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EDIÇÃO 13 - Agosto/09 - RBCIAMB

A Revista Brasileira de Ciências Ambientais – RBCIAMB - publica artigos completos de trabalhos científicos originais ou trabalhos de revisão com relevância para a área de Ciências Ambientais. A RBCIAMB prioriza artigos com perspectiva interdisciplinar. O foco central da revista é a discussão de problemáticas que se inscrevam na relação sociedade e natureza em sentido amplo, envolvendo aspectos ambientais em processos de desenvolvimento, tecnologias e conservação. A submissão dos trabalhos é de fluxo contínuo.

A Revista Brasileira de Ciências Ambientais – RBCIAMB - publica artigos completos de trabalhos científicos originais ou trabalhos de revisão com relevância para a área de Ciências Ambientais. A RBCIAMB prioriza artigos com perspectiva interdisciplinar. O foco central da revista é a discussão de problemáticas que se inscrevam na relação sociedade e natureza em sentido amplo, envolvendo aspectos ambientais em processos de desenvolvimento, tecnologias e conservação. A submissão dos trabalhos é de fluxo contínuo.

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<strong>EDIÇÃO</strong> <strong>13</strong><strong>Agosto</strong>/<strong>09</strong>


ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478<strong>Agosto</strong> 20<strong>09</strong> Nº <strong>13</strong>www.ictr.org.br www.cepema.usp.brRevistaBrasileira deCiências AmbientaisExpedienteEditores• Jorge Alberto Soares Tenório (USP)jtenorio@usp.br• Denise Crocce Romano Espinosa (USP)espinosa@usp.brEditor Adjunto• Valdir Fernandes (USP)v.fernandes@usp.brSecretária• Juliana Barbosa Zuquer Giarettajzuquer@usp.br• Adriana Rossetto (UNIVALI)• Andrea Moura Bernardes (UFRGS)• Andrea Vidal Ferreira (CDTN)• Antonio Ésio Bresciani (USP)• Arlindo Philippi Jr. (USP)• Carlos Alberto Cioce Sampaio (UFPR)• Celina Lopes Duarte (IPEN)Comissão Editorial• Cláudio Augusto Oller do Nascimento(USP)• José Roberto de Oliveira (IFES)• Maria do Carmo Sobral (UFPE)• Oklinger Mantovaneli Junior (FURB)• Sérgio Martins (UFSC)• Tadeu Fabrício Malheiros (USP)Arte Final• Octavio Furtado Fariasoctaviofarias@msn.com• G4webSubmissão de artigos, dúvidas e sugestõesrbciamb@gmail.comInstruções para autoreshttp://www.rbciamb.com.br/instrucoes.asp


ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478<strong>Agosto</strong> 20<strong>09</strong> Nº <strong>13</strong>www.ictr.org.br www.cepema.usp.brRevistaBrasileira deCiências AmbientaisÍndice01Processo participativo de criação deindicadores de desenvolvimento sustentávelpara o município de Ribeirão Pires, BrasilSonia Maria Viggiani CoutinhoTadeu Fabrício MalheirosMaria Luiza Leonel Padilha10Asessment of indoor radon distribution inthe metropolitan region of Belo Horizonte,BrazilTalita O. SantosZildete RochaAlberto A. BarretoLetícia A. C. de SouzaRonaldo A. MiguelArno H. de Oliveira18Avaliação de áreas utilizadas para disposiçãode resíduos sólidos urbanosAdriana Soares de SchuelerClaudio Mahler26Estudos sobre bioindicadores vegetais epoluição atmosférica por meio de revisãosistemática da literaturaRegina Maria Alves CarneiroAngela Maria Magosso Takayanagui45A identificação dos resíduos em umaindústria de alimentos e sua políticaambientalElisangela N. BrandliAdalberto PandolfoJalusa GuimarãesMarco Aurelio Stumpf GonzálezRenata Reinehr


Processo participativo de criação de indicadores dedesenvolvimento sustentável para o município deRibeirão Pires, BrasilRESUMOO objetivo deste artigo é apresentar o processo participativo de construção de um conjunto deindicadores de desenvolvimento sustentável realizado no Município de Ribeirão Pires. A metodologiaproposta foi a pesquisa-ação participativa, e os modelos sugeridos por Meadows (1998) e RedefiningProgress (1997), que vem há vários anos prestando auxílio a iniciativas de construção de indicadorescomunitários a partir de uma perspectiva "bottom-up". Os principais resultados incluem a discussãosobre o processo participativo e a relação do conjunto de indicadores com a Agenda 21 do Município.PALAVRAS-CHAVE: Gestão Ambiental municipal, Indicadores de Sustentabilidade, Agenda 21,Desenvolvimento Sustentável.ABSTRACTThe aim of this paper is to present a participatory process of constructing a set of indicators ofsustainable development in the municipality of Ribeirão Pires. The proposed methodology wasparticipatory action research, and the models suggested by Meadows (1998) and Redefining Progress(1997), which has, for several years, provided assistance for initiatives to construct indicators from acommunity perspective "bottom-up". The main results include a discussion of the participatoryprocess and the relationship between the indicators set and Ribeirão Pires’s 21 Agenda.KEYWORDS: Municipal Environmental Management, Sustainable Indicators, Agenda 21, SustainableDevelopmentSonia Maria Viggiani CoutinhoAdvogada. Mestre em Saúde Pública pelaFaculdade de Saúde Pública da USP.Doutoranda FSP/USP (Bolsista CNPq).Pesquisadora do grupo SIADES - Sistema deInformações Ambientais para oDesenvolvimento Sustentável http://www.fsp.usp.br/siadesTadeu Fabrício MalheirosEngenheiro Ambiental. Doutor em SaúdePública. Professor do Departamento deHidráulica e Saneamento da Escola deEngenharia de São Carlos/USP. Pesquisadordo grupo SIADESMaria Luiza Leonel PadilhaEngenheira Agrônoma. Doutora em SaúdePública pela Faculdade de Saúde Pública daUSP. Pesquisadora do grupo SIADESRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 1 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


INTRODUÇÃOEntre os vários documentosresultantes da Conferência das NaçõesUnidas sobre Meio Ambiente eDesenvolvimento ocorrida em 1992, no Riode Janeiro, a Agenda 21 Global (CNUMAD,1997), em seu capítulo 40, atenta para anecessidade de informação para a tomada dedecisões por intermédio de indicadores dedesenvolvimento sustentável. Assim, adécada de 1990 foi marcada por um conjuntosignificativo de pesquisas, discussões eexperiências sobre a construção e o uso deindicadores de desenvolvimento sustentávelpara medir e avaliar a sustentabilidade.Embora no Brasil tenham sidoobservados avanços na construção de Agendas21 em âmbito local, verifica-se lacuna noconhecimento sobre indicadores locais dedesenvolvimento sustentável e sobre oprocesso de construção destes enquantoprocessos participativos e instrumentos deavaliação.Desta forma, este artigo tem porobjetivos apresentar o processo participativode construção de um conjunto de indicadoresde desenvolvimento sustentável ocorrido emRibeirão Pires - Município da RegiãoMetropolitana de São Paulo, em 2004, bemcomo apresentar uma breve análise doconjunto de indicadores frente à Agenda 21de Ribeirão Pires.Este Município foi escolhido emfunção de ter concluído sua Agenda 21, comampla mobilização da população, por haverinteresse em avaliar as ações municipais emdireção a um desenvolvimento que sejasustentável e por sua localização estratégicadentro de uma região de mananciais.O município de Ribeirão PiresO Município de Ribeirão Pires integraa Região Metropolitana de São Paulo,Brasil, distando cerca de 40 km da capitalpaulista. Sua área total é de 107 km², e a suapopulação estimada é de 104.508 habitantes,estando 100% inserido em Área de Proteçãode Mananciais (IBGE, 2000).Sua economia é diversificada,predominando, em número de empregosformais, a atividade industrial, com destaquepara o setor metal-mecânico. O comércio e osetor de serviços apresentam hoje as maiorestaxas de crescimento, e as atividades deturismo estão sendo dinamizadas desde suaelevação em 1998 à categoria de EstânciaTurística. São crescentes os investimentos naampliação da infra-estrutura urbana, narecuperação das atrações locais e naqualificação dos serviços públicos, visandotorná-la referência regional nas atividadesturísticas e de lazer entre todos os Municípiosda bacia do Rio Grande e respectiva área demananciais.O crescimento populacional acimada taxa da Região Metropolitana de São Pauloque se deu em Ribeirão Pires desde a décadade 1970, aliado à falta da correspondenteadequada infra-estrutura urbana, à sua peculiarlocalização em área de proteção demananciais e à divulgação de ações deproteção ao meio ambiente, especialmentea partir da Conferencia do Rio de Janeiro, em1992, serviram de mola propulsora para aconstrução da Agenda 21 de Ribeirão Pires,em base participativa.Ciente de que as Leis de Proteçãoaos Mananciais, do Estado de São Paulo, de1975 e 1976, com suas disposições restritivasà ocupação da terra contribuíram mais parainduzir a ocupação clandestina e de baixocusto do que para evitá-la, o poder públicomunicipal passa a editar leis de uso eocupação do solo e de zoneamento urbano,Agenda 21 e Plano Diretor.Com um IDHM que aumentou de0,776, em 1991, para 0,807, em 2000, devidoprincipalmente a investimento em educação,Ribeirão Pires passa a direcionar sua atençãoa questões ambientais, suporte dacontinuidade das atividades econômicas egarantia de qualidade de vida para suapopulação.Finalizada a Agenda 21, com adiscussão de princípios da sustentabilidadeque não eram conhecidos pela maioria deseus cidadãos, o Conselho da Cidade estavapreparado para, seguir trabalhando questõesligadas a sustentabilidade do Município,motivo pelo qual a proposta de construçãode indicadores de desenvolvimentosustentável para a avaliação dos rumospretendidos pelo Município foi prontamenteaceita pelos membros do Conselho daCidade.A grande questão que se apresentaé a de que, embora o Município possua váriosindicadores disponíveis em suas bases e embases do IBGE, estes dados podem nãoinduzir adequadamente - no que se refere àforma e tempo - as mudanças necessáriaspara a melhoria do município que sãoesperadas pela comunidade.De fato, ao se levantar os anseios dacomunidade de Ribeirão Pires por meio deprocesso participativo para a construção dosindicadores de desenvolvimento sustentávelpretendeu-se preencher esta lacuna, uma vezque o que se espera é que a comunidadepasse a utilizar este conjunto de indicadoresde desenvolvimento sustentável como uminstrumento de avaliação no contexto dasustentabilidade local, portanto, comrespaldo na Agenda 21 Local.É importante que os indicadorespartam de prioridades da comunidade,devendo surgir a partir de valores epossibilitando a criação de valores baseadosna cultura e na experiência de quem participade sua criação (MEADOWS, 1998).Além disso, os indicadores desustentabilidade devem buscar a integraçãoentre as questões ambientais, econômicas esociais. A ausência de indicadores ambientaise a profusão de indicadores econômicos esociais representam o descaso com que oambiente vem sendo considerado em relaçãoprincipalmente aos aspectos econômicos, hávários anos tratados como sinônimo dedesenvolvimento. Deve-se atentar,entretanto, que não se trata de necessidadede criação de novos indicadores, mas deprocurar chegar de forma participativa aosindicadores mais relevantes para a realidadedo local.Assim, o processo de construção deindicadores de desenvolvimento sustentávelem Ribeirão Pires iniciou a partir da aceitaçãopela Prefeitura do Município, em 2003, e doencaminhamento da proposta paraaprovação em sessão do Conselho da Cidade.Importância da participação localA importância em se trabalhar noâmbito local, onde as atividades e osprincipais impactos sobre o meio ambientesão produzidos, alia-se à questão daparticipação social.Para Milaré (2000, p.99):Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 2 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


"o direito à participação pressupõeo direito de informação e está intimamenteligado ao mesmo. É que os cidadãos comacesso à informação têm melhores condiçõesde atuar sobre a sociedade, de articular maiseficazmente desejos e idéias e de tomar parteativa nas decisões que lhes interessamdiretamente...".A Política Nacional de MeioAmbiente brasileira (Lei Federal nº 6938/81)igualmente estabelece o princípio daparticipação e sua efetivação através devariados canais, entre eles os Conselhos deMeio Ambiente, devendo ser entendidacomo um importante instrumento dearticulação entre os atores sociais,fortalecendo a união e melhorando aqualidade das decisões, tendo em vista umfim comum.Além disso, para ser consideradasocial a participação deve se caracterizarcomo um processo no qual as diversascamadas sociais tomam parte na produção,na gestão e no usufruto dos bens de umasociedade historicamente determinada(AMMANN, 1978).Desde 1988, com a novaConstituição Federal brasileira, com ainclusão do município como entidade daFederação, inicia-se um novo paradigmabaseado na gestão descentralizada e naautonomia municipal. Este novo modeloamplia a criação de Conselhos, como espaçode participação da sociedade.Indicadores de desenvolvimento sustentávelO desenvolvimento e asustentabilidade, que sempre foramquestões tratadas de forma separada nasociedade, agora se unem em uma escala globale em uma estrutura temporal de urgênciapara buscar resposta de como poderemosfornecer suficiência, segurança e vida paratodos: uma questão de desenvolvimento; ede como poderemos viver dentro das leis elimites do ambiente biofísico: uma questãode sustentabilidade (MEADOWS, 1998).Assim, um indicador de desenvolvimentosustentável deve refletir eficiência,suficiência, eqüidade e qualidade de vida,não podendo mais ser confundindo comcrescimento apenas, gerando uma únicaquestão acerca da possibilidade de nossageração e a de nossos filhos viverem uma boavida, sem dilapidar a saúde e a produtividadedo planeta, e, por conseguinte, permitir queas próximas gerações tenham acesso à boavida.Os indicadores que são necessáriospara responder a esta questão não sãoimediatamente óbvios, uma vez que se falahá pouco tempo do fator de limite do planeta,mas sabe-se que deverão ser mais do queindicadores ambientais, devendo carregar anoção de tempo e de limites.Após o estabelecimento das metaspara um desenvolvimento sustentável, surgea necessidade da construção de indicadoresque mensurem as ações neste sentido. "Aquantificação e qualificação das condiçõesambientais que estão sendo alteradas,preservadas ou simplesmente estudadaspassam a ser muito importantes, não só paraa espécie humana, como para a vida demuitos organismos. Daí a necessidade deavaliação muito mais precisa do que aquelasque um dia foram suficientes para os homensprimitivos: frio, quente, claro, escuro, doce,azedo, etc. Hoje, vários profissionais dediferentes áreas necessitam saber,acuradamente, o quanto e como asatividades antrópicas estão alterando partesespecíficas de ecossistemas. Somente osórgãos sensitivos natos da espécie humanajá não são suficientemente precisos ouadequados para as necessidades da própriaespécie" (MAIA NB et al, 2001).Assim, vários países, cientes de queo indicador até então utilizado para medirdesenvolvimento econômico a partir do PIB"per capita" não era mais suficiente paramensurar o desenvolvimento em basessustentáveis, envolvendo justiça social,desenvolvimento econômico e equilíbrioambiental, partiram para a construção denovos modelos para avaliar asustentabilidade de seu desenvolvimento.A partir daí surgem diversasiniciativas e projetos em todo o mundo como objetivo de criar indicadores desustentabilidade para os níveis de gestão local,regional, estadual e até mesmo global.De acordo com Gomes (2000) "praticamentetodos os Estados-membros da UniãoEuropéia já publicaram documentos sobreindicadores ambientais ou dedesenvolvimento sustentável".A determinação da escolha deindicadores em nível global, nacional ou localé analisada por Meadows (1998) aoafirmar que, embora o Planeta Terra sejaregido por somente um conjunto de leisfísicas e biológicas, estes fatores sofremmodificações de acordo com as diferenças deecossistemas e climas. Portanto, todos osseres humanos possuem as mesmasnecessidades fundamentais por sustentação,porém elas deverão ser buscadas pordiferentes meios. Apesar de importante seestabelecer importantes indicadores globais,que informem problemas comuns, énecessário, a partir de paradigmas próprios,se estabelecer o que é importante de sermensurado para cada região, Estado ouMunicípio. Alguns indicadores serãomensurados de forma quantitativa, enquantooutros necessitarão de um estudo qualitativo,tendo como produto final um "estadopercebido" do ambiente, nãonecessariamente real.Os indicadores são necessários nãosó para o entendimento do mundo, mastambém para que se possa planejar as açõese tomar decisões. Assim, serão escolhidos apartir de prioridades, como enfatiza Meadows(traduzido e adaptado, 1998, p. viii): "Osindicadores surgem de valores (nós medimoso que nos preocupa) e eles criam valores (nósnos preocupamos com o que é medido)".Carregam, portanto, modelos mentais sobreo mundo baseados na cultura, personalidade,valores e experiência de quem participa desua criação.Para se chegar a valores, umasimples questão a ser feita seria: "o que vocêgostaria de saber sobre sua sociedade paradaqui a 50 anos, para assegurar que seusnetos estarão tendo uma boa vida? Aresposta dada pelas pessoas a esta questãoreflete seus valores" (MEADOWS, 1998, p.02).METODOLOGIAA metodologia utilizada édenominada pesquisa-ação participativa(PAR) e envolveu a realização de Oficinas deTrabalho junto ao Conselho da Cidade deRibeirão Pires, dentro de uma perspectiva"bottom-up" (BELL; MORSE, 2005) para olevantamento de prioridades da comunidade,observando-se modelos sugeridos por Mead-Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 3 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


ows (1998) e Redefining Progress (1997) quevem há vários anos prestando auxílio ainiciativas de construção de indicadorescomunitários através de uma série deferramentas, recursos e ajuda técnica,incluindo a existência de um grupo dediscussões, um banco de dados com cerca de200 experiências do mundo todo e diversaspublicações.Embora o termo "pesquisa-ação"tenha sido lançado, em 1945, por John Collier,com o propósito de tornar a pesquisa maisintegrada, Kurt Lewin (1945, 1946) foiconsiderado o "pai da pesquisa-ação". Suavisão de pesquisa social era a de que deveriaser dada prioridade ao trabalho práticoenquanto ferramenta para melhorar asrelações entre grupos. Hoje, a pesquisa-açãoé definida como um processo de aprendizadoconjunto, referindo-se a formas específicasde se entender e gerenciar a relação entre ateoria e a prática, entre pesquisadores epesquisados (OTTOSSON, 2003)Dentro da perspectiva da pesquisaação,trabalhou-se sob o enfoque dapesquisa-ação participativa (PAR) (Figura 1),onde o pesquisador teve participação ativadentro de todo o processo e, ao mesmotempo, continuou dentro de seu ambienteestritamente científico, promovendo dialogoe discussões em ambos os ambientes epossibilitando a reflexão, análise edocumentação (OTTOSSON, 2003).Figura 1: PAR - Pesquisa-ação Participativa. Fonte: Traduzido de Ottosson (2003)A técnica utilizada dentro dametodologia da Pesquisa-Ação Participativafoi a das oficinas de trabalho, sugerida porAraí (2002):• "A idéia básica da técnica é, combase no levantamento de problemas esonhos da comunidade local, construir umaagenda de prioridades e ações locais de modoparticipativo;• “Alguns dos elementos básicos nosquais se baseia o enfoque são: visualizaçãomóvel por meio de tarjetas, problematização,alternância entre plenária e trabalho individualou em grupo, avaliação contínua,ambiente adequado, registro edocumentação;• "O roteiro básico das oficinassegue a seguinte seqüência: identificação dosproblemas, determinação das causas dosproblemas e atores sociais envolvidos,detalhamento das inter-relações entre atorese priorização dos problemas a seremtrabalhados;• "O produto final das oficinas é aelaboração de uma agenda prevendo planosde ações, metas, objetivos,responsabilidades, parcerias, prazos,recursos, monitoramento e avaliação " (ARAÍ2002).O modelo de criação de indicadoresapresentado no relatório Meadows (1998),e observado nesta pesquisa, foi desenvolvidoa partir de três níveis: a idéia de processo,com as visões de mundo que poderiamauxiliar na escolha dos indicadores e oestabelecimento de vínculos entre osindicadores, um modelo (ou estrutura) paraorganizar um sistema de informações para odesenvolvimento sustentável e, por último,a escolha dos indicadores.As informações locais, tais comoerosão do solo, nutrição infantil,saneamento, adequação de moradia, entreoutras, foram construídas com o auxílio dacomunidade, que ali expressaram seusvalores e anseios. Isto possibilitou a criaçãode indicadores mais relevantes ecompreensíveis, capazes de visualizar umcenário almejado, garantindo que váriosinteresses fossem representados.A participação de especialistas foinecessária para fornecer um entendimentomais amplo das perspectivas do sistema aolongo do tempo, para a descoberta de dadose a avaliação do que poderá ser mensurado,dando credibilidade científica ao processo epermitindo a condução dentro dametodologia escolhida.A partir destas reflexões, foramseguidas as dez etapas para o processo decriação de um conjunto de indicadores:1. Selecionar um pequeno grupo detrabalho multidisciplinar, responsável portodo o trabalho, que possua estreitos laçoscom a comunidade do local onde estesindicadores serão construídos. Devem serincluídos especialistas e não especialistascom grande comprometimento temporal aoprocesso.2. Deixar clara a proposta deconstrução de indicadores, fornecendoinformações e apresentando exemplos deRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 4 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


sucesso.3. Identificar valores e visõescompartilhadas pela comunidade.4. Buscar modelos, indicadores edados já existentes nas bases locais.5. Rascunhar um conjunto deindicadores, que deve ser revisto econdensado, para buscar um foco prático.6. Validar o processo através deapresentação do rascunho a amplos setoresda comunidade.7. Fazer uma revisão técnica, ondeum grupo interdisciplinar deve selecionar osindicadores que tiverem mensurabilidadeestatística e relevância sistêmica, mantendoas intenções e preferências expressas pelarevisão da comunidade. Esta revisão auxiliano preenchimento de lacunas e solução deproblemas técnicos na produção dos dados.8. Pesquisar os dados.9. Publicar e disseminar dosindicadores, de maneira clara, apontandoações para melhorá-los e estabelecendoligações com as políticas que lhes são afetas.10. Revisar periodicamente.Neste mesmo sentido, foramseguindo os passos sugeridos pelo modelode Redefining Progress (1997) (Figura 2), asetapas 1 e 2 foram desnecessárias por jáhaver em Ribeirão Pires grupo inter-setorialformado pelo Conselho da Cidade que jáhavia sido preparado anteriormente, porocasião da construção da Agenda 21 local,para a proposta de indicadores ligados aodesenvolvimento sustentável, apesar deterem sido retomados alguns conceitos. Opasso 3 foi facilitado pela construção recenteda Agenda 21.Os demais passos de 4 a 8 foramseguidos, com a restrição do alcance do passo6, onde deveriam ter sido selecionados deforma participativa um número gerenciávelde indicadores. Esta fase foi parcialmentequebrada com a proximidade do processoeleitoral, que é avaliado nas conclusões desteartigo. O passo 9 faz parte do compromissoético do pesquisador em retornar aoMunicípio os resultados da pesquisa. O passo10 é um compromisso da comunidade decontinuidade deste processo, que envolve adivulgação da tendência de cada indicador ea revisão periódica do conjunto deindicadores.Figura 2: Fases para construção de indicadores de desenvolvimento sustentável. Fonte: Redefining Progress (1997)O processo todo envolveu uma fasede pesquisa bibliográfica (Fase 1), ondepretendeu-se levantar princípios emetodologias participativas para construçãode indicadores locais de desenvolvimentosustentável (Figura 2).Durante a fase 2, os representantesdo Conselho da Cidade tiveram um papelativo na definição de prioridades, avaliaçãoe construção dos indicadores. Ao final decada uma das oficinas de trabalho foramfeitas, pelo pesquisador, uma consolidação euma análise dos resultados obtidos, paraapresentação na oficina seguinte, comoponto de partida para a evolução do processoconstrutivo dos indicadores.Houve, portanto, uma clara opçãopela abordagem "bottom-up" neste processode construção. De acordo com Bell e Morse(2005) existem dois tipos de abordagensutilizadas em processos de construção deRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 5 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


indicadores de desenvolvimento sustentável:um processo tecnocrático ou "top-down",onde especialistas estabelecem sozinhos aagenda, ou uma abordagem "bottom-up",que busca, em um processo participativo,envolver todas as partes interessadas e/ouque serão afetadas pelos indicadores dedesenvolvimento sustentável.A última fase referiu-se a avaliaçãodo conjunto dos indicadores obtidos frentea princípios e modelos levantados.Finalmente, foram elaboradas as conclusõese recomendações finais, com base nasavaliações realizadas.Este artigo irá deter-se apenas naanálise da Fase 2 e 3, que envolvem oprocesso participativo e a relação doconjunto de indicadores propostos com aAgenda 21 do Município (Figura 3).O processoO processo teve início em 2004, coma primeira Assembléia do Conselho daCidade, onde foram apresentados algunsconceitos relativos a indicadores edesenvolvimento sustentável e a proposta doprojeto, que foi prontamente aceita emplenária por todos os participantes.A primeira oficina contou com a participaçãode dezenove membros do Conselho daCidade, sendo catorze representantes dasociedade civil e cinco representantes dosetor público, além de dois pesquisadores daFigura 3: Etapas da pesquisa. Fonte: Coutinho (2006)Faculdade de Saúde Pública.Para a preparação e mobilização dosmembros do Conselho da Cidade e dapopulação em geral de Ribeirão Pires para a1ª oficina de trabalho foram enviadosconvites, via correio, juntamente com algunstextos preparatórios da temática a serdesenvolvida. O primeiro texto continharelato de semelhante experiência naconstrução de indicadores dedesenvolvimento sustentável na cidade deSeattle, EUA. O segundo texto apresentava oconceito de desenvolvimento sustentável.A oficina teve início com umaapresentação sobre os conceitos envolvidose explanação do roteiro de trabalho. Osparticipantes foram divididos em quatrogrupos de trabalho para discussão e consensode cinco questões acerca das metas dedesenvolvimento da cidade (quadro 1). Cadagrupo possuía um coordenador, que buscouestimular a participação de todos osmembros do grupo, e um relator, que seresponsabilizou pela elaboração de umdocumento de consenso do grupo. No finalda manhã, realizou-se a plenária onde foramapresentadas as questões levantadas portodos os grupos.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 6 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


Quadro 1: Questões que foram apresentadasaos membros do Conselho daCidade, Ribeirão Pires, 2003Fonte: Coutinho (2006)1. Como você imagina umaRibeirão Pires ideal?2. Como você gostaria que fosse o meioambiente natural e construídoem Ribeirão Pires?3. Como você gostaria que fosse odesenvolvimento econômicoem Ribeirão Pires?4. Quais direitos você imagina ter?5. Como você imaginaria que deveriaser no futuro questões como:felicidade, realização pessoale participação comunitária.Em seguida, o pesquisador, a partirdas respostas de cada grupo e o resultado daplenária, elaborou uma apresentação doresumo de todas as questões levantadaspelos participantes, que foi levada aoconhecimento do grupo na 2ª oficina detrabalho.A segunda oficina de trabalhoocorreu com dezesseis participantes doConselho da Cidade, sendo oitorepresentantes da sociedade civil e oitorepresentantes do setor público, além de trêspesquisadores da Faculdade de SaúdePública.A convocação para essa oficina detrabalho foi efetuada, desta vez, via telefone.A oficina iniciou com a apresentação para ogrupo sobre o conceito e aplicação dosindicadores de desenvolvimento sustentável,seguida por uma explanação acerca dosresultados obtidos na oficina anterior.Os participantes foram divididos emquatro grupos a fim de serem discutidos esugeridos indicadores de desenvolvimentosustentável, a partir das metas dedesenvolvimento para Ribeiro Pires,estabelecidas pela plenária da 1ª oficina, e apartir também dos rumos estabelecidos naAgenda 21 de Ribeirão Pires. Para esta tarefaforam utilizadas fichas a serem preenchidascom a descrição do indicador, sua dimensão(social, econômica, ambiental ouinstitucional), sua justificativa, adisponibilidade de dados, o período deatualização e prioridade.Durante as semanas seguintes àoficina de trabalho, o pesquisador reuniu asdiversas sugestões de indicadores de todosos grupos e novamente as apresentou noinício da 3ª oficina de trabalho, realizada nodia 28 de agosto de 2004. O conjunto deindicadores proposto pelo Conselho daCidade é composto de 33 indicadores:Quadro 2: Indicadores propostos pelo Conselho da Cidade de Ribeirão Pires. Fonte: Coutinho (2006)DIMENSÃOINDICADORAMBIENTALSOCIAL1. Atendimento dos serviços de abastecimento de água2. Atendimento dos serviços de coleta e tratamento de esgotos3. Coleta e disposição adequada de resíduos7. Metros quadrados de parque por habitante8. Número de praças por habitante9. Oportunidades para atividades de lazer10. Número de especialidades médicas11. Freqüência de atendimento médico satisfatório12. Número de equipamentos e centros de saúde<strong>13</strong>. Tempo de demora no agendamento e atendimento médico14. Número de leitos ou centros de saúde por habitante15. Número de atendimentos no Município e por bairro(programas de agentes comunitários da saúde)16. Informação nutricional das escolas17. Investimento na atualização de professores18. Tempo de carreira do funcionário4. Drenagem de águas pluviais5. Presença de garças nos rios da cidade6. Variedade da fauna e da flora19. Oferta de cursos profissionalizantes20. Demanda da população infantil sobre a oferta de vagas21. Índice de mortalidade por acidente de trânsito22. Índice de mortalidade por homicídio23. Índice de mortalidade por doenças contagiosas24. Índice de mortalidade por faixa etária25. Índice de mortalidade por região da cidade26. Número de organizações da sociedade civil27. Número de projetos desenvolvidos (pelas organizações dasociedade civil)28. Divulgação das ações do Conselho da Cidade à população29. Freqüência de visitação e utilização do espaço públicoECONÔMICO30. Número de empregos e salário médio dos empregados porsetor31. Arrecadação de impostos e produção por setor32.Número de empresas por setor33.Número de migrações do trabalho formal para o informalINSTITUCIONALNão foram sugeridos indicadoresRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 7 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


Assim, nesta pesquisa optou-se portrabalhar com os 28 integrantes do Conselhoda Cidade de Ribeirão Pires, 14representantes da sociedade civil e 14 dopoder público, e suplentes. A sociedade civilcontava com um representante para cadauma das 8 Regiões do Município e 6 ligados asociedade civil organizada. O Poder públicoé representado por membros de suas oitosecretarias.Uma característica importante dosrepresentantes do governo neste Conselho aser destacada é a de que o Conselho daCidade de Ribeirão Pires agregarepresentantes de todas as secretarias degoverno, o que possibilitou uma maiorintegração entre elas, diferentemente do quecostuma ocorrer em um Conselho de Saúdeou um Conselho de Meio Ambiente apenas.Os representantes da sociedade civilorganizada demonstraram durante todo oprocesso comprometimento com o trabalhoe conhecimento dos problemas do setorrepresentado, bem como procuraramapresentá-los de acordo com prioridades damaioria dos residentes da região.Durante as Oficinas de Trabalho,embora a iniciativa do processo tenha tido oapoio do Poder Publico, não houve aparticipação da totalidade dosrepresentantes do setor do governo, quepossuía representante para cada uma de suassecretarias dentro do Conselho da Cidade.Em contrapartida, houve ampla participaçãodos representantes da sociedade civil:membros de associações de bairros,comércio, indústria e organizações nãogovernamentais.De acordo com Meadows (1998),deve-se garantir ampla participação de váriossetores da comunidade, sem, contudo, exigirsea participação de todos, o que tornaria oprocesso difícil de ser conduzido, comrepresentações desproporcionais, longos,com dificuldade de se obter consenso,gerando indicadores deficientes.Relação do conjunto de indicadores comAgenda 21 de Ribeirão PiresTendo em vista que a construção daAgenda 21 de Ribeirão Pires tratou, tema portema, do desenvolvimento sustentávelconsiderando o componente social,econômico, ambiental e tambéminstitucional, estabelecendo algunsindicadores, buscou-se relacionar o conjuntode indicadores de Ribeirão Pires com as metascontidas na Agenda 21 de Ribeirão Pires.É um exercício importante, principalmente selevado em consideração que o grupo doConselho da Cidade que participou destapesquisa de construção dos indicadores dedesenvolvimento sustentável, em 2004,também participou do grupo de construçãoda Agenda 21, durante os anos de 2001 e2003.As áreas mais cobertas porindicadores dizem respeito à saúde, educaçãoe saneamento, coincidindo com muitos dosobjetivos da Agenda 21 de Ribeirão Pires. Ofoco dos indicadores de saúde escolhidospelos integrantes do Conselho da Cidadedirecionou-se para os índices de mortalidade,muito embora a Agenda 21 de Ribeirão Piresatente para questões de morbidade, tantoem relação às chamadas "doenças dapobreza", como as doenças imunopreviníveis,as transmitidas por vetores, asdiarréicas, a tuberculose e a hanseníase,quanto em relação às doenças crônicodegenerativas,como o câncer, diabetes ehipertensão.A reorganização do modeloassistencial de saúde, previsto na Agenda 21de Ribeirão Pires encontra paralelo naspreocupações do Conselho em avaliar osProgramas de Saúde da Família e o Programade Agentes Comunitários de Saúde.A cidadania, prevista na Agenda 21através de ações de apoio aos grupos maisvulneráveis, como a mulher, a infância ejuventude, a terceira idade, a pessoadeficiente, o morador de rua, foi cobertaapenas por indicadores que pretendemavaliar as ações dos conselhos e o númerode projetos desenvolvidos neste sentido.A melhoria da qualidade do ensino, tal comoprevista pela Agenda 21, foi um aspectoimportante levantado pela comunidade edemonstrado pelos indicadores de tempo decarreira e capacitação dos professores, bemcomo pela questão da oferta de vagas.Apesar de o Município estartotalmente localizado em área de proteçãode mananciais, pouco foi lembrado pelogrupo do Conselho em relação ao uso eocupação do solo, especialmente quanto aoplanejamento e controle territorial e ahabitação, que engloba a realocação deassentamentos localizados em áreas de risco,a recuperação de áreas degradadas, omonitoramento, a fiscalização ou olicenciamento. Ainda que não resultassemem um indicador concreto, as poucaspreocupações levantadas durante as oficinasdo Conselho diziam respeito à regularizaçãode moradias localizadas em área de proteção,através do título de propriedade.Outro fator relevante contido naAgenda 21, também em relação à localizaçãoestratégica, é que o Município tem, há muitosanos, procurado opções de desenvolvimentoeconômico em áreas como serviços, comércioe turismo, além de sua vocação paraprodução mineraria de água mineral, areia epedra. As indústrias não poluentes tambémsão uma meta procurada pelo setorempresarial de Ribeirão Pires. Emboradiversas ações tenham sido previstas pelaAgenda 21 neste sentido, muito pouco restoudiscutido durante as oficinas dos indicadores.Atentou-se mais para a questão dos salários,impostos, migrações para o setor informal enúmero de empresas por setor do que paraalternativas de crescimento de determinadossetores da economia, principalmente oturismo.CONCLUSÕESO Conselho da Cidade cumpriu seupapel de local de participação dos membrosda comunidade, possibilitando um canal detroca de experiências e anseios do grupo, apartir das diferentes visões da realidade.Além disso, seus membros demonstraramconhecimento e interesse com a questão dasustentabilidade, que já havia sidoamplamente discutida por ocasião daconstrução da agenda 21 de Ribeirão Pires.Por outro lado, demonstrou-se haver umafragilidade da atuação do Conselho duranteo período de processo eleitoral e mudançade gestão.Esta questão demonstra baixainstitucionalidade do Conselho, apesar depossuir regimento interno, e aponta para anecessidade de se fortalecer este canalinstitucional de participação através decapacitação dos membros do conselho e deregras de procedimento mais rígidas queRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 8 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


possibilitem seu funcionamento durante asmudanças de gestão.Observaram-se durante o processoalgumas situações de baixa divergênciainterna entre os representantes do governoe da sociedade civil, em razão da forteautoridade moral que os representantes dogoverno exercem sobre os representantes dasociedade civil. Nestes momentos observousecooperação em detrimento da negociaçãoe do diálogo. Este fato aponta para anecessidade de maior empoderamento dosrepresentantes da sociedade civil.A discussão junto à comunidade,representada pelo Conselho da Cidade,favoreceu a se chegar a um conjunto deindicadores de interesse local, o que é deextrema importância, uma vez que aoexpressarem os valores e anseios destacomunidade, possibilitaram a criação deindicadores mais relevantes, representativose compreensíveis de todos os setores dasociedade, o que, de acordo com Meadows(1998), acaba por se traduzir em credibilidadepolítica.A ausência de indicadoresinstitucionais revela que ainda é próprio dacultura brasileira esperar por resultadospalpáveis sem o questionamento do papel dopoder público e da sociedade. Revela anecessidade de ampliação da educação paraa cidadania, através da participação dosdiversos setores no processo de decisão. Aatuação do Conselho, por sua evolução natural,deve indicar para a criação destesindicadores no futuro.Além disso, os indicadores criadospelo Conselho da Cidade de Ribeirão Piresnão conseguem preencher os principaisobjetivos e metas da Agenda 21 de RibeirãoPires, deixando em aberto importantes lacunas,que acabam por inviabilizar suacompleta avaliação, no sentido de se alcançarum desenvolvimento sustentável.Isto pode significar que o conteúdoda Agenda 21 tenha sido muito amplo e preciseser revisto para incorporar questões maispontuais para a sustentabilidade doMunicípio.Pode haver também a necessidadede uma reestruturação deste conjunto deindicadores frente às lacunas existentes, oque não significa criar indicadores para todosos objetivos e metas ali contidos, mas alinhálosa objetivos essenciais de sustentabilidadepartilhados pelo governo e sociedade civil.Em todos os casos, é importante amanutenção destas instâncias consultivas edeliberativas para a reversão do padrão deplanejamento e execução das políticaspúblicas ainda existentes no Brasil, tornandoomais transparente e suscetível de controlepela sociedade.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICASARAÍ, VJ. 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Análise deum processo de criação de Indicadores deDesenvolvimento Sustentável no Municípiode Ribeirão Pires - SP, [Dissertaçãoapresentada ao Programa de Pós-Graduaçãoda Faculdade de Saúde Pública da USP paraobtenção de grau de mestre em SaúdePública] São Paulo, Brasil, 2006[CPDS] Comissão de Políticas deDesenvolvimento Sustentável e da Agenda 21Nacional, Agenda 21 Brasileira: bases paradiscussão. Brasília: MMA/PNUD, 2000.GOMES, Maria Leonor; MARCELINO, MariaMargarida; ESPADA, Maria da Graça.Proposta para um Sistema de indicadores dedesenvolvimento sustentável. Portugal:Direção Geral do Ambiente; 2000. Disponívelem [03/03/2010].[IBGE] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIAE ESTATÍSTICA. Sinopse preliminar do censodemográfico 2000, Rio de Janeiro, IBGE,2000. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/sinopse_preliminar/default.shtm [03/03/2010][IBGE] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIAE ESTATÍSTICA. "Tendências Demográficas:uma análise da população com base nosresultados dos Censos Demográficos de1940 e 2000", Rio de Janeiro, IBGE, 2007.Disponível em [03/03/2010].MAIA, Nilson Borlina; MARTOS, Henry Lesjak;BARRELLA, Walter (orgs) IndicadoresAmbientais: conceitos e aplicações. SãoPaulo: EDUC/COMPED/INEP;2001.MEADOWS, Donella (1998), Indicators andinformation Systems for sustainable development,The Sustainability Institute, 1998.Disponível em < http://www.iisd.org/pdf/s_ind_2.pdf> [03/03/2010].MILARÉ, Edis. Direito do ambiente. Doutrina,prática, jurisprudência, glossário, São Paulo,Revista dos Tribunais, 2000.OTTOSSON, Stig. Participation action research-Akey to improved knowledge ofmanagement. Technovation. Volume 23, Issue2, pp 87-94, 2003 [03/03/2010]REDEFINING PROGRESS. Community IndicatorsHandbook: measuring progress towardhealthy and sustainable communities. 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Asessment of indoor radon distribution in the metropolitanregion of Belo Horizonte, BrazilABSTRACTHuman beings are exposed to ionizing radiation from many natural sources. Radon andits progeny have been recognized as the most important contributors to the naturalradioactivity dose, accounting for about half of all human exposure to ionizing radiation.Radon (222Rn) is a a-radioactive noble gas derived from the natural series of uranium(238U), which occurs in a wide concentration range in all geological materials, especially,in rocks, soils and waters. By diffusion and convection, radon migrates from the rocks andsoils to atmosphere and through fissures, pipes and holes it may enter the dwellings andother buildings. Another important radon source in dwellings is its emanation from theconstruction material. The radon progeny concentration in dwellings has been receivingconsiderable global attention due to its potential effect in causing lung cancer if itdeposited in upper respiratory tract when inhaled. This paper presents radon concentrationdistribution in dwellings in Metropolitan Region of Belo Horizonte - RMBH. The effectivedose estimate is also presented for the RMBH inhabitants. The geological settings of thearea are Archean rocks of Granitic Gnaissic Complex and of metasediments sequences ofthe great Precambrian unit of the Iron Quadrangle of Minas Gerais, Brazil. Radonconcentration measurements were carried out with continuous detector AlphaGUARDPQ200PRO (Genitron), in passive mode and with passive detectos E-PERM Eletret IonChamber-EIC. The radon progeny concentration was carried out with a solid state alphaspectroscope, the DOSEman PRO (Sarad). It was found an indoor radon concentrationvarying in a large range from 18.5 to 2671.4 Bq/m-3, with an average value of 148.0 Bqm-3and geometric mean equal to 128.2 Bqm-3. The variable results are due mainly to regiongeological factors and building material composition of dwellings. The equilibrium factorbetween radon and its progeny were determinated in dwellings, as 0.3 in average.Talita O. SantosDepartamento de Engenharia Nuclear(PCTN/DEN), Universidade Federal de MinasGerais (UFMG), Centro de Desenvolvimentoda Tecnologia Nuclear (CDTN / CNEN - MG)E-mail: talitaolsantos@yahoo.com.brZildete RochaCentro de Desenvolvimento da TecnologiaNuclear (CDTN / CNEN - MG)Alberto A. BarretoCentro de Desenvolvimento da TecnologiaNuclear (CDTN / CNEN - MG)Letícia A. C. de SouzaCentro de Desenvolvimento da TecnologiaNuclear (CDTN / CNEN - MG)Ronaldo A. MiguelCentro de Desenvolvimento da TecnologiaNuclear (CDTN / CNEN - MG)Arno H. de OliveiraDepartamento de Engenharia Nuclear(PCTN/DEN), Universidade Federal de MinasGerais (UFMG), Centro de Desenvolvimentoda Tecnologia Nuclear (CDTN / CNEN - MG)Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 10 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


INTRODUCTIONHuman beings are exposed to ionizingradiation from natural sources. Somenatural materials contain trace levels of radionuclidesand are usually referred byNORM (Naturally Occurring Radioactive Material),which produces significant environmentradon amounts depending on the radiumconcentration. Environmental radonand its progeny, on average, account forabout half of all human exposure to ionizingradiation from natural sources [1]. Forthis, radon has been receiving considerableglobal attention by the researchers concernedabout radon exposure and its healthpotential risks. [2, 3]Radon (222Rn) which is a a-radioactivenoble gas produced by the radium(226Ra) decay, member of uranium series(238U), occurs in a wide concentration rangein all geological materials, especially, inrocks, soils and waters. Some radon atomsare released from the solid matrix of thematerial by recoil when the radium decays.By diffusion and advection, they are transportedfrom the pore space to the atmosphereand through fissures, pipes and holesit may enter the dwellings and others buildings[4].Radon concentration in soil androcks is important to determine radon ratesof entry into dwellings. It is estimated that95% of the indoor radon comes from the soiland rocks [5]. The soil radon concentrationdepends on the: uranium and radium distributionin the bedrocks; the soil propertiesas permeability and porosity; and the meteorologicalparameters as temperature, humidityand atmospheric pressure. In general,areas of granitic bedrock have high concentrationof natural radionuclides and consequentlyhigher radon emanation power [4].However, other mechanisms canaffect the indoor environment radon concentration.Some construction materials canalso act as significant radon source. Suchmaterials may have the combination ofraised 226Ra level and high porosity whichallow radon emanation. Domestic water useconstitutes radon source too, however, lesssignificant [1].The indoor radon exposure beganto receive a global attention after 1970, whena survey on indoor radon made in severalcountries such as Austria, Czech Republic,Finland, France, Germany, Italy, Spain, Swedenand United Kingdom found a large variationof the radon level in dwellings, coveringa range from few Bqm-3 to 100 000 Bqm-3 [3,6].This way, high radon concentrationmay occur in indoor environments with reducedventilation rates. The indoor environmentradon concentration can represent apotential risk to the population health thatgoes or lives in such places. Radon decaysby emitting alpha particles, generating a sequenceof decay products known as radonprogeny (218Po, 212Pb and 214Bi), whichare metal atoms in ionic (+) form. Part ofthis radon decay product attaches to thesurrounding aerosol particles in the air,forming what is termed attached radon progeny.The fraction radon progeny that do notattach to the aerosol particle in the air istermed the unattached state. If inhaled, bothattached and unattached radon progeniesmay be deposited in the lung, especially inthe upper respiratory tract, and irradiate tothe lung tissue as they decay. The entry ofradioactive aerosol into the respiratory tractdepends on their size, larger particles stopin the nasal cavity, while smaller aerosolsreach the lungs [2]. Epidemiologist studiesof human population have confirmed theradon carcinogen effect, and currently InternationalAgency of Research in Cancer(IARC) classifies radon as a class I carcinogen[5].Then, the health hazard from theradon is related to the air concentration ofthe potential alpha particle energy of theshort lived products. The Potential AlphaEnergy Concentration (PAEC) is the sum ofthe potential alpha energy of any mixture ofshort radon progeny present in a unit volumeof air. The PAEC can be expressed interms of the Equilibrium Equivalent Concentration(EEC) that means the activity concentrationof radon in radioactive equilibriumwith its short lived progeny that has the samePAEC as the actual non-equilibrium mixture.The ratio of the EEC and the radon concentrationis called equilibrium factor. This factorcharacterizes the disequilibrium betweenthe mixture of the short-lived progeny andtheir parent nuclide in the air in terms ofpotential alpha energy [6]. Equilibrium factorfor most indoor atmospheres is in therange of 0.2 to 0.6 [7].Having this global concern, the authorsaim at performing the monitoring ofthe distribution of the radon concentrationin dwellings and other buildings in the MetropolitanRegion of Belo Horizonte - RMBH.The objectives of this work are to estimatethe effective dose for RMBH inhabitants andto look for radon prone areas.This study also aims at evaluatingif the radon concentration level is abovemaximum limits recommended internationallyby the United States Environmental ProtectionAgency (USEPA) and also by the InternationalCommission of Radiological Protection(ICRP), which are 148.0 and 200.0Bqm-3, respectively, so that intervention actionsare justified.MATERIALS AND METHODSStudied AreaThe RMBH is located in MinasGerais, Brazil (Figure 1). It has about fourmillions of the inhabitants and is constitutedby 34 cities, which cover an area equalto 9486.7 Km2 (Figure1). Belo Horizonte andsome cities such as Betim, Contagem andSanta Luzia have a concentrated population.However, the biggest cities have an irregularurban area distribution. This characteristicwas the most important methodology to preparethe investigation used in this work.The indoor radon concentration isinfluenced by geological and meteorologicalfactors and also by constructive typologyof the buildings [8]. The RMBH presentsgeological characteristics that can providehigh indoor radon concentration. The geologicalsetting of this area is Archean rocksof Granitic Gnaissic Complex and ofmetasediments sequences of the great Precambrianunit of the Iron Quadrangle ofMinas Gerais, Brazil [9]. The constructivetypology has a great variety in RMBH, dependingof the purpose (dwellings, publicplaces, stores, etc) and its owners economicpower.Then, considering all informationabove mentioned, indoor radon concentrationmeasurements are important to the ra-Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 11 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


diation protection view point for the RMBHpopulation. Radon is considered the secondmost important risk factor for lung cancerafter smoking, causing between 6 to 15% ofall cases in the United States [3].Figure 1. Distribution of radon monitoring points in the RMBH.Experimental ProceduresThe radon concentration measurementswere performed by two detectors:AlphaGUARD PQ2000PRO (Genitron) and E -PERM (Radelec, Inc.). AlphaGUARD, a pulseionization chamber, was used for this workin diffusion mode at intervals of 60 minutes,so acted as a continuous passive detector[2]. The data were acquired and treated withDataExpert software. The E-PERM Electret ionchamber (EIC) consists of a stable electret(a charged Teflon disk) mounted inside chamberacting as a passive integrating ionizationmonitor. Radon concentration was acquiredand calculated by E - PERM radoncalculator software [10].Potential Alpha Energy Concentration(PAEC) and the Equilibrium EquivalentConcentration (EEC) measurements were carriedout by alpha spectrometry using a solidstate alpha detector, DOSEman PRO (Sarad).The data were acquired and treated withDoseman 1.16 software.Soils radon concentration measurementsand some construction materialsanalyses were performed to associateindoor radon with its main sources. Then,soil gas radon concentration was determinedby AlphaGUARD PQ2000PRO, to the depth of0.70 m, in closed circuit and active mode, insome specific places in RMBH. The samplesof the most used construction materials inthe RMBH were collected, homogenized,weighed and analyzed for uranium and thoriumactivities using the TRIGA MARK I IPR-R1 Reactor by the Instrumental Neutron ActivationAnalysis (INAA).In the first part of research, indoorradon measurements were carried out indwellings and other buildings whose ownersare partially known by the authors ofRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 12 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


this paper. However, a geographic (spatial)analysis of the data shows that indoor radonmeasurements did not cover adequatelyall urban areas of the RMBH. Then, authorsprepared a specific strategic based on somecharacteristics of the RMBH, such as, demographydensity and urban area distributionto select new points. Routes were preparedthough mains roads to reach the interestpoints.Equilibrium Factor and Effective DoseThe UNSCEAR 2000 Reportmethodoly for estimating doses due to radonand short-lived radon decay is derivedfrom epidemiological studies and physicaldosimetry. In addition to radon concentration,it is necessary to measure the equilibriumfactor (F) between radon and its progenyto indoor radon dose assessment:CF =CeoWhere Ce is the equilibrium equivalentconcentration and Co is the radon activityconcentration in the air. UNSCEAR 2000Report recommends the value of 0.4 for equilibriumfactor to indoor atmospheres.The effective dose for indoor radon and itsprogeny was calculated by following theequation [4]:H = Co⋅F ⋅T⋅kWhere T (hour per year) is the dwellingpermanence time, T=7000 h and k is theconversion factor, k = 9 nSv (Bqhm3)-1 bothestablished values used by UNSCEAR effectivedose calculation [4].RESULTS AND DISCUSSThe radon concentration distributionfor indoor environments is presentedin Figure 2. Indoor radon concentrationsusually follow a log-normal distribution andthis accounts for a wide variability in concentrationobserved in indoor air [3]. It wasfound an indoor radon concentration varyingin a large range from 18.5 to 2671.4 Bqm-3, with an average value of 148.0 Bqm-3 andgeometric mean equal 128.2 Bqm-3. Variabilitycan be observed between regions,within regions and from buildings to buildingswithin individual towns and villages.In this case, the variable results are duemainly to region geological factors, buildingmaterial composition and constructivetypology of the dwellings in RMBH. The twohigh values, which are 1591.0 and 2671.4Bqm-3, were removed for the best resultsrepresentation.6050cyuenqreF40302010005001000Radon concentration (Bqm -3 )Figure 2. Radon distribution in dwellings and others buildings of RMBH.About 19% of the indoor environmentsshow values above the action level ofthe United States Environmental ProtectionAgency (USEPA) and of the International Commissionof Radiological Protection (ICRP),which are 148.0 and 200.0 Bqm-3, respectively.The RMBH presents variable resultsfor the indoor radon concentration as it wasshown above. However, there are some regionssuch as Lagoa Santa and others, whereradon concentration average is above theinternational action levels and the probabilityof finding high individual radon concentrationhas increased. This set of resultssuggests the existence of radon prone areas(Figure 3).Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> <strong>13</strong> ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


Figure 3. Points above the international action level in the RMBH.Belo Horizonte is considered anurban area. Then, the demography densitywas also used to select the news sampledpoints. There are regions with high demographydensity which may receive considerableattention during this work. However,some regions have already been sufficientlyinvestigated based in their low demographydensity (Figure 4).Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 14 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


Figure 4. Measured points in RMBH overlayed demography density.For indoor radon measurements inRMBH, the equilibrium factor values for <strong>13</strong>dwellings were from 0.2 to 0.5, and the arithmeticmean of the F was 0.3. These valuesare in accordance with literature [7].By using Equation 2, the effectivedose was calculated and the values rangefrom 1.1 to 11.6 mSv. A mean value for effectivedose of 2.9 mSv averaged by demographydensity was estimated. This value is afirst estimate because the calculation of theeffective dose to the critical cells of the res-Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 15 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


piratory tract depends also on the some parametersthat were not considered in thiswork such as aerosol characteristics andthe air exchange rate [2]. The measurementof all these parameters will be researchedfor the authors in futures works.Radon measurements in soil gascarried out in 34 places of urban area withAlphaGUARD PQ2000PRO range from 2.9 to183.3 kBqm-3 with average value of the 31.3kBqm-3, which also suggests the existenceof some radon prone areas. Some soil radonconcentrations are above the limit value ofthe 50 kBqm-3, suggested by Åkerblom(1994). The international action levels establishedthat dwellings can be exceeded inplaces that have soil radon concentrationabove this value and present rocks with highor intermediate permeability [8].The results in Table 1 show uraniumand thorium content of different constructionmaterial samples, which present thesame order of magnitude, as it is found inliterature for this kind of material [11]. Then,the main radon source in indoor environmentsis soils and rocks.Table 1. Specific Activities of 232Th and 238U in the construction material of RMBHSamplesSpecific Activities (Bqkg -1 )Neutron Activation232 Th238 USand 56.8 ± 4.1 61.8 ± 12.4Rock 40.6 ± 4.1 98.8 ± 24.7Cement 20.3 ± 4.1 160.6 ± 24.7Dust of rock 36.5 ± 4.1 49.4 ± 12.4Roofing tile <strong>13</strong>4.0 ± 8.1 86.5 ± 24.7Brick 105.6 ± 8.1 172.9 ± 24.7Brick of flagstone 1<strong>13</strong>.7 ± 8.1 111.2 ± 24.7CONCLUSIONSMost of the values measured fromradon concentration are in the low rangewhen compared with same studies carriedout in a tempered climate country [12, <strong>13</strong>].In the present study, such lower results wereexpected due to the semitropical climate ofthe RMBH area, where indoor environmentsare well ventilated even during the wintertime.Some indoor environments showvalues above the action levels of the USEPAand ICRP, which indicate the existence ofradon prone areas. However, there is thenecessity to have more radon measurementpoints in soil gas and in dwellings indoorair with short and long term radon passivedetectors in these areas.As expected, the main indoor radonsource constitutes rocks and soils. Some soilgas radon concentration measurementsshow values in range classified by the Swedishcriteria as "high" [14]. There is still thenecessity to adapt the Swedish criteria for atropical country.There are some regions of RMBH that werenot investigated. However, it has been partof the authors' researches.Further studies were also carriedout for a better comprehension of the radioactivityfrom the radon in the RMBH. It isimportant to realize the identification of radonprones areas, the association betweenradon and its main sources and assessmentof the effective dose received by the inhabitants.ACKNOWLEDGMENTSThe authors thank to manyworkmates from Centro de Desenvolvimentoda Tecnologia Nuclear (CDTN), who helpedto do this study. Special thanks to Dr. MariaAngela Menezes and Mr. Wagner de Souzafor the Instrumental Neutron ActivationAnalysis, to Maria da Glória M. Linhares ofthe Environmental Tritium Laboratory andto the students Giane T. Gariglio, Ludmila S.Marques, Karine S. Araújo, Vanessa P. Matosfor helping to carry out the radon analyses.Also, special thanks to the RMBH inhabitantsfor their help during the measurements.Work supported by the Minas Gerais StateFAPEMIG (Fundação de Amparo a Pesquisado Estado de Minas Gerais)REFERENCESInternational Atomic Energy Agency, "RadiationProtection against Radon in Workplacesother than Mines", Safety Reports SeriesNo.33, Vienna, Austria (2003).J. Planinié, Z. Faj, V. Radolic, G. Smit and D.Faj,"Indoor Radon Dose Assessment for Osijek",Journal of Environmental Radioactivity, 44,pp. 97-106 (1999).P. A. Colgan and A. T. McGarry, "Radon Monitoringand Control of Radon Exposure", 12thInternational Congress of the InternationalRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 16 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


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Avaliação de áreas utilizadas para disposição deresíduos sólidos urbanosRESUMOA disposição de resíduos sólidos urbanos em locais sem infraestrutura de proteção aomeio ambiente pode ser responsável pela contaminação do solo, águas e ar por meio daemissão de efluentes líquidos e gasosos. Mesmo após o encerramento das atividadesde disposição, os resíduos e seus efluentes podem continuar contaminando o meio. Ametodologia proposta visa de auxiliar na avaliação do perigo potencial a que estãosujeitas estas áreas, com o objetivo de encerrá-las e reintegrá-las ao contexto urbanoadequado. O resultado da avaliação apontará diferentes níveis de cuidados a seremtomados em relação à necessidade de remediação e monitoramento posterior.PALAVRAS-CHAVE: Aterro de lixo, Pós-ocupação, Impacto ambiental, Lixiviado, Classificação,Avaliação multicritério.ABSTRACTThe disposition of municipal solid waste in sites without infrastructure of protection tothe environment may be responsible for soil, water and air contamination due to theemission of gaseous and liquids effluent. Even after the closing of the disposal activitiesthe waste and its effluents may continue contaminating the environment. The proposedassessment system may helps with the evaluation of the potential dangerous that thosesites are submitted, with the objective of close them down and reinstate them in anadjusted urban context. The result of the evaluation will point different levels of cares inrelation to the procedures to be taken how much to its closing and the posterior monitoring.Adriana Soares de SchuelerArquiteta, D.Sc. em Geotecnia Ambientalpela Profa. do Departamento de Arquiteturae Urbanismo do IT/UFRuRJ.E-mail: aschueler@ufrrj.brClaudio MahlerD.Sc. L.D. Prof. do Programa de EngenhariaCivil da COPPE/UFRJKEYWORDS: Waste landfill; Later occupation; Environmental impact; Leachate;Classification; Multicriteria evaluation.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 18 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


INTRODUÇÃOExistem em grande número, áreasque foram utilizadas para disposição deresíduos sólidos urbanos (RSU),normalmente sem infraestrutura de proteçãoambiental. Esses locais, mesmo que tenhamrecebido um gerenciamento adequado antesde seu encerramento, visando à proteçãoambiental, não costumam ter um históricodocumentado sobre os eventos nelesocorridos.Nos EUA, a USEPA, com aexperiência do programa de controle deáreas contaminadas, conhecido como"Superfund", verificou que algumas áreas,como os aterros de RSU, têm característicassimilares e as medidas de remediaçãopoderiam ser presumidas, o que reduziriatempo e custo, principalmente cominvestigações detalhadas. A remediaçãopresumida deve enfatizar a utilização dedados existentes, tanto quanto possível, anão ser que existam informações queindiquem a necessidade de investigaçõesmais detalhadas. A estratégia deamostragem deve ocorrer por fases,aumentando o grau de detalhamentoconforme a necessidade. (USEPA, 1997a inSilva F. et al, 2001)Na cidade de São Paulo, aSecretaria Municipal do Meio Ambiente(SMMA), com a colaboração doDepartamento de Limpeza Urbana (Limpurb),realizou um levantamento sobre aviabilidade ambiental da implantação deparques/áreas verdes em seis aterrosencerrados. O estudo justificou-se, entreoutros, pela necessidade de seremestabelecidos critérios para a ocupação deantigos aterros, com uso para parque/áreasverdes, considerando que estes locaisconstituem-se áreas degradadas, comcaracterísticas muito específicas, tais comoa emissão de gases, comportamentogeotécnico, a capacidade de suporte do solode cobertura para a implantação devegetação, a exposição dos futuros usuáriosa potenciais emissões. Uma melhorinvestigação dessas áreas representa umaotimização de tempo e recursos financeiros,quando da implantação do futuro uso (SilvaF. et al, 2001).Na Alemanha foi desenvolvido(Heitefuss et al., 1994) um sistema deavaliação antigos aterros de RSU em que, apartir de indicadores de risco, são criadaslistas de prioridades para solução dosproblemas locais. A avaliação consiste deduas etapas. A primeira refere-se à coletade dados sobre cada aterro. A segunda serefere ao emprego de matrizes de análise dorisco de contaminação ao meio ambiente esegurança da população. O somatório dasdiversas matrizes permite alcançar umapontuação de risco na qual, o aterro commaior valor recebe prioridade de solução.No presente trabalho, é proposto oestabelecimento de critérios para avaliaçãode aterros de disposição de RSU que estãotendo suas atividades encerradas, bem comopara aqueles que já foram fechados há maistempo, considerando-se a contaminaçãopotencial provocada pelo seu lixiviado. Foibaseado em um monitoramentodesenvolvido durante 1 ano no entorno deum aterro de RSU sem infraestrutura deproteção ao meio ambiente (Schueler, 2005),em que foram analisados o solo, as águassubterrâneas, as águas escoadassuperficialmente por sobre o resíduodescoberto, bem como as águas do rio quecorria aproximadamente a 70 m,longitudinalmente, à jusante do aterro.O objetivo deste trabalho é auxiliaras decisões de projeto no que se refere aoencerramento adequado e remediação,quando é o caso, visando a reintegração daárea num contexto urbano adequado. Sãoutilizadas matrizes para pontuação a partirda utilização de indicadores de perigospotenciais ao meio ambiente e ao serhumano. O resultado da avaliação apontadiferentes níveis de cuidados em relação aosprocedimentos a serem adotados quanto aoseu fechamento e ao monitoramento posterior.MÉTODOA avaliação da área estudada foibaseada em observações dahidromorfologia do local, na caracterizaçãofísica do resíduo, em ensaios feitos no soloe no monitoramento das águas superficiaise subterrâneas do entorno do aterro.A amostragem das águassubterrâneas foi desenvolvida mensalmenteem 5 poços perfurados para este fim. Asamostras de água do rio foram tomadasantes e depois de passarem pelo aterro. Foramanalisados pH, condutividade elétrica,DQO, DBO, cloreto, sulfato, amônia,potássio, cálcio, magnésio, ferro emanganês, cádmio, cobre, chumbo, cromo,níquel, e zinco.Quanto ao solo foi ensaiada suapermeabilidade e foram coletadas amostraspara caracterização física e desenvolvidoum ensaio de coluna em laboratório, comobjetivo de determinar sua capacidade deretenção de contaminantes. Além disso, foramfeitas analises químicas em amostrascoletadas em 5 profundidades junto a cadaum dos 5 poços de monitoramento de água,em que foram analisados os mesmosparâmetros medidos nas águas.A partir das informaçõesadquiridas pelos ensaios e observação dolocal foram propostos critérios paraavaliação das áreas, apresentados emmatrizes.Matrizes para avalização de aterroA avaliação é feita por meio dopreenchimento de matrizes a partir deinformações sobre a área. São utilizadosparâmetros relacionados à contaminaçãopotencial provocada pelo lixiviado do aterrode RSU. O somatório dos valores obtidos nasmatrizes permite alcançar uma pontuaçãoque pode ser utilizada como sinalizador danecessidade de intervenções. Dependendodas características de geração potencial delixiviado do aterro e da capacidadepotencial deste atingir o solo, as águas, asáreas especiais de proteção ambiental e apopulação, poderão ser requeridasintervenções com diferentes níveis decuidado e urgência, e monitoramento apóso fechamento.Na Matriz 1 (Tabela 1) é avaliado oaterro a partir da produção potencial dechorume. Neste trabalho considera-sechorume apenas a fração do efluente líquidoproduzida pela degradação da matériaorgânica, ou seja, mesmo que um aterro deRSU esteja perfeitamente protegido contra ainfiltração de água de chuva, é produzido ochorume decorrente do processo debiodegradação da matéria orgânica e daRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 19 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


umidade inicial do próprio RSU. Nesta matrizsão relacionados o volume total do aterro ea idade da última disposição de resíduo.Normalmente não se possui nenhumhistórico do material que foi depositado noaterro, bem como o controle de entrada emmuitos casos não é ou não foi feito porlongos períodos. Desta forma, está sendoconsiderado neste trabalho, que o resíduourbano, além de ser composto por resíduosresidenciais, comerciais e públicos, podetambém conter resíduos provenientes depequenas ou médias industrias, serviço desaúde entre outros.A produção do chorume égovernada pela decomposição biológica doresíduo. Apesar de as divisões de fases emque se encontra o processo de estabilizaçãodo resíduo não terem limites de temporigorosos, estão sendo consideradas trêsfaixas principais:Até 5 anos: Os poluentes carreadosno chorume geralmente alcançam valoresmáximos durante os primeiros anos deoperação do aterro (2-3 anos) e decrescemgradualmente durante os anos seguintes.Essa tendência é geralmente aplicável àmatéria orgânica dissolvida e aosprincipais íons inorgânicos (metais pesados,cloreto, sulfato, etc.) (IPT/Cempre, 2000 eAndreotolla et al, 1997);5 a 30 anos: A velocidade dadecomposição do resíduo, depois que chegaao seu máximo, baixa lentamente continuandoaté 25 anos ou mais (Tchobanoglous,1997). Estes valores foram encontrados apartir de medições de gás.Mais do que 30 anos: Não foramencontradas na literatura, análises daconcentração de lixiviado de aterro deresíduos sólidos urbanos com mais de 30anos. Nesta idade, no entanto, já não éesperada produção de gás significativa, oque indica que o processo de estabilizaçãodo resíduo encontra-se bastante evoluído, oque influencia na diminuição da produçãode lixiviado. A atribuição de valores damatriz 1 foi feita de 1 a 25, linearmente, demodo que, para um mesmo volume de RSU,as opções mais antigas receberampontuações mais baixas.Foram considerados pequenos epotencialmente pouco produtores dechorume, aterros de até 30.000 m3. Aterroscom mais de <strong>13</strong>0.000 m3 de resíduos foramconsiderados relativamente grandes e porisso com maior capacidade de geração dechorume.A Matriz 2 (Tabela 2) apresenta aTabela 1: Matriz de Avaliação do aterroAVALIAÇÃO DO ATERROVolume m 3Idade do RSU (anos) – tempo a partir da última disposição de RSUaté 6 6 a 12 12 a 18 18 a 24 24 a 30 ou maisMaior que 100.000 21 22 23 24 2560.000 a 80.000 16 17 18 19 2040,000 a 60.000 11 12 <strong>13</strong> 14 1520,000 a 40.000 6 7 8 9 10Menor que 20.000 1 2 3 4 5avaliação da base do aterro. Nela sãorelacionadas a permeabilidade e aespessura da faixa de solo não saturadoabaixo do aterro. Seu objetivo é pontuar acapacidade do lixiviado atingir o aqüífero.Deve-se conhecer a profundidade do lençolfreático, o padrão de fluxo subterrâneo, aamplitude da variação regional do lençolfreático, de acordo com as estações do ano,a qualidade das águas subterrâneas e riscode contaminação do aqüífero.A variação do nível freático éfunção, principalmente, da freqüência eintensidade das chuvas, daevapotranspiração, da permeabilidade dosolo e da topografia. Assim sendo, é possívelconcluir que, o nível freático encontra-se emmaior profundidade em regiões áridas.Teoricamente, quanto mais profundo for onível freático, mais protegido estará oaqüífero, já que haverá mais espaço paraque se processem as depurações físicas,químicas e biológicas dos líquidoslixiviados.A norma NBR <strong>13</strong>896 (ABNT, 1997)estabelece como condição ideal para ainstalação de um aterro, o local que possuicamada de solo homogêneo de 3,0 m deespessura com coeficiente depermeabilidade de 10-6 cm/s. Não érecomendada a construção de aterros emáreas com predominância de solo compermeabilidade maior ou igual a 50-4 cm/s,mesmo utilizando-se impermeabilizaçõescomplementares. Estão sendo consideradastrês faixas de valores para permeabilidadedo solo, sugeridos nas normas brasileiras.Para baixa e alta permeabilidade foramadotados os valores de K = 10-6 cm/s e K =10-3 cm/s respectivamente. As faixasmedianas de permeabilidade compreendemos intervalos limitados por 10-4 e 10-5 cm/s.A atribuição de valores da matriz 2foi feita de 1 a 25, linearmente, de modo queas permeabilidades mais baixas receberammenores valores. Nesta avaliação estásendo considerada apenas a permeabilidadecomo característica que influencia acapacidade do lixiviado de atingir oaqüífero. A importância deste parâmetro serelaciona ao transporte de contaminantespor advecção, que ocorre devido ao fluxo deágua e, por isso, é responsável pelaRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 20 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


contaminação de maior alcance, quandocomparada ao transporte por difusão.O transporte difusivo é ummecanismo importante em solos de baixapermeabilidade, como é o caso de solos debase e cobertura de aterros de resíduos. Nacobertura o solo pode ser contaminado pordifusão, pela diferença de concentração decontaminantes entre o interior do aterro e asuperfície. O mesmo pode ocorrer no soloda base, não apenas o que se encontra sobo aterro, mas na sua borda também.Tabela 2: Matriz de Avaliação da base do aterroAVALIAÇÃO DA BASE DO ATERROPermeabilidade doEspessura da zona de vadoze 1 (m)solo (cm/s) até 1 1 a 2 2 a 3 3 a 4 4 a 5Maior que 10 -3 21 22 23 24 2510 -3 > k > 10 -4 16 17 18 19 2010 -4 > k > 10 -5 11 12 <strong>13</strong> 14 1510 -5 > k > 10 -6 6 7 8 9 10Menor que 10 -6 1 2 3 4 51 faixa de solo não saturado, acima do nível freáticoMatriz 3A Matriz 3 (Tabela 3) apresenta aavaliação das características do uso dosolo no entorno do aterro. São relacionadostanto o tipo de ocupação quanto os recursosnaturais potencialmente afetados, com aproximidade ao aterro de RSU. Seu objetivoé pontuar a capacidade dos efluentesatingirem os habitantes expostos da regiãoe recursos naturais. O objetivo é pontuar apossibilidade dos efluentes de alcançareme afetarem a população local e as zonasespeciais no que diz respeito aos recursosnaturais. Foram considerados cinco tiposde uso, que se relacionam à proximidade doaterro às áreas de proteção ambiental,corpos hídricos, tipo de ocupação(residencial, comercial, industrial) eagricultura.A proximidade do aterro aosnúcleos urbanos propicia, em diversosníveis, a exposição antrópica aos efluentesdo resíduo. Em relação ao lixiviado, ocontato pode se dar tanto pelacontaminação das águas subterrâneas esuperficiais e do solo, como por via aérea,pelo ar contaminado pela evaporação doefluente. A água contaminada pode serutilizada por animais domésticos e decriação para abate, rega de plantas, inclusivehortaliças, bem como pelo contatodireto por meio de poços e mesmo para olazer. O solo contaminado superficialmente,quando ocorre afloramento de lixiviado,pode estar sendo utilizado para hortas,jardins, área de lazer entre outros.Aparentemente, a concentração depessoas em um determinado espaço aceleraos processos de degradação ambiental, eisso costuma ser acentuado em núcleosresidenciais de baixa renda. A precariedadesanitária que as instalações costumamapresentar gera maior suscetibilidade àsinfluências do contato com o aterro de RSU.Nestes locais é usual a negligencia emrelação a autoproteção e à proteçãoambiental tanto pela ignorância e falta derecursos por parte dos moradores, comopela dificuldade de fiscalização por partedo poder público. Quando a área residencialapresenta-se com habitações de baixa rendaadiciona-se 1 ponto na pontuaçãoequivalente.A avaliação dos recursos naturaispotencialmente afetados, são relacionadosà proximidade do aterro a áreas ambientaisprotegidas ou corpos hídricos. Seu objetivoé pontuar a capacidade dos efluentesatingirem zonas especiais no que dizrespeito ao meio ambiente natural. Segundoa Portaria Minter no. 124 de 20 de agosto de1980 não podem ser instaladosempreendimentos potencialmente poluentesa menos de 200 m de corpos d'água.Estão sendo consideradas Zonas dePreservação Ambiental as regiões urbanasque, por suas características e pelatipicidade da vegetação, destinam-se àpreservação e à recuperação deecossistemas, visando garantir espaço paraa manutenção da diversidade das espéciese propiciar refúgio à fauna assim comoproteger as nascentes e as cabeceiras decursos d'água. São consideradas Zonas deProteção, as regiões sujeitas a critériosurbanísticos especiais, que determinam aproteção ambiental de áreas, tendo em vistao interesse público na proteção.A atribuição de valores foi feita de 1 a 25,linearmente, de modo que as zonas urbanasem que o tempo de permanência dapopulação seja menor, e as maioresdistâncias ao aterro de RSU sejam maiores,receberam pontuações mais baixas. As zonasque necessitam maior proteção, e asmenores distâncias ao aterro de RSU,receberam pontuações mais altas.A Matriz 4 (Tabela 1) apresenta aavaliação da dinâmica da hidrologia deRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 21 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


Distância (m)Zonas depreservaçãoTabela 3: Matriz 3, Uso do soloZonasresidencial,comercial /industrial /serviçosUSO DO SOLOCorposhídricosZonas deproteçãoambientalAgriculturaaté 200 21 22 (+1) 23 24 25200 a 400 16 17 (+1) 18 19 20400 a 600 11 12 (+1) <strong>13</strong> 14 15600 a 800 6 7 (+1) 8 9 10800 a 1000 1 2 (+1) 3 4 5superfície - capacidade de haver alagamentoou escoamento superficial - e sualocalização em relação ao aterro. Foramselecionados indicadores que influenciama capacidade de drenagem natural dolixiviado e das águas que escoam pelasuperfície do aterro bem como apossibilidade da presença dessas águas. Apontuação foi determinada de modo que,áreas em regiões cujo balanço hídrico énegativo sempre recebem valores menoresdo que as áreas similares, localizadas emregiões com o balanço hídrico positivo.São recomendáveis áreas combaixa declividade, porém com um desnívelnatural ou uma elevação, para minimizar oescoamento das águas superficiais para ointerior do aterro.As condições climáticas devem serconsideradas. O balanço hídrico mensal,calculado a partir de dados como o regimede chuvas, precipitação pluviométrica,incidência solar, evapotranspiração, é deimportância fundamental para a geração deefluentes em um aterro de RSU. Áreas muitochuvosas podem aumentar a produção delixiviado.A atribuição de valores foi feita de1 a 25, sob o critério qualitativo de modoque áreas que recebem o mesmo valorapresentam, a princípio, o mesmo perigopotencial. As piores condições são as combalanço hídrico positivo durante todo o ano.A Região Sujeita a Forte Escoamento Superficial(Figura 1), é aquela em que o balançohídrico é positivo em alguma época do anoe as características topográficas dedeclividade possibilitam o forte escoamentosuperficial. Esta situação topográficapermite uma forte erosão da superfície,carreamento de sedimentos e transportarlíquido até maiores distancias.A • Quando isto ocorre a montantedo aterro, poderá ser observado um aumentoFigura 1: Esquema das alternativas da categoria região sujeita a forte escoamento superficialde água atingindo o aterro, o que contribuipara uma maior formação de lixiviado, oque é um aspecto negativo.B • Quando isso ocorre à jusante, oescoamento superficial que pode estarcontaminado pelo lixiviado, tenderá aatingir mais rápido maiores distancias, oeu também é um aspecto negativo.É entendido como RegiãoInundável, (Figura 2) aquela em que ascaracterísticas topográficas possibilitamcondições de alagamento. Em locaisalagados, tende a ocorrer infiltração eevaporação.C • Quando isto ocorre no entornodo aterro, a montante, a infiltração tende aservir como recarga do aqüífero com águanão contaminada pelo lixiviado o que, aRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 22 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


princípio pode ser considerado um aspectopositivo. No entanto há a possibilidade deocorrer fluxos preferenciais para o interiordo aterro, o que pode aumentar a suaumidade e, conseqüentemente, o volume delixiviado.D • Quando a mesma situaçãoocorre a jusante do aterro, o local alagadopode estar contaminado pelo lixiviado doaterro. Neste caso, o líquido poderá infiltrarcausando contaminação da superfície dosolo até atingir o aqüífero ou evaporar, oque se apresenta como um aspecto bastantenegativo.E • Quando a situação ocorre sobreo aterro, a infiltração tende a aumentar suaumidade e conseqüentemente a geração delixiviado.Figura 2: Esquema das alternativas da categoria região inundávelBalanço HídricoBalanço Hídricopositivo por todo oanoBalanço Hídricopositivo até 9meses no anoBalanço Hídricopositivo até 6meses no anoBalanço Hídricopositivo - até 3meses no anoBalanço Hídriconegativo por todoo anoTabela 4: Matriz de Avaliação da hidrologia superficialAVALIAÇÃO DA HIDROLOGIA SUPERFICIALRegião sujeita à forteRegião inundávelescoamento superficialA jusante doaterroA montantedo aterroA montantedo aterroA jusante doaterroSobre oaterro21 22 23 24 2516 17 18 19 2011 12 <strong>13</strong> 14 156 7 8 9 101 2 3 4 5PONTUAÇÃOOs valores foram distribuídos nasmatrizes de modo que a matriz 1, referenteao potencial de geração de lixiviado, e amatriz 2, referente à capacidade do lixiviadoatingir o aqüífero, contribui cada uma com30% do total da pontuação, totalizando 60%.Estas matrizes receberam maior peso pelamaior dificuldade relativa de se solucionaras questões envolvidas. A matriz 3, referenteaos recursos naturais e populaçãopotencialmente atingida pelo contato como efluente, contribui com 20% do total dapontuação. A matriz 4, referente às condiçõesRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 23 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


climáticas que influenciam a geração deefluente e nas condições topográficas queinfluenciam a capacidade de drenagem naturaldo líquido aflorado ou escoadosuperficialmente, contribui com 20% do totalda pontuação. A pontuação total será:Matriz 1 + Matriz 2 + (máximo valorencontrado nas matrizes 3) + (máximo valorencontrado na Matriz 4)O resultado será utilizado paraclassificação da área em três categoriaspossibilitou uma pontuação final e umcódigo de cores, representado pelo Verde,Amarelo e Vermelho, que se relacionam aosníveis de cuidados ambientais pósfechamento.As faixas de pontuaçãoestabelecidas para as categorias Verde eVermelha foram limitadas a partir da somados valores considerados mínimos emáximos - representados nas matrizes emcélulas verdes e vermelhas respectivamente- em cada uma das matrizes. A faixa depontuação para a categoria Amarela foideterminada pelos valores intermediários.Dessa forma a área passa por uma avaliaçãoinicial em relação à contaminação potencialprovocada ao meio ambiente. A avaliaçãoinicial deve ser confirmada por meio deanalises químicas das águas subterrâneas,e a partir daí, determinadas as ações defechamento com remediação se necessário.Depois de fechado o aterro, é necessário omonitoramento das águas subterrâneas, queirá variar segundo a categoria em que a áreaestá inserida.Até 20 pontos: Categoria Verde' Aavaliação inicial indica aterros cujacontaminação potencial ao meio éconsiderada baixa. Sua confirmação é feitapor meio de análises químicas das águassubterrâneas, cujos resultados devemapresentar teores que não excedam àsreferências da região. A área deverá passarpor um monitoramento desenvolvido emduas fases:a) Durante o 1º ano, para que sejamidentificados períodos críticos em relaçãoa eventual presença de contaminação éproposto um monitoramento trimestral.b) Depois disso o monitoramentopassa a ser anual durante 5 anos.Caso não haja alteração provocada pelolixiviado do RSU no aqüífero superficial, aárea pode ser considerada ambientalmentesaudável em relação à contaminaçãoprovocada pelo lixiviado.De 21 a 60 pontos: CategoriaAmarela ' A avaliação inicial indica aterroscuja contaminação potencial ao meio éconsiderada média. A confirmação é feitapor meio de análises químicas das águassubterrâneas, cujos resultados apresentamteores mais elevados do que as referênciasda região. Neste caso são necessárias açõesvisando à proteção do meio ambiente local.Depois disso deverá ser desenvolvido ummonitoramento com análises químicas daságuas subterrâneas, dividido em 3 fases.a) Monitoramento trimestral durante1 ano, para que sejam identificadosperíodos críticos em relação à contaminaçãodo aqüífero.b) O monitoramento semestral atéque os resultados apresentem valores quenão excedam as referências da região.c) Idem ao item b da categoria Verde.De 61 a 100 pontos: Categoria Vermelha ' Aavaliação inicial indica aterros cujacontaminação potencial ao meio éconsiderada alta. A confirmação é feita pormeio de análises químicas das águassubterrâneas, cujos resultados apresentamteores iguais ou mais elevados do que osValores Máximos Permitidos para assubstâncias pela portaria 518 do Ministérioda Saúde. São necessárias ações urgentesvisando à proteção do meio ambiente local.Depois disso deverá ser desenvolvido ummonitoramento com análises químicas daságuas subterrâneas, dividido em 3 fases.a) Monitoramento trimestral daságuas subterrâneas com análises químicas,até que os resultados apresentem valoresde concentração de contaminantes maisbaixos do que os Valores MáximosPermitidos para as substâncias pelaportaria 518 do Ministério da Saúde paraas substâncias tóxicas presentes nopercolado.b) Depois disto seguir asorientações para a categoria amarela b e c.CONSIDERAÇÕES FINAISDepois de feita a avaliação inicialda área, diagnosticado o passivo ambiental,(identificação da contaminação daatmosfera, presença de catadores, presençade animais, falta de compactação dacobertura, espalhamento dos resíduos,criadouros de mosquitos, contaminação dolençol freático, populações expostas, etc) eobtidas informações sobre a presença delixiviado e a influência que este exerce noseu entorno, é importante considerar o nívelde recuperação necessário. Normalmentesão necessários cuidados como instalaçãode sistema de drenagem superficial,remoção de resíduos próximos a cursod'água, quando o aterro está situadopróximo a áreas alagadas, construção desistema de drenagem de percolado,instalação de drenos de gás, retaludamentoe cobertura dos resíduos.Deve-se considerar que áreas queforam usadas para disposição de resíduos,depois de encerradas, muitas vezes tornamselocais de potencial interesse paraocupação por população de baixa renda.Sabendo-se que esses antigos aterros podemcontinuar produzindo efluentes econtaminando o entorno durante muitosanos, é importante que não sejamsimplesmente abandonados, mas quetenham um destino adequado ao contextourbano, podendo ser fiscalizados para evitarsua ocupação irregular.O método de avaliação aquiproposto visa contribuir ao estabelecimentode critérios para a reintegração urbana dosantigos aterros, direcionando ainvestigação destas áreas e,conseqüentemente, otimizando tempo erecursos financeiros.AGRADECIMENTOSOs autores agradecem ao CNPqe a FAPERJ pelo suporte.BIBLIOGRAFIAASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS - ABNT (1997), Aterros de resíduosnão-perigosos - Critérios para projetos,implantação e operação - Procedimento. Riode Janeiro. (NBR-<strong>13</strong>896);ANDREOTTOLA G. & CANNAS P. (1997). Chemicaland biological characteristics of landfillleachate in Landfilling of waste: Leachate.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 24 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


T.H. Christensen, R. Cossu e R. Stegman (editors),1997, pp 65 - 88.HEITEFUSS, S. & KEUFFEL- TÜRK, A. (1994).Altlastenfakten 4: Erstbewertung vonaltablagerungen bei beweisniveau 1.Ergänzende bearbeitungshinweise zuraufstellung Regionaler Prioritätenlisten undRegionaler Wartelisten durch die RegionalenBewertungs-kommissionen - 8S., 7 Abb;IPT/CEMPRE (2000). Lixo Municipal: manualde gerenciamento integrado. 1ª ed. SãoPaulo: Instituto de Pesquisa Tecnológicas/IPT;MINISTÉRIO DA SAÚDE (2004). Portarianúmero 518, de 25 de março de 2004SCHUELER, A.S. (2005). Estudo de caso eproposta de avaliação de áreas degradadaspor disposição de resíduos sólidos urbanos.Tese de doutorado, Coppe - UFRJ. Rio deJaneiro -RJ 122p; disponível em http://www.coc.ufrj.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3805&Itemid=191SILVA, F.A.N. e SEPE, P.M. (2001). Avaliaçãopreliminar da viabilidade ambiental daimplantação de parques municipais ematerros sanitários desativados. PrefeituraMunicipal de São Paulo, Secretaria Municipaldo Meio Ambiente.TCHOBANOGLOUS, G., THEISEN, H. & VIGIL, S(1994). Gestion integral dos resíduos sólidos1 ed. Madri: McGraw-Hill, Inc, v(s).1-2,1106p. (em Espanhol).Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 25 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


Estudos sobre bioindicadores vegetais e poluiçãoatmosférica por meio de revisão sistemática daliteraturaRESUMOO uso de biomonitoramento vem sendo cada vez mais considerado como métodocomplementar na análise de poluentes urbano-industriais. Este trabalho teve por objetivoidentificar espécies vegetais (vasculares, musgos e líquens) utilizadas comobioindicadores e associadas a poluentes atmosféricos, em estudos experimentais eobservacionais por meio de revisão sistemática de literatura. De um total de 4775trabalhos pré-selecionados, foram analisados 507 estudos por aplicação de dois testesde relevância, resultando na inclusão de 265 trabalhos científicos sobre o tema estudado.Os resultados revelaram a utilização de 224 espécies vegetais como bioindicadores deprocessos de poluição atmosférica, sendo: 147 pertencentes à divisão angiosperma; 22 àdivisão coniferófita; 30 a liquens; e, 25 a musgos. Os estudos selecionados eramrelacionados ao monitoramento dos seguintes poluentes atmosféricos: metais pesados,ozônio, material particulado, dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio, monóxido decarbono, fluoretos, compostos orgânicos voláteis e hidrocarbonetos. Foi possível constatarnesses estudos, o uso de algumas espécies vegetais em processos de avaliação daqualidade do ar em várias partes do mundo, indicando a potencial utilização dobiomonitoramento vegetal como um novo instrumento de monitoramento e controle daqualidade do ar, em espaços urbanos.PALAVRAS-CHAVE: Bioindicador vegetal; poluição do ar; avaliação de risco ambiental;biomonitoramento.ABSTRACTThe use of biomonitoring is being increasingly considered as a complementary method inthe analysis of urban-industrial pollutants. This study aimed to identify vegetal species(vascular, moss and lichen) used as bioindicators associated with air pollutants, inexperimental and observational studies through a systematic literature review. Out of atotal of 4,775 pre-selected scientific papers were analysed 507 studies by applying twotests of relevancy, of which we included 265 scientific studies on the theme. The resultsrevealed the use of 224 vegetal species as bioindicators of air pollution processes, asfollows: 147 species belonging to the angiosperm division, 22 to the coniferofit division,30 to the lichens, and 25 to mosses species. The selected studies were related to themonitoring of the following air pollutants: heavy metals, ozone, particulate matter, sulfurdioxide, nitrogen oxides, carbon monoxide, fluorides, volatile organic compounds andhydrocarbons. It was possible to note in the selected studies the use of some plantspecies in assessing air quality in various parts of the world, indicating the potential useof the vegetal biomonitoring as a new tool for monitoring and controlling air quality inurban areas, which will enable the verification of risk situation by the presence of airpollutants in urban areas.Regina Maria Alves CarneiroEngenheira Florestal pela ESALQ/USP.Mestre em Enfermagem em Saúde Públicapela EERP/USP. Especialista em CiênciasAmbientais da Secretaria Municipal doMeio Ambiente de Ribeirão Preto-SP, Brasilrmacarneiro@meioambiente.pmrp.com.brAngela Maria MagossoTakayanaguiEnfermeira de Saúde Pública pela EERP/USP.Professora Associada da Escola deEnfermagem de Ribeirão Preto daUniversidade de São PauloKEYWORDS: Vegetal bioindicator; air pollution; environmental risk evaluation;biomonitoringRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 26 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


INTRODUÇÃOA qualidade do ar tem sido avaliadaa partir de estimativas das concentraçõesambientais dos principais poluentes, sendocomumente utilizados métodos físicoquímicoscientificamente consagrados. Poresses métodos, pode-se verificar se normase valores limites para concentrações depoluentes no ar estão sendo respeitados.Porém, nem sempre os resultados obtidospermitem conclusões imediatas sobre osimpactos das concentrações atuais depoluentes em seres vivos (KLUMPP et al.,2001).A partir de meados do séculopassado, iniciou-se o processo de utilizaçãode organismos vivos em método auxiliar dedetecção de alterações perigosas daqualidade do ambiente, denominado debiomonitoramento, que se constitui emmétodo experimental indireto de verificaçãoda presença de poluentes numa determinadaárea. Os organismos vivos utilizados sãoconhecidos como bioindicadores, erespondem ao estresse a que se encontramsubmetidos por modificações nos seusciclos vitais ou pela acumulação depoluentes (GARTY; KLOOG; COHEN, 1998;CARRERAS; PIGNATA, 2001; CARNEIRO, 2004).Os bioindicadores podem serutilizados de forma passiva, quando jáhabitam a área de estudo; ou em métodoativo, quando são introduzidos de formacontrolada no ambiente a ser investigado(DOMINGOS et al., 1998; SILVA et al., 2000;SUMITA et al., 2003).Dentre os organismos utilizadoscomo bioindicadores, destacam-se oslíquens, os musgos e certas plantassuperiores, que podem apresentaralterações típicas nas folhas, perdasfoliares, redução de crescimento, alteraçõesnos padrões de floração, ou ainda,alterações na frequência e abundância depopulações quando expostas a poluentesatmosféricos (KLUMPP; DOMINGOS; KLUMPP,1996; KRUPA; LEGGE, 1999; SCERBO et al.,1999; KLUMPP, A.; KLUMPP, G.; ANSEL, W.,2003; BURGER, 2006).Visando-se reunir conhecimentoreferente ao uso de bioindicadores vegetais,como método complementar demonitoramento da contaminaçãoatmosférica, foi realizada esta pesquisa, decaráter descritivo, com base em revisãosistemática da literatura - RSL (MUÑOZ etal., 2002).METODOLOGIAForam levantados estudospublicados na literatura acadêmicarelacionados ao uso de bioindicadores emprocessos de poluição atmosférica, sendoos critérios iniciais de inclusão: estudosexperimentais ou observacionais nosidiomas inglês, espanhol ou português sobreo tema bioindicador vegetal de poluiçãoatmosférica, publicados no períodocompreendido entre janeiro de 1997 edezembro de 2007.Tomou-se por base a metodologiada revisão sistemática da literatura (RSL),que busca a integração da informaçãoacadêmica produzida em diferentessituações, locais e por diversos grupos depesquisadores, possibilitando oconhecimento das evidências científicasexistentes na área (GREENHALGH, 1997;MUÑOZ et al., 2002).As bases de dados utilizadas foram:Biological Abstracts, da Eletronic ReferenceLibrary (ERL), MedLine, Agris, ProQuest e,também, os bancos e bases de dadosnacionais e latino-americanos Lilacs,Instituto Brasileiro de Informações emCiências Tecnológicas (IBCT) e Dedalus.Os instrumentos de coleta de dadosconstituíram-se de dois formuláriosdenominados Teste de Relevância 1 (TR1) eTeste de Relevância 2 (TR2), elaborados paraavaliar a inclusão ou a exclusão dos artigoslevantados junto aos bancos e bases dedados selecionadas, de acordo com oscritérios estabelecidos para o estudo.Os critérios de inclusão dosestudos no TR1 foram: período e idioma dapublicação; tipo de estudo; e, a pertinênciado tema. Para o TR2, os critérios foramtambém: análise direta ou indireta dequalquer um dos poluentes selecionadospara esta investigação (PTS, MP-10, metaispesados, SO2, NOx, O3, CO, VOCs,hidrocarbonetos, HF e demais fluoretosgasosos); registro da presença de danosverificáveis a olho nu em folhas, caule, floresou frutos dos vegetais analisados, bemcomo modificações anatômicas,metabólicas, fisiológicas e genéticas, nãovisíveis a olho nu; e, a indicação do vegetalcomo um bioindicador ou bioacumulador.RESULTADOSA presente pesquisa foi baseada em305 estudos analisados na íntegra, sendouma continuação do estudo acadêmicorealizado por Carneiro (2004), no Brasil,considerado um dos únicos estudosnacionais dessa natureza e com essaabrangência.Os resultados obtidos sãoapresentados segundo o uso do método derevisão sistemática da literatura empregadoneste estudo e também quanto à utilizaçãode vegetais em sistemas debiomonitoramento da qualidade do ar.Quanto à revisão sistemática da literaturaO levantamento bibliográficoefetuado conduziu, inicialmente, a umuniverso de 4775 estudos científicos, dosquais nem todos se referiam,exclusivamente, ao tema pesquisado,abrangendo diversas formas debioindicadores vegetais, animais e dometabolismo humano, utilizados paraavaliação da contaminação do ar, da água,do solo, ou ainda relativos à saúde humana.Após uma leitura prévia seletiva, foramselecionados 507 trabalhos referentesexclusivamente a bioindicadores vegetaisde poluição atmosférica, incluindo, além deartigos científicos, três dissertações demestrado e uma tese de doutoradodefendidas em universidades brasileiras eamericanas, segundo as informaçõesobtidas nas bases de dados e periódicosselecionadas.Com a aplicação do TR1, foramavaliados os 507 artigos científicos por doisrevisores, tomando-se por base os seusresumos, resultando em 391 inclusões e 116exclusões. Dos 391 estudos selecionados,obteve-se acesso a 305. O motivo da perdade 86 (22%) estudos selecionados foi a suanão disponibilização nos meios eletrônicosou na forma impressa. Assim, a amostra finalpara aplicação do TR2, foi de 305 estudosna íntegra.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 27 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


A aplicação do TR2 nos 305 estudosna íntegra encontrados resultou na inclusãode 265 artigos (86,8 % do total analisado),que constitui a amostra final deste estudo,e na exclusão dos outros 40 estudos (<strong>13</strong>,1 %do total de 305 analisados), por motivos denão atendimento aos critérios de seleçãopara o TR2.Quanto ao uso de bioindicadores vegetaisem processos de poluição atmosféricaTomando-se como referênciaevidências científicas sobre o uso debioindicadores vegetais em processos depoluição atmosférica, foram identificadas224 diferentes espécies nos 265 estudosincluídos nesta revisão, sendo 147pertencentes à Divisão Angiospermae, 22 àDivisão Coniferophyta, 25 à Classe Muscida Divisão Bryophyta (musgos) e 30 liquens.Verificou-se que algumas espécies são maisfreqüentemente associadas a determinadospoluentes, como: Nicotiniana tabacum,usada como bioindicador da presença deozônio; musgos Pleurozium schreberi,Hypnum cupressiforme e Hylocomiumsplendens, usados como bioindicadores dapresença de metais pesados; e, o gênero Tradescantia,usado como bioindicadorassociado a poluentes urbanos, dentreoutros. Também a investigação dabiodiversidade de liquens em ambientespróximos a fontes emissoras de poluentesatmosféricos foi uma técnicafreqüentemente encontrada nos estudosselecionados (CARNEIRO, 2004).Os trabalhos levantados nestainvestigação são apresentados no QuadroI, em forma de uma lista com as referênciasdos estudos e o ano de publicação.DiscussãoO uso da metodologia de revisãosistemática da literatura permitiu levantaro conhecimento acadêmico gerado sobre usode bioindicador vegetal em processos depoluição atmosférica, embora os resultadosobtidos possam ser considerados parciaisem relação à produção acadêmica mundialsobre esse tema, devido a limitações dametodologia empregada, em termos daspalavras-chave e bancos/bases de dadosutilizados, bem como por dificuldades como acesso a todos os estudos selecionados.As revistas eletrônicas tiverampapel relevante na concretização destapesquisa, tendo em vista que mais de 90 %dos estudos foram obtidos por essa via. Abusca efetuada conduziu a apenas quatrotrabalhos de dissertação ou tese, o que podeser devido a um caráter de vanguarda dotema selecionado ou, então, por nãoindexação de estudos nas bases e bancosde dados utilizados nesta investigação.Os resultados também revelarama utilização de 224 espécies vegetais comobioindicadores de processos de poluiçãoatmosférica, utilizadas em diversassituações climáticas e geológicas e emdiferentes regiões do mundo.Os estudos também apontarampara o uso individual ou em grupo dealgumas espécies, relacionadas aomonitoramento de um ou vários poluentesatmosféricos, entre os mais comuns,destacando-se: metais pesados, ozônio,material particulado, dióxido de enxofre,óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono,fluoretos, compostos orgânicos voláteis ehidrocarbonetos.No entanto, com os dadoslevantados foi possível constatar uma amplarede de situações de uso de algumas espéciesvegetais em avaliação da qualidade do arem várias partes do mundo. Acredita-se queo biomonitoramento vegetal seja um novoinstrumento de monitoramento e controleda qualidade do ar, em espaços urbanos,que possibilitará a verificação de situaçõesde risco pela presença de poluentesatmosféricos, juntamente com osinstrumentos usualmente utilizados naquantificação desses poluentes.Acredita-se que o uso debiomonitoramento com vegetaisbioindicadores, a partir de sistemasconhecidos e padronizados, possibilitará averificação de situações de risco pelapresença de poluentes atmosféricos,facilitando, ainda, a decisão sobre locaisque devam ser sistematicamentemonitorados com a ajuda de instrumentosdestinados à quantificação dessespoluentes.CONSIDERAÇÕES FINAISA presente pesquisa revela um interessecrescente, de amplitude mundial, nabusca por métodos auxiliares de detecçãode alterações ambientais provocadas porpoluentes atmosféricos, visando odiagnóstico precoce de situações de risco.Também, esta revisão sistemática daliteratura amplia os achados de Carneiro(2004), trazendo novas contribuiçõesacadêmicas na área de controle da poluiçãoatmosférica por uso de bioindicador vegetal.Corrobora, ainda, os estudos deKlumpp et al. (2001), Reiss et al. (2007) eKrewski (20<strong>09</strong>), destacando a necessidadede motivar a opinião pública, incluindo aadministração pública e os setores deprodução privada, sobre a importância deadoção de novos meios de controle daqualidade do ar mediante efeitos negativosda poluição.Baseado nos achados destainvestigação, considera-se que a adoção demétodos alternativos de verificação de riscoambiental, como o uso de bioindicadoresvegetais em processos de poluiçãoatmosférica, poderá auxiliar naminimização das conseqüências dessescontaminantes sobre a saúde humana esobre a qualidade ambiental dos centrosurbanos.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 28 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


1997BERG, T.; STEINNES, E.BERG, T.; STEINNES, E.AutorBLUM, O.; BYTNEROWICZ, A.; MANNIG. W.;POPOVICHEVA, L.BRIGHIGNA, L.; RAVANELLI, M.; MINELLI, A.;ERCOLI, L.CALASANS, C. F.; MALM. O.CHAPPELKA, A.; RENFRO, J.; SOMERS, G.;NASH, B.GODZIK, B.GONZALEZ, C.M.; PIGNATA, M.L.KURCZYNSKA, E.U.; DMUCHIWSKI, W.;WLOCH, W.; BYTNEROWICZ, A.MANKOVSKÁ , B.POMPÉIA, S. L.1998BAUR, M.; U LAUCHERT, A.W.BÖHM, P.; WOLTERBEEK, H.; VERBURG, T.;MUSÍLEK, L.DOMINGOS, M.; KLUMPP, A.; KLUMPP, G.DONGARRÀ, G.; VARRICA. D.GARTY, J.; KLOOG, N.; COHEN, Y.HALLERAKER, J.H.; REIMANN, C.; CARITAT, P.;FINNE, T.E.; KASHULINA, G.; NISKAAVAARA,H.; BOGATYREV, I.Título do artigoRecent trends in atmospheric deposition of traceelements in Norway as evident from the 1995moss survey.Use of mosses (Hylocomium splendens andPleurizium schreberi) as biomonitors of heavymetal deposition: From relative to absolute depositionvalues.Ambient tropospheric ozone In the UkrainianCarpathian Mountains and Kiev region: Detectionwith passive samplers and bioindicadorplantsThe use of an epiphytic (Tillandsia caput-medusaemorren) as bioindicator of air pollution inCosta Rica.Elemental mercury contamination survey in achlor-alkali plant by the use of transplantedSpanish moss, Tillandsia usneoides (L.).Evaluation of ozone injury on foliage of blackcherry (Prunus serotina) and tall milkweed (Asclepiasexaltata) in Great Smoky Mountains NationalPark.Ground level ozone concentrations in the Krakówregion, Southern Poland.Chemical response of the lichen Puncteliasubrudecta (NYL.) Krog transplanted close to apower station in an urban-industrial environment.The influence of air pollutants on needles andstems of scot pine (Pinus slvestrys L.) trees.Deposition of heavy metals in Slovakia - Assessmenton the basis of moss and analysis.Sucessão secundária da Mata Atlântica em ÁreasAfetadas pela poluição atmosférica Cubatão, SP.1997. 193f.Biochemical indicadors for novel forest declinein Spruce.The use of tree bark for environmental pollutionmonitoring in the Czech Republic.Air pollution impact on the Atlantic forest in theCubatão region, SP, Brazil.The presence of heavy metals in air particulateat Vulcano island (Italy).Integrity of Lichen Cell Membranes in Relationto Concentration of Airborne Elements.Reliability of moss (Hylocomium splendens andPleurozium schreberi) as a bioindicator of atmosphericchemistry in the Barents region:Interspecies and field duplicate variability.ReferênciaThe Science of the Total Environment, v.208,p.197-206, 1997.Environmental Pollution, v.98, n.1, p.61-71,1997.Environmental Pollution, v. 98, n. 3, p.299304, 1997.The Science of the Total Environment, v. 198,p. 175-180, 1997.The Science of the Total Environment, v.208,p.165-177, 1997.Environmental Pollution, v.95, n. 1, p.<strong>13</strong>-18, 1997.Environmental Pollution, v. 98, n. 3, p. 273280, 1997.Environmental Pollution, v. 97, n.3, p.195-203, 1997.Environmental Pollution, v. 98, n.3, p. 325334, 1997.Ekologica (Bratislava), v.16, n.4, p. 433-422, 1997.Tese (Doutorado) - Instituto de Biociências,Universidade de São Paulo, São Paulo,1997.Chemosphere, v. 36, n. 4-5, p. 865-870, 1998.Environmental Pollution, v.102, p.243-250,1998.Ciência e Cultura Journal of the BrazilianAssociation for the Advancement of Science,v. 50, n.4, p. 230-236, July/August1998.The Science of the Total Environment, v.212,p.1-9, 1998.Arch. Environ. Contam. Toxicol. v. 34, p.<strong>13</strong>6-144, 1998The Science of the Total Environment, v. 218,p.123-<strong>13</strong>9, 1998.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 29 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


1998AutorKLUMPP, A.; DOMINGOS, M.; MORAES,R.M.;KLUMPP, G.LODOVICI, M.; AKPAN, V.; CASALINI, C.;ZAPPA, C.; DOLARA, P.LOPPI, S.; CENNI, E.; BUSSOTI, F.; FERRETTI,M.MALM, O.; FONSECA, M.F.; MIGUEL, P. H.;BASTOS, W. R.; PINTO, F. N.POIKOLAINEN, J.; KUUSINEN, M.; MIKKOLA,K.; LINDGREN. M.RIGA-KARANDINOS, A. N.; KARANDINOS, M.G..ROSMAN, K.J.R.; LY, C.; STEINNES, E.SCHRAUDNER, M.; MOEDER, W.;WIESE, C.;CAMP, W.V.; INZÉ, D.; LANGEBARTELS,C.;SANDERMANN JR., H.VASCONCELOS, M.T.S.D.; TAVATES, H.M.F.XIAO, Z.; SOMMAR, J.; LINDQVIST, O.;GIOULEKA, E.1999ARUTYUNYAN, R.M.; POGOSYAN, V.S.;SIMONYAN, E.H.; ATOYANTS, A.L.;DJIGARDJIAN, E.M.BATALHA, J. R. F.; GUIMARÃES, E. T.; LOBO, D.J. A.; LICHTENFELS, A. J. F. C.; DEUR, T.;CARVALHO, H. A.; ALVES, E. S.; DOMINGOS,M.; RODRIGUES, G. S.; SALDIVA, P. H. N.BRUMELIS, G.; BROWN, D.H.;NIKODEMUS,O.;TJARVE, D.CEBURNIS, D.; STEINNES, E.; KVIETKUS. K.DOBBEN, H.F.V.; BRAAK, C.J.F.T.GRASO, M.F.; CLOCCHIATTI, R.; CARROT, F.;DESCHAMPS, C.; VURRO, F.GRODZINSKA-JURCZAK, M.;SZAREK-LUKASZEWSKA, G.HIATT, M.H.HIRANO, T.; MORIMOTO, K.Título do artigoEffects of complex air pollution on tree species ofthe Atlantic rain Forest near Cubatão, Brazil.Polycyclic Aromatic Hydrocarbons in Laurusnobilis as a measure of air pollution in urbanand rural sites of Tuscany.Biomonitoring of Geothermal air pollution by lichensand forest trees.Use of epiphytic plants as biomonitors to mapatmospheric mercury in a gold trade center city,Amazon, Brazil.Mapping of the epiphytic lichens on conifers inFinland in the years 1985-86 and 1995Assessment of air pollution from a lignite powerplant in the plain of Megalopolis (Greece) usingas biomonitors three species of lichens; impactson some biochemical parameters of lichensSpatial and Temporal Variation in Isotopic Compositionof Atmospheric Lead in Norwegian Moss.Ozone-induced oxidative burst in the ozonebiomonitor plant, tobaco Bel W3.Atmospheric metal pollution (Cr, Cu, Fe, Mn, Ni,Pb, and Zn) in Oporto city derived from resultsfor low-volume aerosol samplers and for themoss Sphagnum auriculatum bioindicador.Atmospheric mercury deposition to grass insouthern Sweden.In situ monitoring of ambient air around the chloroprenerubber industrial plant using theTracescantia-stamen-hair mutation assay.Exploring the clastogenic effects of air pollutantsin São Paulo (Brazil) using the Tradescantia micronucleiassay.The monitoring and risk assessment of Zn depositionaround a metal smelter in Latvia.Estimation of metal uptake efficiencies precipitationin mosses in Lithuania.Ranking of Epiphytic lichen sensitivity to air pollutionusing survey data: a comparison of indicatorscales.Lichens as bioindicators in volcanic areas: Mt.Etna and Vulcano Island (Italy).Evolution of SO2 and NO2-related degradation ofconiferous forest stands in Poland.Leaves as an Indicator Exposure Airborne VolatileOrganic CompoundsGrowth reduction of the Japanese black pine correspondingto an air pollution episodeReferênciaChemosphere, v.36, n. 4-5, p. 989-994, 1998.Chemosphere, v.36, n.8 p. 703-1712, 1998.Chemosphere, v.36, n.4-5, p.1079-1082,1998.The Science of the Total Environment, v. 2<strong>13</strong>,p. 57-64, 1998.Chemosphere, v.36, n.4-5, p.1073-1078,1998.The Science of the Total Environment, v. 215,p.167-183, 1998.Environmental Science & Technology, v.32,n.17, p.2542-2546, 1998.The Plant Journal, v.16, n.2, p.235, 1998.The Science of the Total Environment, v.212,p.11-20, 1998.The Science of the Total Environment, v. 2<strong>13</strong>,p. 85-94, 1998.Mutation Research, v.426, p.117-120, 1999.Mutation Research, v.426, p.229-232, 1999.Environmental Monitoring and Assessment,v.58, p.201-212, 1999.Chemosphere, v. 38, n. 2, p. 445-445, 1999.Lichenologist, v.31, n1, p. 27-39, 1999.Environmental Geology, v.37, n. 3, p.207-216, 1999.The Science of the Total Environment, v.241,p.1-15, 1999.Environmental Science & Technology, v.33,p.4126-4<strong>13</strong>3, 1999.Environmental Pollution, v.106, p.5-12,1999.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 30 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


AutorJEZIERSKI, A.; BYLINSKA, E.; SEAWARD,M.R.D.KRUPA, S.V.; LEGGE, A.H.KUEHLER, E.A.; FLAGLER, R.B.MONARCA, S.; FERETTI, D.; ZANARDINI, A.;FALISTOCCO, E.; NARDI, G.NORMANDIN, L.; KENNEDY, G.; ZAYED, J.PEÑUELAS, J.; RIBAS, A.; GIMENO, B.S.;FILELLA, I.PIGNATA, M.L.; GUDIÑO, G.L.; CAÑAS, M.S.;ORELLANA, L.ROSSBACH, M.; JAYASEKERA, R.; KNIEWALD,G.; THANG, N .H.SAMECKA-CYMERMAN, A.; KEMPERS, A. J.SCERBO, R.; POSSENTI, L.; LAMPUGNANI, L.;RISTORI, T.; BARALE, R.TONCELLI, M.L.; LORENZINI, G.TRIMBACHER, C.; WEIS, P.WADLEIGH, M. A.; BLAKE, D.M.WEISS, D.; SHOTYK, W.; KRAMERS, J.D.;GLOOR, M..2000AKOSY, A.; ÖZTÜRK, M.A.ALAIMO, M.G.; DONGARRÀ, G.; MELATI,M.R.; MONNA, F.; VARRICA, D.BULBOVAS, P.CEBURNIS, D.; STEINNES. E.FAUS-KESSLER, T.; DIETL, C.; TRITSCHLER, J.;PEICHL, L.FERNÁNDEZ, J. A.; ABOAL, J. R.; CARBALLEIRA.A.Título do ArtigoElectron paramagnetic resonance (EPR) investigationsof lichens - 1: Effects of air pollution.Foliar injury symptoms of Saskatoon service berry(Amelanchier alnifolia Nutt.) as a biologicalindicador of ambient sulfur dioxide exposures.The effects of sodium erythorbate andethylenediurea on photosynthetic function ofozone-exposed loblolly pine seedlingsMonitoring of mutagens in urban air samplesPotential of dandelion (Taraxacum officinale) asa bioindicador of manganese arising from theuse of methylcyclopentadienyl manganesetricarbonyl in unleadedDependence of ozone biomonitoring on meteorologicalconditions of different sites in Catalonia(N. E. Spain)Relationship between foliar chemical parametersmeasured in Melia azedarach L. and environmentalconditions in urban areas.Large scale air monitoring: lichen vs. air particulatematter analysis.Bioindication of heavy metals in the townWroclaw (Poland) with evergreen plantsLichen (Xanthoria parietina) biomonitoring oftrace element contamination and air quality assessmentin Livorno Province (Tuscany, Italy).Comparative evaluation of biomonitoring techniquesof tropospheric ozoneNeedle surface characteristics and element contentsof Norway spruce in relation to the distanceof emission sourcesTracing sources of atmospheric using epiphyticlichensSphagnum mosses as archives of recent and pastatmospheric lead deposition in SwitzerlandNeriun oleander L. of lead and other heavy metalpollution in Mediterranean environmentsRecognition of environmental trace metal contaminationusing pine needles as bioindicators.The urban area of Palermo (Italy)Efeitos da poluição atmosférica na germinação ecrescimento de plântulas de Euterpe edulisMARTna região de Cubatão, SP. 2000. 115fConifer needles as biomonitors of atmosphericheavy metal deposition: comparison with mossesand precipitation, role of the canopyCorrelation patterns of metals in the epiphyticmoss Hypnum cupressiforme in BavariaUse of native and transplanted mosses as complementarytechniques for biomonitoring mercuryaround an industrial facilityReferênciaAtmospheric Environment, v.33, p. 4629-4635, 1999.Environmental Pollution, v.106, p.449-454,1999.Environmental Pollution, v. 105, p. 25-35,1999.Mutation Research v.426, p.189-192, 1999.The Science of the Total Environment, v.239,p.165-171, 1999.Environmental Monitoring and Assessment,v.56, p.221-224, 1999.The Science of the Total Environment, v. 243/244, p. 85-96, 1999.The Science of the Total Environment, v.232,p.59-66, 1999.Atmospheric Environment, v.33, p. 419-430,1999.The Science of the Total Environment, v.241,p.91-106, 1999.Environmental Monitoring and Assessment,v.55, p.445-458, 1999.Environmental Pollution, v.105, p. 11-119,1999.Environmental Pollution, v.106, p.265-271,1999.Atmospheric Environment, v.33, p.3751-3763, 1999.The Science of the Total Environment, v.205,p.145-150, 1997.Environmental Geology, v.39, n. 8, p.914-923, 2000.Dissertação (Mestrado) - Instituto deBiociências, Universidade de São Paulo, SãoPaulo, 2000.Atmospheric Environment, v.34, p.4265-4271, 2000.Atmospheric Environment, v.32, n.2, p.427-439, 2000.The Science of the Total Environment, v.256,p.151-161, 2000.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 31 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


AutorFERNÁNDEZ, J. A.; CARBALLEIRA, A.FERREIRA, M.I.; PETRENKO, H.; LOBO, D.J.A.;RODRIGUES, G.S.; MOREIRA, A.; SALDIVA,P.H.N.GENONI, P.; PARCO, V.; SANTAGOSTINO, A.GONZÁLEZ, C.M.; PIGNATA, M.L.GRATANI, L.; CRESCENTE, M.F.; PETRUZZI, M.GUIMARÃES, E.T.;DOMINGOS, M.; ALVES,E.S.;CALDINI JR, N.;LOBO,D.J.A.;LICHTENFELS, A.J.F.C.; SALDIVA. P. H. N.HEAGLE, A.S.; STEFANSKI, L.A.HOLOUBEK, I.; KORÍNEK, P.; SEDA, Z.;SCHNEIDEROVÁ, E.; HOLOUBKOVÁ, I.; PACL,A.; TRÍSKA, J.; CUDLÍN, P.; CÁSLAVSKÝ.JALKANEN, L.;MÄKINEN, A.; HÄSÄNEN, E.;JUHANOJA, J.KLUMPP, G.; FURLAN, C.M.; DOMINGOS, M.;KLUMPP. A.LIMA, J.S.; FERNANDES, E. B.; FAWCETT, W. N.LOPPI, S.; BONINI, I.LOPPI, S.; PUTORTI, E.; PIRINTSOS, S.A.;DOMINICIS, V.MORAES, R.M.; DELITTI, W.B.C.; MORAES,J.A.P.V..NIMIS, P.L.; LAZZARIN, G.; LAZZARIN, N.;SKERT, N.ODUKOYA, O.O.; AROWOLO,T.A.;BAMGBOSE, O.OMASA, K.; TOBE, K.; HOSOMI, M;KOBAYASHI, M.RIGET, F.; ASMUND, G.; AASTRUP, P.Título do ArtigoDifferences in the responses of native and transplantedmosses to atmospheric pollution: a possiblerole of selenium.In situ monitoring of the mutagenic effects of thegaseous emissions of a solid waste incineratorin metropolitan São Paulo, Brazil, using the Tradescantiastamen - hair assayMetal biomonitoring with mosses in the surroundingsof an oil-fired power plant in ItalyChemical Response of transplanted lichenCanomaculina pilosa to different emissionsources of air pollutants.Relationship between leaf life-span and photosyntheticactivity of Quercus ilex in polluted urbanareas (Rome).Detection of the genotoxicity of air pollutants inand around the city of São Paulo (Brazil) with theTradescantia-micronucleares (Trad-MCN) assayRelationships between ambient ozone regimesand white clover forage production using differentozone exposure indexesThe use of mosses and pine needles to detect persistentorganic pollutants at local and regionalscalesThe effect of large anthropogenic particulate emissionson atmospheric aerosols, deposition andbioindicators in the eastern Gulf of Finland regionResponse of stress indicators and growth parametersof Tibouchina pulchra Cogn. exposed to airand soil pollution near the industrial complex ofCubatão, BrazilMangifera indica and Phaseolus vulgaris in thebioindication of Air Pollution in Bahia, BrazilLichens and mosses biomonitors of trace elementsin areas with springs and fumarole activity (Mt.Amiata, central Itally).Accumulation of Heavy metals in epiphytic lichensnear a municipal Solid Waste Incinerator(Central Italy)Respostas de indivíduos jovens de Tibouchinapulchra Cogn, à poluição aérea de Cubatão, SP:fotossíntese líquida, crescimento e química foliarBiomonitoring of trace elements with lichens inVeneto (NE Italy)Pb, Zn, and Cu levels in tree barks as indicator ofatmospheric pollutionAbsorption ozone and seven organic pollutantsby Populus nigra and Camelia sasanquaThe use of lichen (Cetraria nivalis) and moss(Rhacomitriun lanuginosum) as monitors for atmosphericdeposition in GreenlandReferênciaEnvironmental Pollution, v.110, p. 73-78,2000.Journal of the Air & Waste Management Association,v.50, p. 1852-1856, 2000.Chemosphere, v.41, p.729-733, 2000.Environmental Pollution, v.110, p. 235-242,2000.Environmental Pollution, v.110, p.19-28,2000.Environmental and Experimental Botany,v.44, n.1, p,1-8, 2000.Atmospheric Environment, v.34, p.735-744,2000.Environmental Pollution, v.1<strong>09</strong>, p.283-292,2000.The Science of the Total Environment, v.262,p.123-<strong>13</strong>6, 2000.The Science of Total Environment, v.246,p.79-91, 2000.Ecotoxicology and Environmental Safety,v.46, p.275-278, 2000.Chemosphere, v.41, p.<strong>13</strong>33-<strong>13</strong>36, 2000.Environmental Monitoring and Assessment,v.61, p.361-371, 2000.Rev. Brasil. Bot., São Paulo, v.23, n.4, p. 441-447, 2000.The Science of the Total Environment, v.255,p.97-111, 2000.Environmental International, v.26, p.11-16,2000.Environ. Scien. & Technol., v.34, p.2498-2500, 2000.The Science of the Total Environment, v. 245,p. <strong>13</strong>7-148, 2000.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 32 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


AutorSILVA, L. C.; AZEVEDO, A. A.; SILVA, E. A. M.;OLIVA, M. A.WAPPELHORST O.; KÜHN I.; OEHLMANN J.;MARKERT B.ZAFAR, I.M.; MUHAMMAD, S.2001ALVES, E. S.; GIUSTI, P. M.; DOMINGOS, M.;SALDIVA, P. H. N.; GUIMARÃES, E. T.; LOBO,D. J. A.BEDNÁROVÁ, E.BORTIER, K.; DEKELVER,G.; DE TEMMERNAN,L.; CEULEMANS, R.CALZADA, I.; MESANZA, J.; CASADO, H.;CASTILHO, F. J.CARRERAS, H. A.; PIGNATA, M. L.DOBBEN, H. F. V.; WOLTERBEEK, H. T.;WAMELINK, G.W.W.; BRAAK, C.J.F.T.GARTY, J.; TAMIR, O.; HASSID, I.; ESHEL, A.;COHEN, Y.; KARNIEL, A.; ORLOVSKY, L.GEEBELEN, W.; HOFFMANN, M.GEOFF, N.; FRANCES, D.GRODZINSKA, K.; SZAREK-LUKASZEWSKA, G.KANOUN, M.; GOULAS, M. J. P.; BIOLLEY, J. P.KEANE, B.; COLLIER, M.H.; SHANN, J.R.;ROGSTAD, S.H.KEYMEULEN, R.; GÖRGÉNYI, M.; HÉBERGER,K.; PRIKSANE, A.; LANGENHOVE, H.V.KLEIER, C.; FARNSWORTH, B.; WINNER, W.KOPPER, B. J.; LINDROTH, R .L.; NORDHEEIM,E. V.Título do ArtigoFlúor em chuva simulada: sintomatologia eefeitos sobre a estrutura foliar e o crescimentode plantas arbóreasDeposition and disease: a moss monitoringproject as an approach to ascertaining potentialconnectionsPeriodical effects of automobile pollution on thegrowth of some roadside treesEstudo anatômico foliar do clone híbrido 4430de Tradescantia: alterações decorrentes dapoluição aérea urbanaSituation in epicuticular waxes of birch (Betulapendula) leaves in air-polluted regionsStem injection of Populus nigra with EDU to studyozone efects under fields conditionsBiochemical changes in needles of Pinus radiataD. Don trees in relationship to long-term ozoneexposure indicesComparison among air pollutants, meteorologicalconditions and some chemical parameters inthe transplanted lichen Usnea amblyocladaRelationship between epiphytic lichens, trace elementsand gaseous atmospheric pollutantsPhotosynthesis, chlorophyll integrity, and spectralreflectance in lichens exposed to air pollutionEvaluation of bio-indication methods using epiphytesby correlating with SO2 pollution parametersEnvironmental accumulation of airborne fluoridesin RomaniaResponse of mosses to the heavy metal depositionin Poland - an overviewEffect of a chronic and moderate ozone pollutionon the phenolic pattern of bean leaves (Phaseolusvulgaris L. Cv Nerina): relations with visible injuryand biomass productionMetal content of dandelion (Taraxacum offcinale)leaves in relation to soil contamination and airborneparticulate matterBenzene, toluene, ethyl benzene and xylenes inambient air and Pinus sylvestris L. needles: acomparative study between Belgium, Hungary antLatviaPhotosynthesis and biomass allocation of radishcv. "Cherry Belle" in response to root temperatureand ozoneCO2 and O3 effects on paper birch (Betulaceae:Betula papyrifera) phytochemistry andwhitemarked tussock moth (Lymantriidae: Orgyialeucostigma) performanceReferênciaRev. Brasil. Bot., São Paulo, v.23, n.4, p. 383-391, 2000.The Science of the Total Environment, v. 249,p. 243-256, 2000.Ekologia (Bratislava), v.19, n1, p.104-110,2000.Rev. Brasil. Bot., São Paulo, v.24, n.4(suplemento), p. 567-576, 2001.Ekologica (Bratislava), v. 20, n. 3, p.284-291, 2001.Environmental Pollution, n.111, p.199-208,2001.Environmental Pollution, v.114, p.325-335,2001.Environmental Pollution, v.111, p.45-52,2001.Environmental Pollution, v.112, p.163-169,2001.Journal of Environmental Quality, v. 30(3):884-893, 2001.Lichenologist, v.33, n.3, p.249-260, 2001.Environmental Geochemistry and Health,v.23, p.43-51, 2001.Environmental Pollution, v.114, p.443-451,2001.Biochemical Systematic and Ecology, v.29,p.443-457, 2001.The Science of the Total Environment, v. 281,p. 63-78, 2001.Atmospheric Environmental, v.35, p.6327-6335, 2001.Environmental Pollution, v.111, p.127-<strong>13</strong>3,2001.Entomological Society of America, v30, n.6,p.1119-1126, 2001.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 33 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


KUBIZÑÁKOVÁ, J.LOPPI, S.AutorNIMIS, P. L.; ANDREUSSI, S.; PITTAO, E.SAITANIS, C. J.; KARANDINOS, M. G.SAITANIS, C. J.; RIGA-KARANDINOS, A.N.;KARANDINOS, M. G.UHLIG, C.; JUNTTILA, O.WAGER, D. J.2002NIEMI, R.; MARTIKAINEN, P.J.; SILVOLA, J.;HOLOPAINEN, T.ALESSIO, M.; ANSELMI, S.; CONFORTO, L.;IMPROTA, S.; MANES, F.; MANFRA, L.AMADO FILHO, G.M.; ANDRADE, L. R.;FARINA, M.; MALM, O.BRIGHIGNA, L.; PAPINI, A.; MOSTI, S.;CORNIA, A.; BOCCHINI, P.; GALLETTI, G.CARIGNAN, J.; SIMONETTI, A.; GARIÉPY, C.CLAIR ST., S. B.; CLAIR ST., L.L.; MANGELSON,N.F.; WEBER, D.J.EL-HASAN, T.; AL-OMARI, H.; JIRIES, A.; AL-NASIR, F.FIGUEIRA, R.; SÉRGIO, C.; SOUSA, A. J.GARTY, J.; LEVIN, T.; COHEN, Y.; LEHR, H.GERDOL, R.; BRAGASSA, L.; MARCHESINI, R.;MEDICI, A.; PEDRINI, P.; BENENDETTI, S.;BOVOLENTA, A.; COPPI, S.GIORDANI, P.; BRUNIALTI, G.; ALLETEO, D.MADKOUR, S.A.; LAURENCE, J.A.MANNING, W.J.; GODZIK, B.; MUSSELMAN,R.Título do ArtigoAtmospheric pollution as a stressor in disturbedspruce stands.Environmental distribution of mercury and othertrace elements in the geothermal area of Bagnore(Mt. Amiata, Italy)The performance of two lichen species asbioaccumulators of trace metalsInstrumental recording and biomonitoring ofambient ozone in the Greek countrysideEffects of ozone on chlorophyll and quantumyield of tobacco (Nicotiana tabacum L.) varietiesAirborne heavy metal pollution and its effects onfoliar elemental composition of Empetrumhermaphroditum and Vaccinium myrtillus in Sor-Varanger, northern NorwayMonitoring ozone concentrations and assessingrisk to vegetation in the central Wasatch MountainsOzone effects on Sphagnum mosses, carbon dioxideexchange and methane emission in borealpeat land microcosmsRadiocarbon as a biomarker of urban pollutionin leaves of evergreen species sampled in Romeand in rural areas (Lazio-Central Italy)Hg localization in Tillandsia usneoides L.(Bromeliaceae), an atmospheric biomonitorThe use of tropical bromeliads (Tillandsia sp)for monitoring atmospheric pollution in the townof Florence, ItalyDispersal of atmospheric lead in northeasternNorth America as recorded by epiphytic lichensInfluence of growth form on the accumulation ofairborne copper by lichensCypress tree (Cupressus semervirens L.) bark asan indicator for heavy metal pollution in the atmosphereof Amman City, Jordan.Distribution of trace metals in moss biomonitorsand assessment of contamination sources inPortugal.Biomonitoring air pollution with the desert lichenRamalina maciformis.Use of moss (Tortula muralis Hedw) for monitoringorganic and inorganic air pollution in urbanand rural sites in Northern Italy.Effects of atmospheric pollution on lichenbiodiversity (LB) in a Mediterranean region(Liguria, Northwest Italy).Egyptian plant species as new ozone indicators.Potential bioindicator plant species for ambientozone in forested mountain areas of central Europe.ReferênciaEkologica (Bratislava), v. 20, n. 1, p.80-94,2001.Chemosphere, v.45, p.991-995, 2001.The Science of the Total Environment, v.275,p.43-51, 2001.Chemosphere, v. 44, p. 8<strong>13</strong>-821, 2001.Chemosphere, v.42, p.945-953, 2001.Environmental Pollution, v.114, p. 461-469,2001.Dissertation. Utah State University, UnitedStates. MAI, 39/03, p. 762, Jun 2001. PublicationNumber: AAT 1402755The Science of the Total Environment, v. 289,p. 1-12, 2002.Atmospheric Environmental, v.36, p.5405-5416, 2002.Atmospheric Environment. v.36, p. 881-887,2002.Rev. Biol. Trop., v.50, n.2, p. 577-584, 2002.Atmospheric Environmental, v.36, p.3759-3766, 2002.Atmospheric Environmental, v.36, p.5637-5644, 2002.Environmental International, v.28, p.5<strong>13</strong>-519, 2002.Environmental Pollution, v.118, p.153-163,2002.Physiologia Plantarum. v.115, p.267, 2002.Atmospheric Environmental, v.36, p.4069-4075, 2002.Environmental Pollution, v.118, p.53-64,2002.Environmental Pollution, v.120, p.339-353,2002.Environmental Pollution, v.119, p.283-290,2002.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 34 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


AutorMORAES, R.M.; KLUMPP, A.; FURLAN, C.M.;KLUMPP, G.; DOMINGOS, M.; RINALDI,M.C.S.; MODESTO, I.F.ORLANDI, M.; PELFINI, M.; PAVAN, M.;SANTILLI, M.; COLOMBINI, M. P.PIGNATA, M.L.; GUDIÑO, G.L.; WANNAZ, E.D.;PLÁ, R.R.; GONZÁLEZ, C.M.; CARRERAS, H.A.;ORELLANA, L.SAITANIS, C.J.; KARANDINOS, M.G.SZAREK-LUKASZEWSKA, G.; GRODZINSKA, K;BRANIEWSKI, S.VERGÉ, X.; CHAPUIS, A.; DELPOUX, M.2003ACETO, M.; ORNELLA A.; CONCA, R.;MALANDRINO, M.; MENTASTI, E.;SARZANINI, C.ADAMO, P.; GIORDANO, S.; VINGIANI, S.;COBIANCHI, R. C.; VIOLANTE, P.ALAIMO, M. G.; COLOMBO, P.; FIRETTO, A.;TRAPANI, S.; VIZZI, D.; MELATI, M. R.BACKOR, M.; PAULIKOVA, K.; GERALSKA, A.;DAVIDSON, R.BARGAGLI, R.; MONACI, F.; AGNORELLI, C.CAPE, J. N.; LEITH, I. D.; BINNIE, J.; CONTENT,J.; DONKIN, M.; SKEWES, M.; PRICE, D.N.;BROWN, A. R.; SHARPE, A. D.CHAPPELKA, A. H.; NEUFELD, H. S.; DAVISON,A. W.; SOMERS, G. L.; RENFRO, J. R.COLLIER, M. D.; SHEPPARD, L. J.; CROSSLEY,A.; HANKE, D. E.COULSTON, J. W.; SMITH, G. C.; SMITH, W.D.DAVISON, A. W.; NEUFELD, H. S.; CHAPPELKA,A. H.; WOLFF, K.; FINKELSTEIN, P. L.EL-KHATIB, A. A.FERREIRA, M.I.; RODRIGUES, G.S.;DOMINGOS, M.; SALDIVA, P.H.N.FORNASIERO, R. B.FUERST, A.; SMIDT, S.; HERMAN, F.Título do ArtigoTropical fruit trees as bioindicators of industrialair pollution in southeast Brazil.Heavy metals variations in some conifers in Valled'Aosta (Western Italian Alps) form 1930 to 2000Atmospheric quality and distribution of heavymetals in Argentina employing Tillandsiacapillaris as a biomonitor.Effects of ozone on tobacco (Nicotiana tabacumL.) varieties.Heavy metal concentration in the mossPleurozium schreberi in the Niepolomice forest,Poland: chances during 20 years.Bioindicator reliability: the example of Bel W3tobacco (Nicotiana tabacum L.).The use of mosses as environmental metal pollutionindicators.Trace element accumulation by moss and lichenexposed in bags in the city of Naples (Italy)Stress induced injuries and trace element concentrationsin vascular leaf plants from an urbanenvironment, (Palermo, Italy).Monitoring of air pollution in Kosice (easternSlovakia) using lichens.Oak leaves as accumulators of airborne elementsin an area with geochemical and geothermalanomalies.Effects of VOCs on herbaceous plants in an opentopchamber experiment.Ozone injury on cutleaf coneflower (Rudbeckialaciniata) and crown-beard (Verbesinaoccidentalis) in Great Smoky Mountains NationalPark.Needle cytokinin content as a sensitivebioindicator of N pollution in Sitka spruceRegional assessment of ozone sensitive tree speciesusing bioindicator plants.Interpreting spatial variation in ozone symptomsshown by cutleaf cone flower, Rudbeckialaciniata L.The response of some common Egyptian plantsto ozone and their use as biomonitors.In Situ Monitoring of Mutagenicity of Air Pollutantsin São Paulo City Using Tradescantia - SHMBioassay.Fluorides effects on Hypericum perforatumplants: First field observations.Monitoring the impact of sulphur with the AustrianBioindicator Grid.ReferênciaEnvironmental International, v.28, p.367-374, 2002.Microchemical Journal, v.73, p.237-244,2002.Environmental Pollution, v.120, p.59-68,2002.J. Agronomy & Crop Science. v. 188, p. 51-58, 2002.Environmental Monitoring and Assessment,v.79, p.231-237, 2002.Environmental Pollution, v.118, p.337-349,2002.Chemosphere, v.50, p. 333-342, 2003.Environmental Pollution, v.122, p.91-103,2003.Journal of Trace Elements in Medicine andBiology, v. 17(Supplement 1): 65-74, 2003Polish Journal of Environmental Studies, v.12(2): 141-150, 2003.Environmental Pollution, v. 124(2): 321-329,2003.Environmental Pollution, v. 124(2): 341-353,2003.Environmental Pollution, v. 125(1): 53-59,2003.Plant Cell and Environment, v.26 (12): 1929-1939, 2003Environmental-Monitoring-and-Assessment,v. 83(2): 1<strong>13</strong>-127, 2003.Environmental Pollution, v.125 (1): 61-70,2003.Environmental Pollution, v. 124(3): 419-428,2003.Brazilian Archives of Biology and Technology,v.46, n.2, p. 253-258, 2003.Plant Science (Oxford), v.165 (3): 507-5<strong>13</strong>,2003.Environmental Pollution, v. 125(1): <strong>13</strong>-19,2003.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 35 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


AutorGARTY, J.; TOMER, S.; LEVIN, T.; LEHR, H.GEROSA, G.; MARZUOLI, R.; BUSSOTTI, F.;PANCRAZI, M.; BALLARIN, D. A.GOMBERT, S.; ASTA, J.; SEAWARD, M. R. D.GONZALEZ, C. M ; PIGNATA, M. L.;ORELLANA, L.GRACIANO, C.; FERNANDEZ, L. V.; CALDIZ ,D.O.GREGG, J. W.; JONES, C. G.; DAWSON, T. E.GRODZINSKA, K.; FRONTASYEVA, M.;SZAREK-LUKASZEWSKA, G.; KLICH, M.;KUCHARSKA-FABIS, A.; GUNDORINA, S. E.;OSTROVNAYA, T. M.KRISHNA, M. V. B.; KARUNASAGAR,D.;ARUNACHALAM, J.LOPPI, S.; BOSI, A.; SIGNORINI, C.; DE-DOMINICIS, V.LORENZINI, G.; LANDI, U.; LOPPI, S.; NALI, C.MAKHOLM, M. M.NOVAK, K.; SKELLY, J. M.; SCHAUB, M.;KRAUCHI, N.; HUG, C.; LANDOLT, W.;BLEULER, P.ORENDOVICI, T.; SKELLY, J. M.; FERDINAND,J. A.; SAVAGE, J. E.; SANZ, M. J.; SMITH, G. C.PASQUALINI, V.; ROBLES, C.; GARZINO, S.;GREFF, S.; BOUSQUET-MELOU, A.; BONIN, G.PICZAK, K.; LESNIEWICZ, A.; ZYRNICKI, W.PUGLISI, M.; PRIVITERA, M.; CENCI, R. M.;BEONE, G. M.RAUTIO, P.; HUTTUNEM, S.RIBAS, A.; PEÑUELAS, J.Título do ArtigoLichens as biomonitors around a coal-fired powerstation in Israel.Ozone sensitivity of Fagus sylvatica and Fraxinusexcelsior young trees in relation to leaf structureand foliar ozone uptake.Correlation between the nitrogen concentrationof two epiphytic lichens and the traffic density inan urban areaApplications of redundancy analysis for the detectionof chemical response patterns to air pollutionin lichen.Tillandsia recurvata L. as a bioindicator of sulfuratmospheric pollution.Urbanization effects on tree growth in the vicinityof New York City.Trace element contamination in industrial regionsof Poland studied by moss monitoring.Study of mercury pollution near a thermometerfactory using lichens and mosses.Lichen recolonization of Tilia trees in Arezzo(Tuscany, central Italy) under conditions of decreasingair pollution.Lichen distribution and bioindicator tobaccoplants give discordant response: a case studyfrom Italy.Assessing air pollution impacts: Biomonitoringwith lichens and mossesOzone air pollution and foliar injury developmenton native plants of Switzerland.Response of native plants of northeastern UnitedStates and southern Spain to ozone exposures;determining exposure/response relationships.Phenolic compounds content in Pinus halepensisMill. Needles: a bioindicator of air pollution.Metal concentrations in deciduous tree leavesfrom urban areas in Poland.Bryophytes as bioaccumulators of trace elementsin environmental monitoring of Mt. Etna (Sicily)Total vs. internal element concentrations in Scotspine needles along a sulphur and metal pollutiongradient.Biomonitoring of tropospheric ozone phytotoxicityin rural Catalonia.ReferênciaEnvironmental Research, v.91, p.186-198,2003.Environmental Pollution, v.125 (1): 91-98,2003.Environmental Pollution, v.123, p.281-290,2003.Science of the Total Environment, v. 312(1-3): 245-253, 2003Ecologia Austral, v.<strong>13</strong> (1): 3-14, 2003.Nature (London), v.424 (6945): 183-187,2003.Environmental-Monitoring-and-Assessment,v.87 (3): 255-270, 2003.Environmental Pollution, v. 124(3): 357-360,2003.Cryptogamie Mycologi, v.24 (2): 175-185,2003.Environ Monit. Assess., v. 82(3): 243-64,2003Dissertation. The University of Wisconsin,Madison, 2003, p. 105.Environmental Pollution, v. 125(1): 41-52,2003.Environmental Pollution, v. 125(1): 31-40,2003.Chemosphere, v.52, p.239-248, 2003.Environmental Monitoring and Assessment,v.86 (3): 273-287, 2003.Archivio Geobotanico, v. 9(1-2): 19-24, 2003Environmental Pollution, v.122, p.273-289,2003.Atmospheric Environmental, v.37, p.63-71,2003.ROBLES, C.; GREFF, S.; PASQUALINI, V.;GARZINO, S.; BOUSQUET-MELOU, A.;FERNANDEZ, C.; KORBOULEWSKY, N.;BONIN, G.Phenols and flavonoids in Aleppo pine needlesas bioindicators of air pollution.Journal-of-Environmental-Quality, v.32 (6):2265-2271, 2003.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 36 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


AutorSCHAUB, M.; SKELLY, J. M.; STEINER, K. C.;DAVIS, D. D.; PENNYPACKER, S. P.; ZHANG, J.;FERDINAND, J. A.; SAVAGE, J. E.; STEVENSON,R. E.SMITH, G.; COULSTON, J.; JEPSEN, E.;PRICHARD, T.SRIUSSADAPORN, C.; YAMAMOTO, K.;FUKUSHI, K.; SIMAZAKI, D.STABENTHEINER, E.; GROSS, A.; SOJA, G.;GRILL, D.SUMITA, N.M.; MENDES, M.E.; MACCHIONE,M.; GUIMARÃES, E.T.; de-LICHTENFELS,A.J.F.C.; de-LOBO, D.J.A.; SALDIVA, P.H.N.SUMITA, N. M.; MENDES, M. E.;MACCHIONE, M.; GUIMARAES, E.T.; DE-LICHTENFELS, A. J.; DE-LOBO, D. J.; SALDIVA,P. H.; SAIKI, M.SUN, E. J.; KANG, H. W.TONNEIJCK, A.E.G.; BERGE TEN, W.F.;JANSEN, B.P.YUSKA, D. E.; SKELLY, J. M.; FERDINAND, J. A.;STEVENSON, R. E.; SAVAGE, J. E.; MULIK, J.D.;HINES, A.ZSCHAU, T.; GETTY, S.; GRIES, C.; AMERON, Y.;ZAMBRANO, A.; NASH, T. H. III2004ABDUL-WAHAB, S. A.; YAGHI, B.ABOAL, J. R.; FERNANDEZ, J. A.;CARBALLEIRA, A.BAJPAI, R.; UPRETI, D. K.; MISHRA, S. K.BASSIN, S.; KOLLIKER, R.; CRETTON, C.;BERTOSSA, M.; WIDMER, F.; BUNGENER, P.;FUHRER, J.DEMIRBAS, A.FERNANDEZ, J.A.; ABOAL, J. R.; COUTO, J. A.;CARBALLEIRA, A.HERPIN, U.; SIEWERS, U.; MARKERT, B.;ROSOLEN, V.; BREULMANN, G.; BERNOUX,M.Título do ArtigoPhysiological and foliar injury responses ofPrunus serotina, Fraxinus americana, and Acerrubrum seedlings to varying soil moisture andozone.A national ozone biomonitoring program: Resultsfrom field surveys of ozone sensitive plants innortheastern forests (1994-2000).Comparison of DNA damage detected by plantcomet assay in roadside and non-roadside environments.Ozone biomonitoring using tobacco, Nicotianatabacum "BelW3"Tradescantia pallida cv. purpurea Boom in thecharacterization of air pollutionbioaccumulation of trace elements.Tradescantia pallida cv. purpurea boom in thecharacterization of air pollution by accumulationof trace elements.Tobacco clones derived from tissue culture withsupersensitivity to ozone.Monitoring the effects of atmospheric ethylenenear polyethylene manufacturing plants with twosensitive plant species.Use of bioindicators and passive sampling devicesto evaluate ambient ozone concentrationsin north central Pennsylvania.Historical and current atmospheric depositionto the epiphity lichen Xanthoparmelia inMaricopa County, Arizona.Use of plants to monitor contamination of air bySO2 in and around refineryOak leaves and pine needles as biomonitors ofairborne trace elements pollutionPollution monitoring with the help of lichentransplant technique at some residential sitesof Lucknow city, Uttar PradeshIntra-specific variability of ozone sensitivity inCentaurea jacea L., a potential bioindicator forelevated ozone concentrations.Trace element concentrations in ashes from varioustypes of lichen biomass speciesMoss bioconcentration of trace elements arounda FeSi smelter: modeling and cellular distributionSecond German heavy-metal survey by means ofmosses, and comparison of the first and secondapproach in Germany and other European countries.ReferênciaEnvironmental Pollution, v. 124(2): 307-320, 2003.Environmental Monitoring and Assessment,v.87 (3): 271-291, 2003.Mutation Research, v.541 (1-2): 31-44,2003.Acta Biologica Slovenica, 46(2): 21-28,2003Journal of the Air & Waste ManagementAssociation, v.53, P. 574-579, 2003.J. Air Waste Manag. Assoc., v. 53(5): 574-9,2003Environmental Pollution, v.125 (1): 111-115, 2003.Environmental Pollution, v.123, p.275-279,2003.Environmental Pollution, v.125 (1): 71-80,2003.Environmental Pollution, v. 125(1): 21-30,2003.Journal of Environmental Science andHealth Part A-Toxic Hazardous Substancesand-Environmental Engineering, v. 39(6):1559-1571, 2004.Environmental and Experimental Botany, v.51(3): 215-225, 2004.Journal of Environmental Biology, v. 25(2):191-195, 2004.Environ Pollut., v. <strong>13</strong>1(1): 1-12, 2004Energy Sources, v. 26(5): 499-506, 2004.Atmospheric Environment, v. 38(26): 4319-4329, 2004.Environmental Science and Pollution ResearchInternational, v. 11(1): 57-66, 2004.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 37 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


AutorLEHNDORFF, E.; SCHWARK, L.LOPPI, S.; FRATI, L.; PAOLI, L.; BIGAGLI, V.;ROSSETTI, C.; BRUSCOLI, C.; CORSINI, A.MAISTO, G.; ALFANI, A.; BALDANTONI, D.;DE-MARCO, A.; DE-SANTO, A. V.MANNING, W. J.; GODZIK, B.NALI, C.; CROCICCHI, L.; LORENZINI, G.OLIVA, S. R.; VALDES, B.OTVOS, E.; KOZAK, I. O.; FEKETE, J.;SHARMA, V. K.; TUBA, Z.PURVIS, O. W.; CHIMONIDES,P. J.; JONES, G.C.; MIKHAILOVA, I. N.; SPIRO, B.; WEISS, D.J.; WILLIAMSON, B. J.SALEMAA, M.; DEROME, J.; HELMISAARI, H.S.; NIEMINEN, T.; VANHA-MAJAMAA, K.SMIDT, S.; HERMAN, F.URBAT, M.; LEHNDORFF, E.; SCHWARK, L.YENISOY-KARAKAS,S.; TUNCEL, S. G.2005ALAIMO, M. G.; VIZZI, D.; MELATI, M. R.BASLAR, S.; DOGAN, Y.; YENIL, N.; KARAGOZ,S.; BAG, H.BENNETT, J. P.; BENSON, S.BIALONSKA, D.; DAYAN, F. E.BURKEY, K. O.; MILLER, J. E.; FISCUS, E. L.CELIK, A.; KARTAL, A. A.; AKDOGAN, A.;KASKA,Y.CHOUDHURY, S.; PANDA, S. K.Título do ArtigoBiomonitoring of air quality in the CologneConurbation using pine needles as a passivesampler - Part II: polycyclic aromatic hydrocarbons(PAH)Biodiversity of epiphytic lichens and heavy metalcontents of Flavoparmelia caperata thalli as indicatorsof temporal variations of air pollutionin the town of Montecatini Terme (central Italy)Trace metals in the soil and in Quercus ilex L.leaves at anthropic and remote sites of theCampania Region of ItalyBioindicator plants for ambient ozone in Centraland Eastern EuropePlants as indicators of urban air pollution(ozone and trace elements) in Pisa, ItalyLigustrum lucidum AIT. F. leaves as a bioindicatorof the air-quality in a Mediterranean CityAtmospheric deposition of polycyclic aromatichydrocarbons (PAHs) in mosses (Hypnumcupressiforme) in HungaryLichen biomonitoring near Karabash SmelterTown, Ural Mountains, Russia, one of the mostpolluted areas in the world.Element accumulation in boreal bryophytes, lichensand vascular plants exposed to heavymetal and sulfur deposition in FinlandEvaluation of air pollution-related risks for Austrianmountain forests.Biomonitoring of air quality in the Cologneconurbation using pine needles as a passivesampler - Part I: magnetic propertiesGeographic patterns of elemental deposition inthe Aegean region of Turkey indicated by the lichen,Xanthoria parietina (L.) Th. Fr.Histochemical properties and trace element concentrationsin Parietaria L. from urban sites(Palermo, Italy)Trace element biomonitoring by leaves of Populusnigra L. from Western Anatolia, TurkeyElemental content of lichens of the Point ReyesPeninsula, northern CaliforniaChemistry of the lichen Hypogymnia physodestransplanted to an industrial regionAssessment of ambient ozone effects on vegetationusing snap bean as a bioindicator speciesDetermining the heavy metal pollution in Denizli(Turkey) by using Robinio pseudo-acacia L.Toxic effects, oxidative stress and ultrastructuralchanges in moss Taxithelium nepalense(Schwaegr.) Broth. under chromium and leadphytotoxicityReferênciaAtmospheric Environment, v. 38(23): 3793-3808, 2004.Science of the Total Environment. V.326(1-3): 1<strong>13</strong>-122, 2004Geoderma, v. 122(2-4): 269-279, 2004.Environmental Pollution, v. <strong>13</strong>0(1): 33-39,2004.Journal of Environmental Monitoring, v.6(7): 636-645, 2004.Environmental Monitoring and Assessment,v. 96(1-3): 221-232, 2004.Science of the Total Environment, v. 330(1-3): 89-99, 2004.Proceedings of the Royal Society BiologicalSciences Series B, v. 271(1536): 221-226, 2004.Science of the Total Environment, v. 324(1-3): 141-160, 2004.Environ. Pollut., v.<strong>13</strong>0 (1): 99-112, 2004Atmospheric Environment, v. 38(23): 3781-3792, 2004.Science of the Total Environment, v. 329(1-3): 43-60, 2004.Aerobiologia, v. 21(1): 21-31, 2005.Journal of Environmental Biology, v. 26(4):665-668, 2005.Science-of-the-Total-Environment, v. 343(1-3): 199-206, 2005.Journal of Chemical Ecology, v. 31(12):2975-2991, 2005.Journal of Environmental Quality, v. 34(3):1081-1086, 2005.Environment-International, v. 31(1): 105-112, 2005.Water Air and Soil Pollution, v. 167(1-4):73-90, 2005.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 38 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


AutorFREMSTAD, E.; PAAL, J.; MOLS, T.HASSELBACH, L.; VER-HOEF, J. M.; FORD, J.;NEITLICH, P.; CRECELIUS, E.; BERRYMAN, S.;WOLK, B.; BOHLE, T.HIJANO, C. F.; DOMINGUEZ, M. D. P.;GIMENEZ, R. G.; SANCHEZ, P. H.; GARCIA, I.S.JOVAN, S.; MCCUNE, B.LEE, C. S. L.; LI, X.; ZHANG, G.; PENG, X.;ZHANG, L.LIU, W.; LI, P.J.; QI, X. M.; ZHOU, Q. X.;ZHENG, L.; SUN, T. H.; YANG, Y. S.LIU, X.; ZHANG, G.; JONES, K. C.; LI, X.;PENG, X.; QI, S.MANNING, W. J.MANKOVSKA, B.; PERCY, K, E.; KARNOSKY, D.F.MENDIL, D.; TUZEN, M.; YAZICI, K.; SOYLAK,M.MITCHELL, R. J.; TRUSCOT, A. M.; LEITH, I.D.; CAPE, J. N.; VAN-DIJK, N.; TANG, Y. S.;FOWLER, D.; SUTTON, M. A.NAIDOO, G.; NAIDOO, Y.SAIPUNKAEW, W.; WOLSELEY, P.;CHIMONIDES, P. J.SARDANS, J.; PENUELAS, J.SAXENA, D. K.; KAUR, H.SCHINTU, M.; COGONI, A.; DURANTE, L.;CANTALUPPI, C.; CONTU, A.SINGH, P. K.Título do ArtigoImpacts of increased nitrogen supply on Norwegianlichen-rich alpine communities: a 10-yearexperimentSpatial patterns of cadmium and lead depositionon and adjacent to National Park Servicelands in the vicinity of Red Dog Mine, AlaskaHigher plants as bioindicators of sulphur dioxideemissions in urban environmentsAir-quality bioindication in the greater centralvalley of California, with epiphytic macrolichencommunitiesBiomonitoring of trace metals in the atmosphereusing moss (Hypnum plumaeforme) in theNanling Mountains and the Pearl River Delta,Southern ChinaDNA changes in barley (Hordeum vulgare) seedlingsinduced by cadmium pollution using RAPDanalysisCompositional fractionation of polycyclic aromatichydrocarbons (PAHs) in mosses (Hypnumplumaeformae WILS.) from the northern slope ofNanling Mountains, South ChinaPinus cembra, a long term bioindicator for ambientozone in subalpine regions of theCarpathian MountainsImpacts of greenhouse gases on epicuticularwaxes of Populus tremuloides Michx.: resultsfrom an open-air exposure and a natural O3 gradient.Heavy metals in lichens from roadsides and anindustrial zone in Trabzon, TurkeyA study of the epiphytic communities of Atlanticoak woods along an atmospheric nitrogen depositiongradientCoal dust pollution effects on wetland tree speciesin Richards Bay, South AfricaEpiphytic lichens as indicators of environmentalhealth in the vicinity of Chiang Mai city, ThailandTrace element accumulation in the moss Hypnumcupressiforme Hedw. and the trees Quercus ilexL. and Pinus halepensis Mill. in CataloniaEffect of cadmium and nickel toxicity on the peroxidaseactivity and carotenoids content in mossThuidium cymbifolium.Moss (Bryum radiculosum) as a bioindicator oftrace metal deposition around an industrializedarea in Sardinia (Italy)Plants as indicators of air pollution: An IndianexperienceReferênciaJournal of Ecology, v. 2 93(3): 471-481,2005.Science-of-the-Total-Environment, v. 348(1-3): 211-230, 2005.Environmental Monitoring and Assessment,v. 111(1-3): 75-88, 2005.Ecological Applications, v. 15(5): 1712-1726, 2005.Atmospheric Environment, v. 39(3): 397-407, 2005.Chemosphere, v. 61(2): 158-167, 2005.Atmospheric Environment, v. 39(30): 5490-5499, 2005.Polish Botanical Studies, v. 19: 59-64,2005.Environ. Pollut, v. <strong>13</strong>7(3): 580-6, 2005Bulletin of Environmental Contaminationand Toxicology, v. 74(1): 190-194, 2005.Journal of Ecology, v. 93(3): 482-492, 2005.Wetlands Ecology and Management, v.<strong>13</strong>(5): 5<strong>09</strong>-515, 2005.Lichenologist (London), v. 37(Part 4): 345-356, 2005.Chemosphere, v. 60(9): 1293-<strong>13</strong>07, 2005.Indian Journal of Plant Physiology, v. 10(4):397-399, 2005.Chemosphere, v. 60(5): 610-618, 2005.Indian Forester, v. <strong>13</strong>1(1): 71-80, 2005.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 39 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


AutorSMYKLA, J.; SZAREK-GWIAZDA, E.;KRZEWICKA, B.SOLGA, A.; BURKHARDT, J.; ZECHMEISTER,H. G.; FRAHM, J.P.STEINNES, E.; ABERG, G.; HJELMSETH, H.WANG, C.; XING, D.; ZENG, L.; DING, C.;CHEN, Q.ZECHMEISTER, H. G.; HOHENWALLNER, D.;HANUS-ILLNAR, A.ZECHMEISTER, H. G.; RISS, A.;HOHENWALLNER,D.; HANUS-ILLNAR, A.;RODER, I.2006AKSOY, A.; DEMIREZEN, D.BYKOWSZCZENKO, N.; BARANOWSKA-BOSIACKA, I.; BOSIACKA, B.; KACZMAREK,A.; CHLUBEK, D.COSKUN, M.DAVIS, D. D.; ORENDOVICI, T.DIVRIKLI, U.; MENDIL, D.; TUZEN, M.;SOYLAK, M.; ELCI, L.GAEB, M.; HOFFMANN, K.; LOBE, M.;METZGER, R.; vAN-OOYEN, S.; ELBERS, G.;KOELLNER, B.GEMICI, M.; GEMICI, Y.; TAN, K.GULERYUZ, G.; ARSLAN, M.; IZGI, B.; GUCER,S.HABERER, K.; JAEGER, L.; RENNENBERG, H.IRITI, M.; BELLI, L.; NALI, C.; LORENZINI, G.;GEROSA, G.; FAORO, F.JOVAN, S.; McCUNE, B.Título do ArtigoTrace elements in the lichens Usnea aurantiacoatraand Usnea antarctica from the vicinity ofUruguay's Artigas Research Station on KingGeorge Island, Maritime AntarcticNitrogen content, 15N natural abundance andbiomass of two pleurocarpous mossesPleurozium schreberi (Brid.) Mitt. andScleropodium purum (Hedw.) Limpr. in relationto atmospheric nitrogen depositionAtmospheric deposition of lead in Norway: spatialand temporal variation in isotopic compositionEffect of artificial acid rain and SO2 on characteristicsof delayed light emissionEstimation of element deposition derived fromroad traffic sources by using mossesChanges in trace metal deposition in Austriabetween 1991 and 2000Fraxinus excelsior as a biomonitor of heavymetal pollutionDetermination of heavy metal concentration inmosses of Slowinski National Park using atomicabsorption spectrometry and neutron activationanalysis methodsAtmospheric deposition of heavy metals in thracestudied by analysis of Austrian pine (Pinus nigra)needlesIncidence of ozone symptoms on vegetationwithin a National Wildlife Refuge in New Jersey,USATrace metal pollution from traffic in Denizli-Turkeyduring dry seasonNIR-spectroscopic investigation of foliage ofozone-stressed Fagus sylvatica treesSulphur content of Red pine (Pinus brutia)needles and bark as indicator of atmosphericpollution in Southwest TurkeyElement content (Cu, Fe, Mn, Ni, Pb, and Zn) of theruderal plant Verbascum olympicum Boiss. fromEast Mediterranean.Seasonal patterns of ascorbate in the needles ofScots Pine (Pinus sylvestris L.) trees: Correlationanalysis with atmospheric O-3 and NO2 gas mixingratios and meteorological parametersOzone sensitivity of currant tomato (Lycopersiconpimpinellifolium), a potential bioindicator speciesUsing epiphytic macrolichen communities forbiomonitoring ammonia in forests of the greaterSierra Nevada, CaliforniaReferênciaPolish Botanical Studies, v. 19: 49-57, 2005.Environmental Pollution, v. <strong>13</strong>4(3): 465-473, 2005.Science of the Total Environment, 336(1-3):105-117, 2005Luminescence (Chichester), v. 20(1): 51-56,2005.Environmental Pollution, v. <strong>13</strong>8(2): 238-249, 2005.Polish Botanical Studies, v. 19: 27-34, 2005.Polish Journal of Environmental Studies,v.15(1): 27-33, 2006Polish Journal of Environmental Studies, v.15(1): 41-46, 2006.Bulletin-of Environmental Contaminationand Toxicology, v. 76(2): 320-326, 2006.Environmental Pollution, v. 143(3): 555-564, 2006.Biomedical and Environmental Sciences, v.19(4): 254-261, 2006.Journal of Forest Research, v. 11(2): 69-75,2006.Phytologia Balcanica, v. 12(2): 267-272,2006.Zeitschrift fuer Naturforschung Section C -Journal of Biosciences, v. 61(5-6): 357-362,2006.Environmental Pollution, v. <strong>13</strong>9(2): 224-231, 2006.Environmental Pollution, v. 141(2): 275-282, 2006.Water Air and Soil Pollution, v. 170(1-4):69-93, 2006.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 40 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


AutorKLUMPP, A.; ANSEL, W.; KLUMPP,G.;CALATAYUD, V.; GARREC, J. P.; HE, S.;PENUELAS, J.; RIBAS ,A. RO-POULSEN, H.;RASMUSSEN, S.;SANZ, M. J. VERGNE, P.KLUMPP, A.; ANSEL, W.; KLUMPP, G.;VERGNE, P.; SIFAKIS, N.; SANZ,M. J.;RASMUSSEN, S.; RO-POULSEN, H.; RIBAS, A.;PENUELAS, J.; KAMBEZIDIS, H.; HE, S.;GARREC, J. P.; CALATAYUD, V.KUANG-YUAN-WEN; ZHOU-GUO-YI; WEN-DA-ZHI; LIU-SHI-ZHONGLOPPI, S.; FRATI, L.LORENZINI, G.; GRASSI, C.; NALI, C.; PETITI,A.; LOPPI, S.; TOGNOTTI, L.MANDIWANA, K. L.; RESANE, T.; PANICHEV,N.; NGOBENI, P.NALI, C; FRANCINI, A; LORENZINI, G.NG, O. H.; TAN, B. C.; OBBARD, J. P.NUHOGLU, Y.ONDER, S.; DURSUN, S.PIRAINO, F.; AINA, R.; PALIN, L.; PRATO, N.;SGORBATI, S.; SANTAGOSTINO, A.;CITTERIO, S.PIRAINO, F.; AINA, R.; PALIN, L.; PRATO, N.;SGORBATI, S.; SANTAGOSTINO, A.;CITTERIO, S.RAI, A.; KULSHRESHTHA, K.RAMO, K.; SLOTTE, H.; KANERVA, T.;OJANPERA, K.; MANNINEN, S.REIMANN, C.; ARNOLDUSSEN, A.; BOYD, R.;FINNE, T. E.; NORDGULEN, O.; VOLDEN, T.;ENGLMAIER, P.SCHROETER-KERMANI, C.; KREFT, D.;SCHILLING, B.; HERRCHEN, M.; WAGNER, G.SIRITO-DE-VIVES, A. E.; MOREIRA, S.;BOSCOLO-BRIENZA, S. M.; SILVA-MEDEIROS,J. G.; TOMAZELLO-FILHO, M.; ARAUJO-DOMINGUES-ZUCCHI, O. L.; DO-NASCIMENTO-FILHO, V. F.Título do ArtigoTradescantia micronucleus test indicatesgenotoxic potential of traffic emissions in EuropeancitiesOzone pollution and ozone biomonitoring in Europeancities Part II. Ozone-induced plant injuryand its relationship with descriptors ofozone pollutionAcidity and conductivity of Pinus massonianabark as indicators to atmospheric acid depositionin Guangdong, ChinaLichen diversity and lichen transplants as monitorsof air pollution in a rural area of centralItalyLeaves of Pittosporum tobira as indicators ofairborne trace element and PM10 distributionin central ItalyThe application of tree bark as bio-indicator forthe assessment of Cr(VI) in air pollutionBiological monitoring of ozone: the twenty-yearItalian experienceLichens as bioindicators of atmospheric heavymetal pollution in SingaporeA new approach to air pollution determinationusing annual rings: Dendro-chemical elementalanalysis of annual rings by SEM-EDSAir borne heavy metal pollution of Cedrus libani(A. Rich.) in the city center of Konya (Turkey)Air quality biomonitoring: assessment of airpollution genotoxicity in the Province of Novara(North Italy) by using Trifolium repens L. and molecularmarkers.Air quality biomonitoring: Assessment of airpollution genotoxicity in the Province of Novara(North Italy) by using Trifolium repens L. andmolecular markersEffect of particulates generated from automobileemission on some common plantsGrowth and visible injuries of four Centaureajacea L. ecotypes exposed to elevated ozone andcarbon dioxideThe influence of a city on element contents of aterrestrial moss (Hylocomium splendens)Polycyclic aromatic hydrocarbons in pine andspruce shoots - temporal trends and spatial distributionMonitoring of the environmental pollution bytrace element analysis in tree-rings using synchrotronradiation total reflection X-ray fluorescenceReferênciaEnvironmental Pollution, v. <strong>13</strong>9(3): 515-522, 2006.Atmospheric Environment, v. 40(38): 7437-7448, 2006.Journal of Environmental Sciences (China),v. 18(5): 916-920, 2006.Environmental Monitoring and Assessment,v. 114(1-3): 361-375, 2006.Atmospheric Environment, v. 40(22): 4025-4036, 2006.Journal of Hazardous Materials, v. <strong>13</strong>7(2):1241-1245, 2006.Journal of Environmental Monitoring, v.8(1): 25-32, 2006.Environmental Monitoring and Assessment,v. 123(1-3): 63-74, 2006.Polish Journal of Environmental Studies,v. 15(1): 111-119, 2006Atmospheric Environment, v. 40(6): 1122-1<strong>13</strong>3, 2006.Sci. Total Environ., v. 372(1): 350-9, 2006Science of the Total Environment, v. 372(1):350-359, 2006.Journal of Food Agriculture and Environment,v. 4(1): 253-259, 2006.Environmental and Experimental Botany,v. 58(1-3): 287-298, 2006.Science of the Total Environment, v. 369(1-3): 419-432, 2006.Journal of Environmental Monitoring, v.8(8): 806-811, 2006.Spectrochimica Acta Part B - Atomic Spectroscopy,v. 61(10-11, Sp. Iss. SI): 1170-1174, 2006.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 41 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


SUZUKI, K.AutorWEISSMAN, L.; FRAIBERG, M.; SHINE, L.;GARTY, J.; HOCHMAN, A.WOO, S. Y.ZECHMEISTER, H. G.; DULLINGER, S.;HOHENWALLNER, D.; RISS, A.; HANUS-ILLNAR, A.; SCHARF, S.2007BERGAMASCHI, L.; RIZZIO, E.; GIAVERI, G;LOPPI, S; GALLORINI, M.CALATAYUD, V.; SANZ, M. J.; CALVO, E.;CERVERO, J.; ANSEL, W.; KLUMPP, A.CAMERON, R. P.; NEILY, T.; RICHARDSON, D.H. S.CAYIR, A.; COSKUN, M.; COSKUN, M.CONTRAN, N.; PAOLETTI, E.DAVIS, D. D.; McCLENAHEN, J. R.; HUTNIK,R. J.GALUSZKA, A.KOHUT, R.KROMMER, V.; ZECHMEISTER, H. G.;RODER, I.; SCHARF, S.; HANUS-ILLNAR, A.MCCLENAHEN, J. R.; DAVIS, D. D.; HUTNIK,R. J.NOVAK, K.; CHERUBINI, P.; SAURER, M.;FUHRER, J.; SKELLY, J. M.; KRAEUCHI, N.;SCHAUB, M.OSYCZKA, P.; DUTKIEWICZ, E. M.; OLECH,M.Título do ArtigoCharacterization of airborne particulates andassociated trace metals deposited on tree barkby ICP-OES, ICP-MS, SEM-EDX and laser ablationICP-MSResponses of antioxidants in the lichen Ramalinalacera may serve as an early-warningbioindicator system for the detection of air pollutionstressTrends of several air pollutants and the effects ofozone on the plant antioxidant system in Platanusoccidentalis in KoreaPilot study on road traffic emissions (PAHs, heavymetals) measured by using mosses in a tunnelexperiment in Vienna, AustriaComparison between the accumulation capacityof four lichen species transplanted to a urbansiteOzone biomonitoring with Bel-W3 tobacco plantsin the city of Valencia (Spain)Macrolichen indicators of air quality for NovaScotiaDetermination of atmospheric heavy metal pollutionin Canakkale and Balikesir provinces usinglichen (Cladonia rangiformis) as abioindicatorVisible foliar injury and physiological responsesto ozone in Italian provenances of Fraxinus excelsiorand F. ornusUse of the moss Dicranum montanum to evaluaterecent temporal trends of mercury accumulationin oak forests of PennsylvaniaDistribution patterns of PAHs and trace elementsin mosses Hylocomium splendens (Hedw.) BSGand Pleurozium schreberi (Brid.) Mitt. from differentforest communities: A case study, southcentralPolandAssessing the risk of foliar injury from ozone onvegetation in parks in the US National ParkService's Vital Signs NetworkMonitoring atmospheric pollutants in the biospherereserve Wienerwald by a combined approachof biomonitoring methods and technicalmeasurementsMacrolichens as biomonitors of air-qualitychange in western PennsylvaniaOzone air pollution effects on tree-ring growth,delta C-<strong>13</strong>, visible foliar injury and leaf gas exchangein three ozone-sensitive woody plant speciesTrace elements concentrations in selected mossand lichen species collected within Antarctic researchstationsReferênciaAtmospheric Environment, v. 40(14): 2626-2634, 2006.FEMS Microbiology Ecology, v. 58(1): 41-53, 2006.Journal of Korean Forestry Society, v. 95(2):183-187, 2006.Environmental Science and Pollution ResearchInternational, v. <strong>13</strong>(6): 398-405,2006.Environmental Pollution, v. 148(2): 468-476, 2007.Water Air and Soil Pollution, v. 183(1-4):283-291, 2007.Northeastern Naturalist, v. 14(1): 1-14,2007.Bulletin of Environmental Contaminationand Toxicology, v. 79(4): 367-370, 2007.The Scientific World JOURNAL, v. 7: 90-97,2007.Northeastern Naturalist, v. 14(1): 27-34,2007.Chemosphere, v. 67(7): 1415-1422, 2007.Environmental Pollution, v. 149(3): 348-357, 2007.Chemosphere, v. 67(10): 1956-1966, 2007.Northeastern Naturalist, v. 14(1): 15-26,2007.Tree Physiology, v. 27(7): 941-949, 2007.Polish Journal of Ecology, v. 55(1): 39-48,2007.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 42 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


AutorPINA, J. M.; MORAES, R. M.REY-ASENSIO, A.; CARBALLEIRA, A .SAIPUNKAEW, W.; WOLSELEY, P. A.;CHIMONIDES, P. J.; BOONPRAGOB, K.SHARMA, S.SZCZEPANIAK, K.; ASTEL, A.; SIMEONOV, V.;TSAKOVSKI, S; BIZIUK, M.; BODE, P.;PRZYJAZNY, A.WANG, X.; ZHENG, Q.; YAO, F.; CHEN, Z.;FENG, Z.; MANNING, W .J.Título do ArtigoOzone-induced foliar injury in saplings ofPsidium guajava 'Paluma' in Sao Paulo, BrazilLolium perenne as a biomonitor of atmosphericlevels of fluorideEpiphytic macrolichens as indicators of environmentalalteration in northern ThailandMarchantia polymorpha L: A bioaccumulatorComparison of dry and living Sphagnum palustremoss samples in determining theirbiocumulative capability as biomonitoring toolAssessing the impact of ambient ozone on growthand yield of a rice (Oryza sativa L.) and a wheat(Triticum aestivum L.) cultivar grown in theYangtze Delta, China, using three rates of applicationof ethylenediurea (EDU)ReferênciaChemosphere, v. 66(7): <strong>13</strong>10-<strong>13</strong>14, 2007.Environment International. 2007; 33(4):583-588Environmental Pollution, v. 146(2): 366-374, 2007.Aerobiologia, v. 23(3): 181-187, 2007.Journal of Environmental Science andHealth Part A - Toxic Hazardous Substancesand Environmental Engineering, v. 42(8):1101-1115, 2007.Environmental Pollution, v. 148(2): 390-395, 2007REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBURGER, J. Bioindicators: A review of theiruse in the environmental literature 1970-2005. Environmental Bioindicators, v.1, n.2,p.<strong>13</strong>6-144, 2006. Disponível em: . Acesso em: 05 nov. 2008.CARRERAS, H. A.; PIGNATA, M. L. Comparisonamong air pollutants, meteorological conditionsand some chemical parameters inthe transplanted lichen Usneaamblyoclada. Environmental Pollution,v.111, p.45-52. Jan. 2001.CARNEIRO, R. M. A. Bioindicadores vegetaisde poluição atmosférica: uma contribuiçãopara a saúde da comunidade. 2004. 146f.Dissertação (Mestrado). Escola deEnfermagem de Ribeirão Preto, Universidadede São Paulo, Ribeirão Preto-SP.DOMINGOS, M.; KLUMPP, A.; KLUMPP, G. Airpollution impact on the Atlantic forest in theCubatão region, SP, Brazil. Ciência e CulturaJournal of the Brazilian Association for theAdvancement of Science, v. 50, n.4, p. 230-236. July/August. 1998.GARTY.J.; KLOOG.N.; COHEN. Y. Integrity of lichencell membranes in relation to concentrationof airborne elements. Arch. Environ.Contam. Toxicol. v. 34, p.<strong>13</strong>6-144, 1998.Disponível em: . Acesso em:17 jan. 2004.GREENHALGH, T. Papers that summarize otherpapers (systematic reviews and meta-analyses).BMJ, v. 315, p. 672-3. Jul/Aug. 1997.KLUMPP, A.; DOMINGOS, G.; KLUMPP, G. Assessmentof the vegetation risk by fluorideemissions from fertilizer industries atCubatão, Brazil. The Science of the Total Environment,v.192, p.219-228. March. 1996.KLUMPP, A.; ANSEL, W.; KLUMPP, G.; FOMIN, A.Um novo conceito de monitoramento ecomunicação ambiental: a rede européiapara a avaliação da qualidade do ar usandoplantas bioindicadoras (EuroBionet). Rev.Bras. Bot., n. 4. supl., 511-518. dez. 2001.KLUMPP, A.; KLUMPP, G.; ANSEL, W. Eurobionet:standardized methods for biomonitoring airquality in European cities. Inter. Soc. Environ.Botanists, v.9, n.3, 2003. EnviroNews, Newsletterof ISEB India. Disponível em: Acessoem: 05 fev. 20<strong>09</strong>.KRUPA, S.V.; LEGGE, A.H. Foliar injury symptomsof Saskatoon serviceberry (Amelanchieralnifolia Nutt.) as a biological indicador ofambient sulfur dioxide exposures. EnvironmentalPollution, v.106, p.449-454, 1999.Disponível em: < http://www.sibi.usp.br/sibi/biblioteca/revista/selecao.php> Acesso em:17 jan. 2004.MUÑOZ, S. I. S.; TAKAYANAGUI, A.M.M.;SANTOS, C.B.; SANCHEZ_SWEATMAN, O.Revisão Sistemática de literatura emetanálise: desenho, interpretação eaplicação na área da saúde. Anais do 8.ºSimpósio de Comunicação em Enfermagem.SIBRACEN. maio. 2002. Disponível em: http://www.proceedings.scielo.br/ - Eventos.REISS, R.; ANDERSON, E. L.; HIDY, G.; HOEL, D.;MAcCLELLAN, R.; MOOLGAVKAR, S. Evidenceof health impacts of sulfate and nitrate containingparticles in ambient air. Inhal.Toxicol., v. 19, n. 5, p. 419-49, 2007. Disponívelem: Acesso em: 07 jan. 20<strong>09</strong>.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 43 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


KREWSKI, D. Evaluating the effects of ambientair pollution on life expectancy. N. Engl.J. Med, v. 360, n. 4, p. 4<strong>13</strong>-415, 20<strong>09</strong>.Disponível em < http://content.nejm.org/cgi/content/full/360/4/4<strong>13</strong>> Acesso em: Acessoem: 07 jan. 20<strong>09</strong>.SCERBO, R.; POSSENTI, L.; LAMPUGNANI, L.;RISTORI, T.; BARALE, R. Lichen (Xanthoriaparietina) biomonitoring of trace elementcontamination and air quality assessmentin Livorno Province (Tuscany, Italy). The Scienceof the Total Environment, v.241, p.91-106, 1999. Disponível em: Acesso em: 17 jan. 2004.SILVA, L.C.; AZEVEDO, A. A.; SILVA, E. A. M.; OLIVA,M. A. Flúor em chuva simulada:sintomatologia e efeitos sobre a estruturafoliar e o crescimento de plantas arbóreas.Rev. Brasileira de Botânica, São Paulo, v.23,n.4, p. 383-391, 2000. Disponível em: Acesso em: 17 jan. 2004.SUMITA, N.M.; MENDES, M.E.; MACCHIONE,M.; GUIMARÃES, E.T.; LICHTENFELS, A.J.F.C.;LOBO, D.J.A.; SALDIVA, P.H.N. Tradescantiapallida cv. purpurea Boom in the characterizationof air pollution by accumulation oftTrace elements. Journal of the Air & WasteManagement Association, v.53, p. 574-579.2003.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 44 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


A identificação dos resíduos em uma indústria dealimentos e sua política ambientalRESUMOEste artigo tem como objetivo apresentar um estudo relacionado à investigação dosimpactos ambientais gerados a partir do processo produtivo de uma indústria dealimentos oriundos da soja, identificando os resíduos gerados pela empresa e a formade destinação. Foram realizadas visitas técnicas à empresa, entrevistas não estruturadase análise de documentação. Os resultados evidenciaram que a empresa tem consciênciada importância da gestão dos recursos naturais, considerando seus resíduos como ummaterial com potencial de reaproveitamento e demonstra através de sua política deresponsabilidade ambiental atitudes sustentáveis.PALAVRAS-CHAVE: Resíduos, Recursos, Impactos.ABSTRACTThis paper aims to present a research study related to the environmental impacts generatedfrom the production process of an industry of food from the soybean, identifying thewaste generated by the company and the form of assignment. Were conducted technicalvisits to the company, unstructured interviews and analysis of documentation. The resultsshowed that the company is aware of the importance of managing natural resources,considering their waste as a material with the potential for reuse and demonstratesthrough its politics of environmental responsibility attitudes sustainable.KEYWORDS: Waste, Resourses, Impacts.Elisangela N. BrandliProfessora Mestre em Engenharia,Faculdade AnhangueraE-mail: elisnicoloso@yahoo.com.brAdalberto PandolfoProfessor Doutor, Programa de Pós-Graduação em Engenharia (PPGENG),Universidade de Passo Fundo (UPF),Faculdade de Engenharia e Arquitetura (FEAR)Jalusa GuimarãesBolsista Pibic, Faculdade de Engenharia eArquitetura (FEAR)Universidade de Passo Fundo (UPF)Marco Aurelio Stumpf GonzálezDr. Em Eng. Programa de Pos Graduação emEngenharia (PPGE), UnisinosRenata ReinehrBolsista Cnpq, Faculdade de Engenharia eArquitetura (FEAR), Universidade de PassoFundo (UPF)Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 45 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


DESENVOVIMENTO SUSTENTÁVEL:A RELAÇÃO DA INDÚSTRIA COM OMEIO AMBIENTEO aumento da pressão pelaconservação dos ecossistemas, a maiorrigidez da legislação ambiental e apreocupação cada vez maior dosconsumidores com a qualidade ambientaldos produtos têm conduzido as empresas areverem suas estratégias de produção industrial.À medida que aumentam aspreocupações com a melhoria da qualidadedo meio ambiente, as organizações demaneira crescente voltam suas atençõespara os potenciais impactos de suasatividades, produtos e serviços. Dessaforma, a NBR 14001:2004 apresentaespecificações e diretrizes para auxiliar asorganizações na implementação de umsistema de gestão ambiental. Esta normadefine, além de outros itens, aspectoambiental, impacto ambiental e desempenhoambiental. Aspecto ambiental é o elementodas atividades, produtos ou serviços de umaorganização que pode interagir com o meioambiente. Já impacto ambiental é qualquermodificação no meio ambiente, adversa oubenéfica que resulte, no todo ou em parte,das atividades, produtos ou serviços de umaorganização. O desempenho ambiental é amedida de quão bem uma organização estásaindo em relação ao cuidado com o meioambiente, principalmente em relação àdiminuição de seu impacto ambiental global.O desempenho ambiental de umaorganização vem ganhando importânciacada vez maior para as partes interessadas,internas e externas (GHENO, 2006). SegundoLibera (2003), a indústria acaba afetando omeio ambiente (seja pelo uso de recursosnaturais, produção de resíduos, liberaçãode gases, etc.), sendo importante adotar umagestão estratégica em relação às questõesambientais, e os impactos gerados nestaárea devem ser avaliados, quantificados,mensurados e informados, gerando, comisso, uma contribuição em benefício dasociedade.O Conselho Empresarial para oDesenvolvimento Sustentável (BCSD, 2006),em um estudo sobre a publicação derelatórios de sustentabilidade em Portugal,afirma que o desenvolvimento sustentávelestá cada vez mais presente na agenda dasempresas. Cada empresa, dentro das suascircunstâncias particulares, estabelece asua visão de sustentabilidade, procurandodesenvolver melhores práticas e com elascriar vantagens competitivas para o seunegócio.A visão empresarial mostra que osexecutivos estão convencidos que odesenvolvimento sustentável éeconomicamente lucrativo e garante o futurodas empresas (SCHMIDHEINY, 1992).Dessa forma, esta pesquisa apresenta umestudo de caso em uma indústria dealimentos localizada na cidade de PassoFundo/RS, detalhando os aspectos eimpactos ambientais inerentes a cada etapado processo produtivo, identificando osresíduos gerados pela unidade, bem como adestinação final dos mesmos.METODOLOGIAPara a realização do presenteestudo, foram utilizados múltiplos meios efontes de coletas de dados, como: visitas aindústria, entrevistas não estruturadas eanálise documental.RESULTADOSA empresaAtualmente, a Bünge tem unidadesindustriais, silos e armazéns nas Américasdo Norte e do Sul, Europa, Austrália e Índia;no Brasil possui mais de 300 instalaçõesentre fábricas, portos, centros dedistribuição e silos. Presente em 16 estadosbrasileiros, a empresa atua nos setores defertilizantes, agronegócio e alimentos.O objeto de estudo desta pesquisaé a unidade da Bünge alimentos de PassoFundo, Rio Grande do Sul (Brasil), localizadana RS 153, km 2. Essa unidade desenvolveas atividades de agronegócios e produtos;sendo que a divisão de agronegócios produzfarelo de soja e óleo degomado, o qual érefinado pela divisão produtos e expedidoem latas, bombonas ou a granel. A indústriapossui aproximadamente 150 funcionáriospróprios e conta com 60 funcionáriosterceirizados. Possui a certificação ISO9001 desde 2004.A unidade de Passo Fundo estásituada em um ponto estratégico em termosregionais, possibilitando a diminuição dosvalores gastos com a obtenção de matériaprimae com a distribuição de produtosacabados.Responsabilidade ambientalPor meio de sua Política deSustentabilidade, a empresa põe em práticaseu compromisso com o desenvolvimentosustentável em suas operações em todos ospaíses nos quais atua.O Quadro 1 apresenta os trêspilares de sustentabilidade da empresa,conforme a NBR 16001:2004, que trata dosrequisitos de sistema de gestão daresponsabilidade social.Desenvolvimento EconômicoResponsabilidade SocialResponsabilidade AmbientalSUSTENTABILIDADEA parceria com o produtor rural e demais stakeholders, gerando empregos,divisas e riquezas para o país.A crença na participação comunitária e nos valores da cidadaniaempresarial moldando políticas em benefício de todos.A preocupação com os recursos naturais e o respeito ao meio ambienteconduzindo políticas e ações que integram homem e natureza.Quadro 1: Os três pilares da sustentabilidade da empresa - Fonte: Relatório de sustentabilidade (BUNGE BRASIL, 2005)Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 46 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


A Política de Sustentabilidadeestabelece os seguintes compromissos(BUNGE BRASIL, 2005):• Associar os objetivos de negócios àsquestões da responsabilidadeocioambiental;• Buscar ir além do cumprimento dalegislação ambiental local e outrosrequisitos aplicáveis aos seus processos,produtos e serviços;• Promover a melhoria ambiental contínuae o desenvolvimento sustentável, aplicandoos princípios do gerenciamento, indicadoresde desempenho e avaliações de riscoambiental;• Investir na formação de parceiros, quedevem entender os conceitos empregados eapresentar sua visão do processo;• Manter uma postura ética e transparenteem todas as atividades e relacionamentosde negócios;• Gerar empregos, renda e riquezas para ascomunidades e o país onde opera;• Demonstrar responsabilidade socialprocurando atender as necessidades dascomunidades onde atua e promover o usoresponsável dos recursos naturais;• Contribuir para o desenvolvimento dacidadania por meio de ações de valorizaçãoda educação e do conhecimento.Política AmbientalA empresa é comprometida com amelhoria contínua da gestão ambiental emtodos os níveis, negócios e regiões deatuação, e adotou a seguinte políticaambiental global:• Conduzir os negócios de modo a promovera qualidade ambiental.• Para atender esta política, a Bünge secompromete a:• Cumprir a legislação ambiental e outrosrequisitos aplicáveis aos seus processos,produtos e serviços;• Promover a melhoria ambiental contínuae o desenvolvimento sustentável, aplicandoos princípios do gerenciamento ambiental,indicadores de desempenho e avaliações derisco ambiental;• Prover e apoiar o treinamento em gestãoambiental, respeito ao meio ambiente eresponsabilidade de desempenho ambientalpara os seus colaboradores;• Medir e avaliar o desempenho ambientalassociado aos processos de suasinstalações, produtos e serviços;• Atuar com responsabilidade social,procurando atender às necessidadesambientais de suas comunidades epromovendo o uso responsável dos recursosnaturais;• Buscar a prevenção da poluição, a reduçãode resíduos, o reúso e a reciclagem e seusprocessos, produtos e serviços, quandotecnicamente viáveis e economicamentejustificáveis.O processo produtivo e a geração de resíduosO processo de produção da soja,mostrado na Figura 1 apresenta de formaresumida as etapas, conforme as setasindicativas, da ordem de produção.RECEBIMENTO DE SOJA / BALANÇAARMAZENAGEMSECAGEM DE SOJAPREPARAÇÃO DA SOJAEXTRAÇÃO DA SOJAEXTRAÇÃO DO ÓLEOARMAZENAGEM / EXP<strong>EDIÇÃO</strong> DE FARELONEUTRALIZAÇÃO / BRANQUEAMENTODESODORIZAÇÃOENVASEARMAZENAGEM / EXP<strong>EDIÇÃO</strong>Figura 1: Fluxograma do processo produtivo - Fonte: Cadastro do processo industrialRevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 47 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


O processo produtivo inicia com orecebimento da soja, pelos caminhõesgraneleiros diretamente das lavouras, ondeé pesada e inspecionada. A soja armazenadapassa pela secagem por combustão a lenha,posteriormente os grãos são quebrados,destilados e hidratados, resultando no óleodegomado, que após a neutralização,branqueamento e desodorização, passa peloenvase, terminando na expedição onde éencaminhado à pesagem. O farelo é estocadoem armazéns graneleiros para posteriorexpedição.Levantamento dos aspectos e impactosambientais inerentes ao processo produtivoda empresaNo Quadro 2 estão descritos osaspectos e impactos ambientais inerentes acada processo produtivo, baseados nosrelatórios de identificação, disponibilizadosQuadro 2: Aspectos e impactos ambientais do processo produtivo -Processo ProdutivoAspectos ambientaisBPF (Boas Práticas de Fabricação)Impactos ambientaisRecebimento desoja/BalançaArmazenagem/Secagem da sojaPreparação da sojaExtração da soja/óleoArmazenagem/Expedição do fareloNeutralização/Branqueamento/DesodorizaçãoEnvaseArmazenagem/ExpediçãoConsumo de combustível; Papelão; Descarte de pneus, pilhas, baterias, cartuchotoner e EPI´s; Emissão de Gases e Vapores.Geração de resíduos sólidos; Vazamento de óleo hidráulico; Descartes de pilhas,baterias, vidros, materiais refratários, graxas, óleo lubrificante, fusíveis, pontade eletrodo, circuitos eletrônicos, cinza e borracha; Resíduos de limpeza de fossaséptica, caixa de gordura; Sucata de metal contaminada ou não; Resíduo orgânico;Borra de soldagem; Consumo de energia elétrica, água, madeira; Emissão departiculado, pó; Efluente de pintura.Consumo de soja, vapor, energia elétrica; Descartes de produtos químicos, pilhas,baterias, vidros, graxas, óleo lubrificante / hidráulico, amido, feltros dos mancais,silicato de cálcio, circuitos eletrônico, efluente c/ detergente, ponta de eletrodoe borracha; Resíduos orgânicos; Sucata de metal contaminada ou não; Explosão;Incêndio; Emissão de particulado, pó; Efluente de pintura, oleoso; Bombonasplásticas.Emissão de gases e vapores; Sucatas de metal contaminadas; Resíduos de varrição,orgânicos; Efluentes de pintura, oleoso, químico; Descarte de amianto, papelão,papel, gaxeta, borracha, óleo lubrificante, materiais de isolamento térmico,pilhas, baterias, fusível, massa de calafetar; Plásticos; Borracha; Embalagensmetálicas contaminadas; Panos de limpeza contaminados; Resíduos de limpezana caixa de gordura; Consumo de energia elétrica, água.Resíduos de varrição, orgânicos; Geração de efluente orgânico, resíduos sólidos;Descarte de óleo lubrificante, óleo hidráulico, filtro de óleo diesel e óleolubrificante, filtro de ar, pneus, mangueira de óleo hidráulico, vidro, pincéis,entulhos, ponta de eletrodo, borra de soldagem, resíduos sólidos, graxa, borracha;Descarte de sucata de metal contaminada; Emissão de pó, gases, vapores;Consumo de combustível, energia elétrica; Efluente de pintura, químico; Explosão;Panos de limpeza contaminado; Derramamento de farelo, óleo combustível,lubrificante e graxa.Efluentes de pintura, químicos, oleosos; Madeira; Plásticos; Papel / papelão;Derramamento de borra, produto químico, goma, fluido térmico, óleo vegetal,óleo lubrificante, ácido graxo; Descartes de efluente c/ detergente, produtoquímico, pilhas, baterias, óleo lubrificante, chapas de aço, circuito elétrico,fusíveis, elemento filtrante, resíduos sólidos; Geração de resíduos sólidos,líquidos, químicos, efluente oleoso e orgânico, vidros; Vazamentos de sulfato dealumínio, polímero, óleo vegetal, terra clarificada, BPF 1 , BPF, óleo combustível,produtos químicos, borra; Sucata de metal contaminada; Panos de limpezacontaminados; Emissão de gases, vapores; Consumo de energia elétrica; Baldesplásticos e metálicos; Lodo do tratamento de efluente; Bombonas plásticas.Descarte de cola, papelão e plásticos contaminados, embalagens metálicascontaminadas e sucatas, efluentes c/ detergentes, panos de limpezacontaminados, resíduos de varrição, embalagens plásticas contaminadas;Efluentes oleosos, químicos; Madeira.Emissão de particulado, gases, vapor; Vazamento de produto acabado; Panos delimpeza contaminados; Geração de resíduos sólidos; Efluentes químicos, oleosos;Descarte de vidros contaminados, cartucho de toner, circuito elétrico, fusíveis,pilhas, baterias, pneus, plástico contaminados, resíduos sólidos, embalagenslonga-vida; Consumo de energia elétrica, GLP ; Policarbonato; Madeira / serragem;Papel / papelão.Ocupação do aterro; Alteração na qualidade doar e solo; Contribuição para o esgotamento;Redução da disponibilidade de recursosnaturais.Ocupação do aterro; Alteração na qualidade dosolo, água, ar; Contribuição para oesgotamento; Redução da disponibilidade derecursos naturais.Alteração na qualidade da água, ar e solo;Contribuição para o esgotamento; Ocupaçãodo aterro; Redução da disponibilidade derecursos naturais.Alteração na qualidade do ar, solo, água;Ocupação do aterro; Contribuição para oesgotamento; Redução da disponibilidade derecursos naturais.Alteração na qualidade do solo, água, ar;Ocupação do aterro; Incômodo à comunidade;Contribuição para o esgotamento, Redução dadisponibilidade de recursos naturais.Alteração da qualidade do solo, água, ar;Contribuição para o esgotamento; Ocupaçãodo aterro; Redução da disponibilidade derecursos naturais; Incômodo à comunidade.Alteração na qualidade da água, solo e ar;Contribuição para o esgotamento; Ocupaçãodo aterro; Redução da disponibilidade derecursos naturais.Alteração na qualidade da água, solo e ar;Contribuição para o esgotamento; Ocupaçãodo aterro; Redução da disponibilidade derecursos naturais.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 48 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


pela empresa.Os principais aspectos ambientaisrelacionados ao processo produtivo são asemissões de gases, vapores e particulados,geração de resíduos sólidos como: papéis,papelão, plásticos, pilhas, madeira, cinzasda caldeira, orgânicos, sucata de metaisferrosos, borra oleosa, vidro, borracha, entreoutros; efluentes líquidos produzidos nalimpeza da fossa séptica, tintas, solventes epigmentos, limpeza da área da empresa, doprocesso de refinaria.Os principais impactos ambientaisrelacionados ao processo produtivo são: aocupação do aterro, a alteração daqualidade da água, do ar e do solo e aredução da disponibilidade dos recursosnaturais.Levantamento dos resíduos industriais daunidade de Passo Fundo - RSA No Quadro 3, estão apresentadosos resíduos gerados na unidade industrialde Passo Fundo, bem como sua classe deacordo com a NBR 10004:2004, queclassifica os resíduos em: Classe I - Resíduosperigosos (que apresentam riscos à saúdepública e ao meio ambiente, se gerenciadosde forma inadequada); Classe II - Resíduosnão perigosos, Classe II A - Não inertes,Classe II B - Inertes.Os resíduos são listados ecatalogados em uma planilha geradatrimestralmente, por meio de um Sistema deGerenciamento e Controle de ResíduosSólidos Industriais (SIGECORS).Quadro 3: Resíduos industriais - Fonte: Relatório de resíduosItem Resíduos gerados Classe1 Óleo lubrificante usado Classe I2 Resíduo têxtil contaminado (panos e estopas) Classe I3 Outros resíduos perigosos de processo (corrosivo, resinas) Classe I4 Acumuladores de energia (baterias, pilhas, assemelhados) Classe I5 Lâmpadas fluorescentes e mistas (vapor de mercúrio ou sódio) Classe I6 Resíduos de restaurante (restos de alimentos) Classe II A7 Resíduo orgânico de processo (varrição orgânica, terra, grãos) Classe II A8 Resíduos de varrição não perigosos (pó, terra, farelo, soja) Classe II A9 Sucata de metais ferrosos Classe II B10 Resíduo de papel e papelão Classe II A11 Resíduo plástico (filmes e pequenas embalagens) Classe II B12 Resíduo de borracha Classe II B<strong>13</strong> Resíduo de madeira (paletes descartáveis e restos de madeira nãotratada)Classe II A14 Cinzas da caldeira Classe II A15 Resíduo de vidros Classe II B16 Borra oleosa (borra de neutralização e ácidos graxos destilados) Classe I17 Lodo perigoso de ETE Classe I18 Embalagens vazias contaminadas Classe I19 Resíduos de tintas e pigmentos Classe I20 Resíduo e lodo de tinta Classe I21 Embalagens metálicas (latas vazias não contaminadas) Classe II B22 Borra de óleo vegetal Classe II-B23 Óleo vegetal usado em fritura no restaurante Classe II A24 Resíduo sólido de ETE com substâncias não tóxicas Classe II A25 Pós metálicos Classe I26 Material contaminado com óleo Classe I27 Resíduo perigoso de varrição Classe I28 Óleo de corte e usinagem Classe I29 Óleo usado contaminado em isolação ou refrigeração Classe I30 Resíduos oleosos de sistema separador de água e óleo Classe I31 Solventes contaminados Classe I32 Equipamentos contendo bifenilas policloradas – PCB’s(transformadores)Classe I33 Resíduo gerado fora do processo industrial (escritório, embalagens) Classe II34 Sal usado Classe II ARevista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 49 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


Os resíduos de papel e papelãotambém são gerados pelo setoradministrativo, que produz também resíduosde embalagens e de escritório. Os resíduosde vidros são gerados pelo laboratório. Aborra oleosa (borra de neutralização eácidos graxos destilados), assim como aborra de óleo vegetal e outros resíduoscorrosivos e resinas são gerados narefinaria.Resíduos como lodo perigoso deETE, tóxico de ETE com substâncias nãoTipo de resíduo geradotóxicas, óleo usado contaminado emisolação ou refrigeração, oleosos de sistemaseparador de água e óleo, equipamentoscontendo bifenilas policloradas (PCB's),transformadores e acumuladores de energia(baterias, pilhas e assemelhados) sãogerados na estação de tratamento de esgotoe na subestação.Destinação final dos resíduosAs principais formas de tratamentoQuadro 4: Destinação dos resíduos.Destinaçãoe destinação dos resíduosindustriais produzidos são: reciclagem,aterro municipal, co-processamento, aterroindustrial, estocagem, incineração,incorporação, fertilização ou landfarminge aterro de terceiros. Com relação aosresíduos não inertes, porém, as principaisformas de tratamento e destino incluem areciclagem, a estocagem na própriaindústria e o despejo em aterros municipais(FEEMA, 2000).Óleo lubrificante usadoOutros perigosos Classe ITêxtil contaminadoAcumuladores de energiaLâmpadas fluorescentes, mistasResto de alimentos (restaurante)Varrição Classe II BVarrição Classe II AVarrição Classe IArmazenado em tanque específico com bacia de contenção;Venda – Indústria Petroquímica do Sul Ltda;Depositados na central de resíduos para posterior destinação;UTRESA;Locação de toalhas – Alsco Brasil Ltda;Estocagem na central de resíduos;Armazenadas na central de resíduos; Brasil Recicle;Compostagem orgânica na unidade;UTRESA; Estocagem na central de resíduos;Compostagem orgânica na unidade; UTRESA;UTRESA; Armazenado na central de resíduos;Sucata de metais ferrososVenda – Comércio de Sucatas Severino Silvestre – ME;Venda – Comércio de Sucatas Sanches Ltda;Papel e papelãoVenda – Comércio de Sucatas Severino Silvestre – ME;Venda – Comércio de Sucatas Sanches Ltda;Venda – Recolhedora de Papel e Plástico Repasso Ltda;Plástico Tamborsul; Venda – Comércio de Sucatas Severino Silvestre –ME;Armazenado na central de resíduos; Venda – Comércio deSucatasSanches Ltda;Madeira não reaproveitávelPró-Ambiente Ltda;Madeira pallet descatávelDoação para queimar em fornos de olarias; Queima de paletesnão tratados nos secadores da unidade industrial;Cinza da caldeiraPátio da empresaVidroVenda – Comércio de Sucatas Severino Silvestre – ME;Armazenado na central de resíduos; Venda – Comércio deSucatas Sanches Ltda;Borra de oleosaSulina Comércio de Óleos;Resíduo de borrachaArmazenado na central de resíduos; UTRESA;Lodo perigoso da ETEArmazenado na central de resíduos; UTRESA;Óleo vegetal usado (restaurante)Armazenado na central de resíduos; UTRESA;Solventes contaminadosArmazenado na central de resíduos; UTRESA;Pós metálicosArmazenado na central de resíduos; UTRESA;Embalagens metálicasVenda – Comércio de Sucatas Severino Silvestre – ME;Embalagens vazias contaminadasArmazenado na central de resíduos; UTRESA;Tintas e pigmentosArmazenado na central de resíduos;Gerados fora do processo industrial(material de escritório, embalagens, etc.)Sólidos da ETE com substancias nãotóxicasÁcidos graxos destiladosOutros perigosos do processoSal usadoArmazenado na central de resíduos; Prefeitura Municipal dePasso Fundo;Usado na compostagem orgânica;Industria e Comércio de Óleos Paranalba; Cognis do BrasilLtda;Depositado na central de resíduo para posterior destinação;UTRESA;UTRESA;Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 50 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478


Como exemplo da venda dosresíduos, a borra de óleo de soja bruta passaa ser um subproduto, tornando-se matériaprimapara a fabricação de sabão.A partir de julho de 2007, as destinaçõesdos resíduos são de responsabilidade deuma empresa terceirizada. A empresaresponsável pelo recolhimento dos resíduossegrega e classifica-os de acordo com a suapericulosidade.A prestadora de serviço possui umcontrolador de resíduos, responsável pelagestão dos resíduos e controle deinformações diárias, como a quantidade esetores em que estes são gerados.A empresa recolhe os resíduos recicláveissemanalmente na Bünge; já para os demaisresíduos, o recolhimento é conforme aquantidade gerada.Alguns dos resíduos gerados pela Bünge sãopreviamente analisados, para verificar suapericulosidade, pela empresa terceirizada,antes de sua destinação final.CONCLUSÕESO presente artigo foi motivadovisando considerar como uma organizaçãode grande porte, como é o caso da BüngeAlimentos, lida com o meio ambiente,através da identificação de seus resíduos epor meio de ações desenvolvidas paramelhorar a qualidade ambiental.Conforme o exposto, a indústriaproduz resíduos através de váriosprocessos. Ações da empresa, como asreferentes à venda de resíduos recicláveis eà realização de análises para verificaçãode sua periculosidade, asseguram quemuitos desses materiais nem sempre sãonocivos ao meio ambiente e à sociedade.A avaliação da adequação daempresa em estudo, com relação àdisposição dada aos resíduos sólidosgerados, é uma ferramenta de extremaimportância para o aprimoramento dosistema produtivo quando se visa associarcrescimento econômico e preservaçãoambiental. De forma geral, a destinação dosresíduos sólidos gerados tem sidoadequada, já que a empresa tem controlesobre os seus resíduos, identifica e monitoraas quantidades geradas. Sua destinação earmazenagem são feitas de acordo com aclasse do resíduo.Através do estudo de seu processoprodutivo, a referida empresa demonstrapor meio de sua política de responsabilidadeambiental, da consideração dos potenciaisimpactos ambientais do seu processoprodutivo e da destinação adequada dosseus resíduos, a preocupação com odesenvolvimento sustentável.A gestão ambiental faz parte doplanejamento, política e objetivos daempresa, por meio de ações que visamatender as exigências dos consumidores edo mercado nacional e estrangeiro.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAssociação Brasileira de Normas Técnicas.NBR 1004:2004. Resíduos Sólidos -Classificação. Rio de Janeiro, ABNT, 2004.Associação Brasileira de Normas Técnicas.NBR 1401:2004. Sistema de gestão ambiental- requisitos com orientação para uso. Rio deJaneiro, ABNT, 2004.Associação Brasileira de Normas Técnicas.NBR 16001:2004. Responsabilidade social -sistema de gestão - requisitos. Rio de Janeiro,ABNT, 2004.BCSD PORTUGAL - Conselho Empresarial parao Desenvolvimento Sustentável. Estudo sobrea publicação de relatórios desustentabilidade em Portugal em 2006.Disponível em: http:/www.bcsdportugal.org/files/983. Acesso em: 28 mar de 2007.BUNGE BRASIL. Cadastro do processo industrial.Bunge Brasil, 2007.BUNGE BRASIL. Relatório de sustentabilidade2005. Bunge Brasil, 2005.FEEMA (Fundação Estadual de Engenhariado Meio Ambiente), 2000. Gestão de Resíduos- Relatório Semestral de Atividades doPrograma de Despoluição da Baía deGuanabara - Setembro/2000. Rio de Janeiro:FEEMA.GHENO, R. Sistema de gestão ambiental ebenefícios para a organização: estudo de casoem empresa metalúrgica do RS. 2006.Dissertação (Mestrado em Infra-estrutura eMeio Ambiente). Programa de Pós-Graduação em Engenharia, Universidade dePasso Fundo, Passo Fundo, 2006.LIBERA, K. A. D. Análise da gestão estratégicados custos de natureza ambiental: estudode caso em uma empresa do setor cerâmico.2003. Dissertação de mestrado. Curso dePós-Graduação em Engenharia de Produção,Universidade Federal de Santa Catarina,Florianópolis, 2003.SCHMIDHEINY, S. Mudando o rumo: umaperspectiva empresarial global sobredesenvolvimento e meio ambiente. Rio deJaneiro: FGV, 1992.Revista Brasileira de Ciências Ambientais - Número <strong>13</strong> - <strong>Agosto</strong>/20<strong>09</strong> 51 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478

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