20.07.2015 Views

Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Ronaldo <strong>de</strong> Oliveira CorrêaTe<strong>se</strong> <strong>de</strong> Doutorado PPGICH UFSC | outono 2008110reformulação da narrativa, para a (re)localização do <strong>se</strong>lf do (a) artesão (ã), ou, ainda, para oacesso aos circuitos simbólicos <strong>de</strong> consumo cultural. Em função <strong>de</strong>sta reformulação do gêneronarrativo e, por con<strong>se</strong>guinte, da <strong>se</strong>qüência <strong>de</strong> ações biográficas, ou <strong>se</strong>ja, da (re)organização eapre<strong>se</strong>ntação <strong>de</strong> outra i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> estável, é importante compreen<strong>de</strong>r os choques, tensões,<strong>de</strong>slocamentos e (re)localizações aos quais os narradores <strong>se</strong> expõem na tentativa <strong>de</strong> dominarestes novos códigos e os utilizar como recursos discursivos.Fragmento 03Fonte: EN: F01 – O&P – 09/2006. Turnos 82-99O.(...) Daí <strong>de</strong>pois eu fui convidada para fazer um curso <strong>de</strong> Lapinha, <strong>de</strong> presépio açoriano.E. Mas o que é Lapinha (...)O. Lapinha é um presépio.E. (...) É um tipo <strong>de</strong> presépio (...)O. É um tipo <strong>de</strong> presépio açoriano, né. Na Ilha dos Açores é costume fazer (...) então eles fazemassim, com florzinha, <strong>de</strong> tecido, aquela coisa toda, né!P. Utilizam vários materiais (...)O. É, utilizam vários materiais e põem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma redoma <strong>de</strong> vidro (...)E. Mas este curso foi lá na universida<strong>de</strong>, também?O. Não, este curso foi particular. Foi um artista plástico que ofereceu este curso, né! Então eu fuie fiz este curso!E. Que interessante (...)O. Até ele virou meu amigo, porque eu fiz as pecinhas e eu já comecei a criar em cima, porque(...), já que eu tinha facilida<strong>de</strong> (...) este foi o meu primeiro. Olha (...) foi este que eu fiz nocurso! ((mostra uma lapinha)) Então é assim, ele é todo em cerâmica, né, aqui, daí a gentecolocava alguns costumes, aí eu já fiz diferente, eu colequei os nossos costumes aqui da Ilha(...) aí tem que ter a cena principal, né, o importante (...) e alguns costumes (...) e daí eu já fiz(...) botei criança, fiz uma casinha açoriana alí (...)P. Botou a criativida<strong>de</strong> pra (...)O. Botei até uma ren<strong>de</strong>irinha ali! Es<strong>se</strong> foi o meu primeiro (...)E. Pro <strong>se</strong>u primeiro, a sra. foi bem ousada!P. Daí <strong>se</strong>rviu pra ver o potencial <strong>de</strong>la (...)173 Ao utilizar o conceito <strong>de</strong> campo artístico ou campo <strong>de</strong> produção cultural conferir BOURDIEU, Pierre (2007) ADistinção: crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp; Porto Alegre, RS: Zouk.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!