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Narrativas sobre o processo de modernizar-se - capes

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Ronaldo <strong>de</strong> Oliveira CorrêaTe<strong>se</strong> <strong>de</strong> Doutorado PPGICH UFSC | outono 2008103Capitulo 2 · Organização da Economia Simbólica do Artesanato:circuito <strong>de</strong> produção, circulação e consumo da cultura material artesanal2.1. Organização das Formas <strong>de</strong> Produção Artesanal: notas para pensar uma indústriaNestas notas pretendo reconstruir, apre<strong>se</strong>ntar e interpretar as estratégias utilizadas por artesãos(ãs) para sua mo<strong>de</strong>rnização. Dito <strong>de</strong> outra forma, tenho a intenção <strong>de</strong> configurar as formas <strong>de</strong>produção artesanal a partir da explicitação e interpretação dos diferentes <strong>processo</strong>s (materiais,tecnológicos, econômicos, simbólicos, entre outros) que <strong>se</strong> dão no interior da unida<strong>de</strong> social <strong>de</strong>produção. Tomo como chave <strong>de</strong> entendimento e interpretação a reconstrução das narrativascoletadas no trabalho <strong>de</strong> campo. Esta estratégia, pensada como via para acessar outrasdimensões (<strong>se</strong>ntidos/significados) configuradas a partir das tensões que envolvem e estruturamos <strong>processo</strong>s <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização biográfica (<strong>de</strong> homens, mulheres e coisas). Para isso, lanço mão<strong>de</strong> dispositivos já comentados nas notas teórico-metodológicas (especialmente a reconstrução<strong>de</strong> narrativas e as matrizes <strong>de</strong> <strong>processo</strong>s produtivos artesanais).Faz <strong>se</strong>ntido chamar a atenção para o fato <strong>de</strong> que, subjacente à escritura <strong>de</strong>ste capítulo,estão questões formuladas naquele anterior, a saber: como <strong>se</strong> caracteriza a indústria artesanal equal a unida<strong>de</strong> social <strong>de</strong> produção? Como <strong>se</strong> organiza e <strong>se</strong> mantém a unida<strong>de</strong> social <strong>de</strong>produção artesanal? Como <strong>se</strong> dá a (re)produção <strong>de</strong> técnicas, <strong>processo</strong>s <strong>de</strong> produção e<strong>de</strong><strong>se</strong>nhos? Como <strong>se</strong> caracteriza e organiza o mercado <strong>de</strong> consumo da cultura materialartesanal? Como as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção <strong>se</strong> relacionam com as instituições participantes docircuito produção-circulação-consumo da cultura material artesanal? Quais as práticasindividuais e coletivas <strong>de</strong> produção, inovação <strong>de</strong> <strong>processo</strong> e <strong>de</strong><strong>se</strong>nhos, estratégias <strong>de</strong>comercialização pre<strong>se</strong>ntes nas interações com o fenômeno econômico artesanal? Qual aatuação <strong>de</strong> homens e <strong>de</strong> mulheres na estruturação da produção artesanal?Por mais uma vez, alerto que estas questões, formuladas teoricamente a partir dodiálogo teórico-metodológico e <strong>de</strong> <strong>se</strong>u confrontamento como os dados <strong>de</strong> campo, são guias dareflexão aqui apre<strong>se</strong>ntada. Em função disso, algumas po<strong>de</strong>m <strong>se</strong>r mais explicitadas do queoutras. Algumas po<strong>de</strong>m estar marcadas na escritura do capítulo e outras subterrâneas a estaescritura. Algumas constituem pontos-chave <strong>de</strong> análi<strong>se</strong> e interpretação e outras somenteindicações, <strong>de</strong><strong>se</strong>jos e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reflexão.

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