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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.Gran<strong>de</strong> entusiasta do corpo humano, este arquiteto<strong>da</strong>s formas, usou a arte para expressar as aspirações eemoções humanas mas era através <strong>da</strong> escultura que oartista dizia estar mais perto <strong>de</strong> Deus. As formas nuas,contorci<strong>da</strong>s, os torsos mais expressivos que os rostos,formas humanas em movimento.O estilo serpentinato que se reproduz nos corpos,esculpidos em mármores, exemplifica a invasão docontraste e <strong>da</strong> “contorção” no imaginário barroco. Umestilo “contorcionado”, que como dissemos, se opõe àslinhas retas do classicismo. Pinturas e esculturas mostramcorpos contorcidos, dobrados sobre si mesmos,torcionados pela pressão do espírito. Maravall enten<strong>de</strong>que as figuras contorci<strong>da</strong>s representam o esforçosubjetivo dos indivíduos para se a<strong>da</strong>ptarem a esta cultura<strong>de</strong> crise. Esforço subjetivo em busca <strong>da</strong> compreensão <strong>de</strong>uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> que expunha uma “gran<strong>de</strong> situação <strong>de</strong>conflito” cujas “forças <strong>de</strong> contenção” estamental tentavamsubmeter ou anular as “forças libertadoras <strong>da</strong> existênciaindividual”. O que este autor afirma, é que assubjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s individuais estavam “comprimi<strong>da</strong>s” poruma or<strong>de</strong>m social férrea que insistia sujeitar asconsciências para organizá-las <strong>de</strong> maneira a aten<strong>de</strong>r asambições <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m tradicional, que naquele instante dotempo via-se ameaça<strong>da</strong> por uma cultura <strong>de</strong> transição, ou<strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> paradigmas. “Sempre que se chega auma situação <strong>de</strong> conflito entre as energias do indivíduo eo ambiente em que este tem que se inserir, produz-seuma cultura gesticulante, <strong>de</strong> expressão dramática”(Maravall, 1997: 61).Enten<strong>de</strong>-se que o exemplo <strong>de</strong> figuras humanas“contorci<strong>da</strong>s” expressa, <strong>de</strong> forma dramática, a vivência <strong>da</strong>imposição sofri<strong>da</strong> pelas consciências quando precisasubmeter-se a um regime mo<strong>de</strong>lar, repressivo; trata-se<strong>de</strong> uma tentativa em a<strong>da</strong>ptar-se a um contexto socialinsatisfatório, que perturba e confun<strong>de</strong>, pois se lhesapresenta <strong>de</strong> forma bastante contraditório.Rafael, o mais popular dos três artistas <strong>de</strong>stacadosherdou <strong>de</strong> Leonardo a composição pirami<strong>da</strong>l e apren<strong>de</strong>u amo<strong>de</strong>lar os rostos em luz e sombra. De Michelangeloadotou as figuras dinâmicas, <strong>de</strong> corpo inteiro, a pose em“contrapposto”. Também no Maneirismo os corpos sãorepresentados em movimentos <strong>de</strong> “torção” , ou“distorção”, ora excessivamente alongados ora38

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