13.07.2015 Views

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.dias e horários pré-estabelecidos para reunião <strong>de</strong> todos osintegrantes <strong>da</strong>s mais varia<strong>da</strong>s faixas etárias; entretanto,isto não quer dizer que as relações não passem por umaforte hierarquização em que um dos fatores <strong>de</strong>diferenciação é a i<strong>da</strong><strong>de</strong>. Contam que esses encontrosocorriam em dias <strong>de</strong> shows, feiras agropecuárias <strong>da</strong>ci<strong>da</strong><strong>de</strong>... É importante ressaltar que as i<strong>da</strong><strong>de</strong>s dosintegrantes variavam dos 9 aos 20 e poucos anos:Não, não [havia encontro formal] Quando tinha um show, aíreunia, as molecadinhas e a gente ia com os caras gran<strong>de</strong>s,armava, se a ganguinha arrumava alguma coisa assim, aí agente ia pro meio, aí os outros caras cobriam nós! [Também]Já, já fomos brigar! [pelos mais velhos] (GFV-3 Pedro, exintegrante<strong>de</strong> gangue, 15 anos, 1º ano)In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> integrantesem uma gangue (algumas chegam a mais <strong>de</strong> 100), osalunos afirmam que o reconhecimento entre si está ligadoao fato <strong>de</strong> an<strong>da</strong>rem sempre “colados” (juntos), tanto nobairro quanto na escola. E se por acaso <strong>de</strong>sconheceremum integrante, basta que ele se apresente eimediatamente será respeitado enquanto parceiro.Contudo, se incorrer na mentira, <strong>de</strong>pois haverá arevanche.- Conhecia, né? An<strong>da</strong>va todo mundo junto, né? [caso nãoconhecesse] Era só falar que era <strong>da</strong> gangue, já...Mas se eledisser que é e não ser, aí ele apanha! Não tinha muito problemaporque a gente an<strong>da</strong>va todo mundo colado! (GFV-2, Jurandir,16, 1º ano)Relações <strong>de</strong> gênero e gangueAlunos, sejam eles ex-integrantes ou nãointegrantes, citam a existência <strong>de</strong> gangues femininas.Contudo <strong>de</strong>ntre as alunas integrantes dos grupos focaisnão contamos com nenhuma pertencente ou exintegrante<strong>de</strong> uma gangue. As menções generaliza<strong>da</strong>sfeitas às gangues femininas estão sempre associa<strong>da</strong>s àsrepresentações <strong>de</strong> temor, <strong>de</strong> <strong>de</strong>srespeito ou ain<strong>da</strong> sãovistas com preconceito: “Elas não prestam”; “Era tudotranqueira!”, sem que houvesse qualquer manifestaçãoem contrário nos grupos.- Ah! Tem várias [gangues femininas}.(GFV-1 Lucien, 15 anos,1º ano)70

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!