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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.Fronteiras, Medos e PertençaQuem são os outros? De uma forma abrupta egeral, quase que corriqueira e tautológica, os outros sãotodos aqueles que não são e, em muitos casos, não serãojamais Delta. Ao chegar mais próximo, porém, se constatauma diferença tênue, até mesmo ambígua e ambivalenteentre aqueles que não são e os que não serão jamais.Os que não serão jamais, na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, parecem sertodos aqueles que <strong>de</strong> forma genérica não professam ouadotam expectativas, anseios ou comportamentosaprovados pelos Delta. Olhados mais <strong>de</strong> perto, porém, os<strong>de</strong> fora do grupo são vistos pelos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro através <strong>de</strong>uma ótica singular do que foram eles antes <strong>da</strong> a<strong>de</strong>são aogrupo. O que estabelece uma forma <strong>de</strong> sentimento <strong>de</strong>estranhamento, causado pelo medo e receio <strong>de</strong> voltarema ser o que eram, se colocados para fora oucontaminarem-se pelos <strong>de</strong> fora do grupo, ao mesmotempo em que outra emoção se estabelece entre os dogrupo e os não membros que é a <strong>de</strong> encarar os <strong>de</strong> foracomo possíveis <strong>de</strong> virem a se transformar em Delta. Umaação <strong>de</strong> recusa e uma ação projetiva <strong>de</strong> aproximação einclusão assim parecem se <strong>da</strong>r <strong>de</strong> modo concomitante.A ambivalência <strong>de</strong> verem os outros entre a perdiçãoe a salvação, usando aqui a metáfora comum ao discursoDelta <strong>da</strong> absorção ou negação <strong>da</strong> mensagem, ou <strong>da</strong>palavra, como costumam se expressar, faz com que ooutro esteja sempre presente, mesmo no silêncio do corpoDelta ou <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um dos seus membros, expressando aeterna vigilância sobre os <strong>de</strong>mais membros e sobre aconduta particular e íntima, <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um dos membros,por ele próprio e pelos <strong>de</strong>mais.O outro assim parece ser visto a partir dosentimento pessoal <strong>de</strong> mea culpa permanente sobre osatos do que se foi, do que se é, e do que se quer sercomparados à exigência e pressão subliminar do grupo. Oque exige uma cautela e atenção especial na relaçãointerna entre os membros e em ca<strong>da</strong> membro sobre sipróprios, mas, ao mesmo tempo, um projeto aberto ounão <strong>de</strong> aproximação para modificação dos <strong>de</strong> fora,ampliando a equalização pela permanente conquista <strong>de</strong>novos a<strong>de</strong>ptos. O sentido do outro, assim, pareceestabelecer uma diferença que parece refletir umapon<strong>de</strong>ração sobre os que não são apenas como um47

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