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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.seja, a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do grupo se diferenciar, enquantotraços socioculturais, <strong>de</strong> memória e <strong>de</strong> sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Oque confere ao grupo, por um lado, uma i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>singular. Por outro lado, contudo, o pensar a <strong>de</strong>marcação<strong>de</strong> limites como espaço diferenciador <strong>de</strong> um grupo,conduz o pesquisador a uma noção um pouco maiscomplexa e ambígua a partir <strong>da</strong> qual a idéia <strong>de</strong> fronteirapo<strong>de</strong> ser compreendi<strong>da</strong> como uma área difusa.Áreas <strong>de</strong> fronteiras são senti<strong>da</strong>s, neste caso, comoespaços <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> tensão e risco. Como linhas tênuespassíveis <strong>de</strong> contágio com o mundo <strong>de</strong> lá e, por outrolado, também, como possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão douniverso simbólico do grupo, no caso o Delta, para alémdo perímetro traçado como seu. Estes espaços <strong>de</strong> tensãoe risco estão próximos do que Victor Turner (1975 e1982) chama <strong>de</strong> liminari<strong>da</strong><strong>de</strong>. Um campo ambíguo eambivalente on<strong>de</strong> a inter-relação entre os <strong>de</strong> fora e os <strong>de</strong><strong>de</strong>ntro se produz <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um formato ou composiçãomais aberta, e on<strong>de</strong> os atores envolvidos estão maispróximos e sujeitos a ensaios e possíveisexperimentações, ou até mesmo dispostos a “introduzirnovas regras <strong>de</strong> combinação” (TURNER, 1982, p. 28).Até on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> ir sem ferir os princípios Delta,até on<strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> comportamental é genuinamenteDelta? E, ao mesmo tempo, como é possível perceberatitu<strong>de</strong>s, sentimentos, possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s Delta a serem<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s em não membros, isto é, naqueles que nãosão ou não fazem parte (ain<strong>da</strong>) do grupo? Perguntascomo essas fazem parte do universo Delta quando se<strong>de</strong>fronta com a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do outro, comocontaminação dos seus ou como esforço <strong>de</strong> expansão <strong>da</strong>mensagem do grupo.As noções <strong>de</strong> fronteiras discuti<strong>da</strong>s por Hannerz(2001) sendo segui<strong>da</strong>s, aqui, parecem propor para esteespaço <strong>de</strong> liminari<strong>da</strong><strong>de</strong> turneriano uma proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> douso do mais (+), entre culturas, isto é, <strong>da</strong>cultura+cultura. Regiões liminares seriam regiões on<strong>de</strong> asinter-relações entre grupos se tornam mais entrelaça<strong>da</strong>s edifusas, permitindo ao mesmo tempo o estranhar o outroe a ampliação do medo do contágio interno ao grupo,mais também a busca <strong>de</strong> expansão <strong>da</strong>s fronteiras grupais,espacial e simbólica, pela inclusão <strong>de</strong> novos membros e,além, <strong>de</strong> movimento para o rejuvenescimento do grupo.51

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