Oliveira CorrêaTe<strong>se</strong> <strong>de</strong> Doutorado PPGICH UFSC | outono 2008210atentado. O <strong>de</strong>slocamento dos temas, não mais aqueles ligados ao cotidiano e <strong>de</strong> alguma formaaos constrangimentos sociais e culturais, mas abarcando uma cultura midiática global, evi<strong>de</strong>nciauma estratégia radical <strong>de</strong> atualização biográfica <strong>de</strong> artesãos (ãs), assim como <strong>de</strong> <strong>se</strong>us objetos.Ficha Técnica · 15Autor: Natividad Gonzáles MoralesTítulo: La Tragedia <strong>de</strong> Torres Gemela<strong>se</strong>l día 11 <strong>de</strong> <strong>se</strong>ptiembre <strong>de</strong> 2001Ano: 2002Técnica: Mo<strong>de</strong>lagem em argilaLocal: Ocumixho, Michoacan, MXDimensões: diversasFoto: Jesús Sánchez UribeFonte: GARCIA CANCLINI, Nestor (2002)A artesã mexicana, ao narrar o atentado estaduni<strong>de</strong>n<strong>se</strong>, a partir <strong>de</strong> re-escrituras autorais<strong>de</strong> imagens reproduzidas nos meios massivos na matéria do barro, testemunha ou compartilhacom aquelas narrativas <strong>sobre</strong> o acontecimento a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sumário narrativo imagético. Issoestá marcado na enunciação do título da obra qual manchete dos jornais diários: “A tragédia dastorres gêmeas no dia 11 <strong>de</strong> <strong>se</strong>tembro <strong>de</strong> 2001”. Por outro lado, esta enunciação po<strong>de</strong>ria <strong>se</strong>r lidacomo notação que <strong>se</strong> faz em fotos <strong>de</strong> viagem: “a estátua da liberda<strong>de</strong> num fim da tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>outono”, ao modo <strong>de</strong> uma escritura cotidiana e como registro displicente.A escultura parte da plástica artesanal para alcançar uma temática global recente: aviolência, a xenofobia. Mas <strong>de</strong> alguma forma também narra uma temática local: a violência darepressão relacionada à migração mexicana/estaduni<strong>de</strong>n<strong>se</strong>, o recru<strong>de</strong>scimento das políticas epolícias <strong>de</strong> migração na região <strong>de</strong> fronteira entre estes paí<strong>se</strong>s. Em um esboço <strong>de</strong> análi<strong>se</strong> (maisuma garatuja assumo), arrisco dizer que o que marca o lugar <strong>de</strong> fala (ou enunciação) <strong>de</strong>sta peçaé a ba<strong>se</strong> da escultura. Lá, on<strong>de</strong> a artesã instituiu a frontalida<strong>de</strong> do olhar expectador (o lugar doexpectador) e configurou o recorte tempo/espacial da narrativa, é a superfície que <strong>se</strong> re<strong>se</strong>rvapara as marcas da ancestralida<strong>de</strong> dos <strong>de</strong><strong>se</strong>nhos (da gráfica) artesanal. Uma <strong>se</strong>qüência <strong>de</strong><strong>de</strong><strong>se</strong>nhos <strong>de</strong> rendas conota o popular, referencia a natureza da matéria mo<strong>de</strong>lada, informa a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!