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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.isolando uma <strong>da</strong>s outras “pelo traço <strong>de</strong> um ano, <strong>de</strong> uma<strong>da</strong>ta”.Maravall (1997:16) complementa dizendo que asépocas históricas separam-se sempre pela intervençãoarbitrária <strong>da</strong> mente humana que as contempla e que aolongo <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> <strong>da</strong>tas, “mais ou menos vasta”,<strong>de</strong>canta, transforma e transmite para outras gerações oseu legado.Não compartilhamos do tipo <strong>de</strong> análise proposta porCoutinho e Maravall, entre outros. Este entendimentonega o uso do termo barroco como referência a conceitosmorfológicos ou estilísticos que se <strong>de</strong>slocam nos temposcomo expressões estético-afetivas <strong>da</strong>s culturas. É,precisamente <strong>de</strong>ste modo, como idéia morfológica eestilística, que interpretamos o movimento barroco, aquipercebido como estilo <strong>de</strong> um tempo, atualizando e/ou resignificandocertos sentidos estéticos pela dinâmica social.É <strong>de</strong>sta forma que o impulso estilístico e morfológico <strong>da</strong>cultura faz reviver em certas épocas a estética barroca.O neo-barroquismo ou a barroquização do mundocontemporâneo é uma <strong>de</strong>stas tendências arquetípicas <strong>de</strong>expressão <strong>da</strong> cultura. Desta forma, o estilo barroco éconsi<strong>de</strong>rado transistórico. Remetido ao barroco comocategoria histórica o barroco contemporâneo <strong>de</strong>ve serentendido como uma alegoria.A categoria <strong>de</strong> “barroquização” do mundocontemporâneo <strong>de</strong>ve ser entendi<strong>da</strong> como “tipicali<strong>da</strong><strong>de</strong>”,nos termos weberianos <strong>de</strong> um i<strong>de</strong>al-tipo. Para Max Weber(1989a) o i<strong>de</strong>al-tipo é um instrumento <strong>de</strong> análise, umrecurso metodológico utilizado pelo pesquisador natentativa <strong>de</strong> sistematizar suas idéias, para que “façamsentidos” ante a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> históricosocial.Diante <strong>de</strong>sta “reali<strong>da</strong><strong>de</strong>” o estudioso procura certas“regulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s” que se expressam pelas ações sociais aolongo do processo histórico. Contudo, a análisecomparativa weberiana não busca somente aspectoscomuns às várias configurações históricas mas,sobretudo, procura o que é peculiar a ca<strong>da</strong> momentohistórico com o interesse <strong>de</strong> constituir uma tipicali<strong>da</strong><strong>de</strong>.A idéia <strong>de</strong> tipicali<strong>da</strong><strong>de</strong> surge como proposta paraque, ao invés <strong>de</strong> se focarem as práticas culturais,principalmente, através <strong>da</strong> racionali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s relações34

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