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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.matemática, na escultura, na música, na arquitetura e napintura.Em relação ao retrato <strong>da</strong> “Mona Lisa” ou <strong>da</strong>“Giocon<strong>da</strong>”, Leonardo utiliza o recurso do chiaroscuro,para mo<strong>de</strong>lar as feições por meio <strong>da</strong> luz e <strong>da</strong> sombra, épor meio <strong>de</strong>sta quali<strong>da</strong><strong>de</strong> que o estilo barroco fun<strong>da</strong> umaestética nebulosa, “esfuma<strong>da</strong>”, ambígua. Através <strong>de</strong>ssatécnica do sfumato os limites ou as fronteiras se esvaem àmaneira <strong>da</strong> fumaça. “As cores vão do claro ao escuronuma gra<strong>da</strong>ção contínua <strong>de</strong> tonali<strong>da</strong><strong>de</strong>s sutis, sem bor<strong>da</strong>s<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s que as separem. As formas parecem emergir<strong>da</strong>s sombras e se misturar nelas” (Strickland, 2001:34).No período barroco os artistas utilizam o recurso <strong>da</strong>perspectiva com o propósito <strong>de</strong> “assomar o mundo ecaptá-lo” (Maravall, 1997: 264). É preciso <strong>da</strong>r reali<strong>da</strong><strong>de</strong>aos olhos do artista barroco. “O Barroco encara ummundo em perspectiva”, no sentido <strong>de</strong> que este mundocoloca à “disposição” <strong>da</strong> reflexão e observação humanasuma gran<strong>de</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> em relação aos aspectos <strong>da</strong>natureza, <strong>da</strong>s idéias e do comportamento dos homens.Outra marca <strong>de</strong>ssa cultura é o extremismo ou a“extremosi<strong>da</strong>d” que se expressa na arte <strong>de</strong>ste período.Para Santos (ob. cit.:361) esse “extremismo” expressa aserie<strong>da</strong><strong>de</strong> crítica que leva às últimas conseqüências oexercício <strong>de</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s formas. Últimas conseqüênciasporque redun<strong>da</strong> muitas vezes “na <strong>de</strong>struição <strong>da</strong>s formas”.Idéia que, <strong>de</strong> certo modo, remete a que se pense sobre a<strong>de</strong>struição <strong>de</strong> padrões culturais para criação <strong>de</strong> outros.Extremismo na arte, radicalismo e disciplina intensana vi<strong>da</strong>; era <strong>de</strong>sta forma que o gênio <strong>de</strong> Michelangeloexpressava seu talento; trabalhava o mármore em blocosúnicos e só estava feliz produzindo, criando e libertandoas formas na beleza <strong>da</strong> pedra; ou como ele mesmo<strong>de</strong>clarou, libertando a figura “do mármore que aaprisiona”. Michelangelo era homem solitário, casado comsua arte, que lhe consumia to<strong>da</strong> a energia <strong>de</strong> criação. Elenão conhecia limitações. “Era muito emocional, ru<strong>de</strong> eexcêntrico” (Strickland, ob.cit: 37), quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s extremasque fizeram do indivíduo um artista singular. Homem <strong>de</strong>múltiplos talentos, Michelangelo era também arquiteto,pintor, escultor, engenheiro e poeta.37

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