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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.Este artigo busca observar como um grupo <strong>de</strong>jovens co-<strong>de</strong>nominados Deltas [1] se avaliam apóspon<strong>de</strong>rar sobre os limites do grupo e <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong> seuscomponentes em relação aos não membros e aos espaçossocietários fora <strong>da</strong> <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong> fronteiras que <strong>de</strong>finempara si próprios [2] . Parte <strong>da</strong> hipótese <strong>de</strong> que a estimativacontínua do grupo e <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> membro realiza<strong>da</strong> através <strong>da</strong>relação com um outro estabelece, <strong>de</strong> um lado, umprocesso <strong>de</strong> diferenciação do outro <strong>da</strong> relação e, <strong>de</strong> outrolado, que este processo <strong>de</strong> diferenciação é motivado porum estranhamento movido pelo medo, seja <strong>de</strong>contaminação, seja <strong>de</strong> invasão e per<strong>da</strong> <strong>de</strong> espaço econseqüentemente <strong>de</strong> si mesmo, indivíduo ou grupo.Uma segun<strong>da</strong> hipótese que orienta o trabalho falasobre o ambiente híbrido <strong>da</strong> fronteira entre os Deltas e <strong>da</strong>ambivalência do significado <strong>de</strong> pertença, - embora o medo<strong>de</strong> contaminação pelos <strong>de</strong> fora mantenha o grupo coeso evigilante, parece requerer sempre uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>constante renovação pela expansão dos limites do grupo,através <strong>da</strong> inclusão <strong>de</strong> novos membros e pela rea<strong>da</strong>ptaçãoe celebração que esta intervenção no outro conduz, -comorenovação dos laços e sentidos <strong>de</strong> assimilaçãocomunitária. A <strong>de</strong>scoberta do outro parece passar, <strong>de</strong>stemodo, por um processo <strong>de</strong> estimativa <strong>de</strong> si próprio on<strong>de</strong> oeu projeta-se no outro e vê a si mesmo transfigurado. Ooutro, <strong>de</strong>ste modo, seguindo aqui <strong>de</strong> perto a análise <strong>de</strong>Erving Goffman (1980, 1985 e 1988), informa e aomesmo tempo re<strong>de</strong>fine aquele que com ele se relaciona,possibilitando a <strong>de</strong>scoberta sempre renova<strong>da</strong> <strong>de</strong> umsujeito social em ação.Através <strong>de</strong> um recurso etnográfico <strong>de</strong>nso, nosentido estabelecido por Geertz (1978, pp. 13 a 41), sebuscará, aqui, compreen<strong>de</strong>r as diversas construçõessimbólicas elabora<strong>da</strong>s pelo grupo Delta e por seusmembros individuais no intuito <strong>de</strong> estabeler canais <strong>de</strong>inclusão ou exclusão e formas <strong>de</strong> entendimento dosoutros grupos e indivíduos com quem se relacionam, ecomo, através <strong>de</strong>sses caminhos e <strong>de</strong>senhos aproximativos<strong>de</strong> apreensão do outro reavaliam-se a si mesmosenquanto grupo e enquanto membros individuais a elepertencentes.46

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