13.07.2015 Views

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.- [referem-se a uma garota que é envolvi<strong>da</strong> com uma gangue eque se sente “to<strong>da</strong> po<strong>de</strong>rosa” por isso, “o que ela tem que falarela fala, não guar<strong>da</strong> na<strong>da</strong>”]- Então o pessoal tem respeito. Respeito não, medo <strong>de</strong>la! (GFV-1 Lucien, 15 anos, 1º ano).- Porque é assim, se for briga entre meninos, a gangue dosmeninos vêm aju<strong>da</strong>r e se for <strong>de</strong> menina, a gangue <strong>de</strong> meninavem aju<strong>da</strong>r. E se você vê alguém apanhando na rua, você ficacom medo, não faz na<strong>da</strong>... (GFV-1 Adriana, 15 anos, 1º ano)Referindo-se à questão <strong>da</strong> relação entre ganguesfemininas e masculinas, temos dois relatos antagônicos. Oprimeiro é <strong>de</strong> uma relação <strong>de</strong> igual<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero,enquanto o segundo é <strong>de</strong> inferiori<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> submissão <strong>da</strong>gangue feminina à masculina, conforme seguem os<strong>de</strong>poimentos abaixo:- De igual<strong>da</strong><strong>de</strong>, tudo igual. Uma coisa que ela cobria a sua evocê cobria a <strong>de</strong>la, né? Tipo assim.[quando os meninos estavamenvolvidos em uma briga] As meninas iam, mas iam mais praacobertar.Tinha um monte <strong>de</strong> menino, sabe, que cobria asmeninas, já no campo <strong>da</strong>s meninas... (GFV-3, Pedro, 15 anos,1º ano)- Que nem, se a menina tivesse namorando um cara, a meninafalasse: “- Não, o que que é isso?” (GFV-3, Fausto, 15 anos, 1ºano)- Acobertasse, então as meninas <strong>da</strong> banca vinham pra baternela, e ela apanhava, mas <strong>da</strong>í eram poucas as meninas queparticipavam. Ca<strong>da</strong> 20 homens tinha uma menina. (GFV-3,Pedro, 15 anos, 1º ano)Ou- Não! Elas tinham que respeitar nós! [Respon<strong>de</strong>ndo aosignificado <strong>de</strong>ste respeitar afirma] Não querer <strong>da</strong>r fora, tirarsarro assim, sei lá. Elas iam com nós no jogo, arrumavam briga,se vinha moleque pra bater nelas, aí chamavam nós! Eu nuncabati, mas os caras já bateram [em outras meninas]! (GFV-3,Pedro, 15 anos, 1º ano)As relações <strong>de</strong> namoro entre componentes <strong>da</strong>gangue nos induzem a concluir que se estabelece a71

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!