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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.Processo ambivalente é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas que servecomo pano <strong>de</strong> fundo para uma reafirmação do sentido <strong>de</strong>pertença ao grupo por ca<strong>da</strong> membro, on<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um éreafirmado pelo nós e no nós grupal. Ca<strong>da</strong> membro,assim, ao interiorizar em si os comportamentos conflitivoscomo uma espécie <strong>de</strong> prova permanente <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são aogrupo e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> abdicação do eu em função donós, grupo, parece refazer e ampliar as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>ssimbólicas <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> Delta, reacomo<strong>da</strong>ndo-se aomovimento interno do grupo e buscando o treinamentodos novos membros pela singulari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma vi<strong>da</strong> Deltaque o faz ser sempre diferente, por ser igual na pertença.A agitação ocasiona<strong>da</strong> pelos novos espaçosadvindos pela conquista <strong>de</strong> novos membros são assimrefeitas e acomo<strong>da</strong><strong>da</strong>s pela celebração do nós em relaçãoao eu singular. As aproximações, alianças possíveis,ambientes <strong>de</strong> disputas ou ampliação <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rançasinternas ao grupo são assim transforma<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> um lado,em prática singular <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> membro que <strong>de</strong>ve serencara<strong>da</strong> como tentação interior e, nesse sentido, serultrapassa<strong>da</strong>, fazendo o membro assim possuído elevar-seà condição Delta. De outro lado, porém, não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong>existir, sendo manipula<strong>da</strong>s como práticas <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> aocrescimento do outro Delta, que se faz sob o preceito <strong>de</strong>estreitamento <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>, <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r o outro se<strong>de</strong>senvolver no espírito grupal, <strong>de</strong> agir pelo outro osalvando ou impedindo-o <strong>de</strong> práticas discutíveis nointerior do grupo, bem como através <strong>de</strong> estratégiasformativa para os novos [9] .O ir e vir dos espaços fronteiriços, portanto, parececolocar permanentemente o grupo em perigo (Douglas,1976) , por acen<strong>de</strong>r fogueiras internas <strong>de</strong> vai<strong>da</strong><strong>de</strong> entreseus membros, em <strong>de</strong>trimento do espírito comunitário eigualitário nele presentes. Ao mesmo tempo, age emsentido inverso, seguindo aqui a narrativa <strong>de</strong> Popô, eparece ampliar o sentimento <strong>de</strong> pertença grupal,rejuvenescendo o grupo e seus membros a partir <strong>da</strong>celebração do sentimento comunitário posto à prova aca<strong>da</strong> nova aquisição, a ca<strong>da</strong> nova i<strong>da</strong> à fronteira, a ca<strong>da</strong>nova ampliação do espaço grupal.ConclusãoA noção <strong>de</strong> fronteira aqui trabalha<strong>da</strong> foi discuti<strong>da</strong>através dos estudos <strong>de</strong> Hannerz, Rosaldo, Barth e Turner56

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