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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.entendido como divagar, po<strong>de</strong>-se divagar sem sair dolugar. É a mente que divaga pelos labirintos doinconsciente e <strong>da</strong> imaginação procurando sentidos etrazendo-os para fora com o intuito <strong>de</strong> <strong>da</strong>r significado aomundo. Contudo, quanto maior o espaço percorrido para<strong>de</strong>ntro do labirinto maior o perigo <strong>de</strong> imersão no trânsito;isto é, maior o perigo <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r-se, distanciar-se tanto domundo “real”, que não é mais possível encontrar umcaminho <strong>de</strong> volta. Porém, quando mergulham e retornam<strong>de</strong>sse labirinto imaginário <strong>de</strong> composição <strong>de</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s asconsciências incomo<strong>da</strong>m àqueles que permaneceram“incólumes” diante <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.Por on<strong>de</strong> an<strong>da</strong>stes? O que vistes? Como é possívelir tão longe sem per<strong>de</strong>r-se? De certa forma, estaperegrinação imaginária no labirinto do mundo permitetransitar por duas esferas <strong>da</strong> experiência: do consciente edo inconsciente, <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>. E asconsciências barrocas <strong>de</strong>pararam-se com novi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ever<strong>da</strong><strong>de</strong>s nunca antes imagina<strong>da</strong>s. Por estas e outrasrazões que tais consciências peregrinaram entre a Razão ea Fé, a Ciência triunfante e a Teologia triunfalista, a Terrae o Céu, o Sagrado e o Profano, os Homens e Deus.De acordo com Pelegrín (2000), esses homens<strong>de</strong>pararam-se com um fim <strong>de</strong> século XVI não só“tumultuado” mas, sobretudo, “perturbador”; naquelasocie<strong>da</strong><strong>de</strong> valores e referenciais estavam sendo perdidos,se “reformavam”, ou eram substituídos. Neste mundoeuropeu em crise, católicos e protestantes experimentamo estilhaçamento <strong>de</strong> um mundo fechado que se abriavertiginosamente diante do “engran<strong>de</strong>cimento <strong>da</strong> cenageográfica”.A <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m instaura<strong>da</strong> na or<strong>de</strong>m <strong>da</strong>quele momentohistórico <strong>de</strong>u-se, também, pela ampliação dosconhecimentos científico, tecnológico e comunicacional,resguar<strong>da</strong>ndo-se para ca<strong>da</strong> época a singulari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>sexperiências vivi<strong>da</strong>s através <strong>da</strong>s técnicas e <strong>de</strong>scobertas <strong>de</strong>seu tempo.Copérnico (1543), como se sabe, inverteu a or<strong>de</strong>mvigente do conhecimento acerca do universo: não é o Solque se move em torno <strong>da</strong> Terra, pelo contrário, o sol está“imóvel” e a Terra gira. No vertiginoso ambiente barroco,Kepler surpreen<strong>de</strong>u <strong>de</strong>scobrindo que “os planetas não<strong>de</strong>screvem círculos harmoniosos em torno do Sol, mas42

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