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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.assim consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s. Deve-se, sobretudo, percebê-lo comotipo <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>. “Po<strong>de</strong>-se postular que é a explosãodos valores sociais, o relativismo i<strong>de</strong>ológico, adiversificação do modo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> que engendra estabarroquização <strong>da</strong> existência a qual se está novamenteconfrontado”.Ferreira (1993:22), enten<strong>de</strong> que o neo-barroquismoé uma <strong>da</strong>s categorias, entre outras, que se po<strong>de</strong> utilizarpara compreen<strong>de</strong>r a pós-mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Para esta autora,o neobarroco como categoria diz respeito a um conjunto<strong>de</strong> fenômenos, certas atitu<strong>de</strong>s generaliza<strong>da</strong>s, que formama cultura <strong>de</strong>ste tempo. Lembra que como atitu<strong>de</strong>, comotendência, o neobarroco representa uma quali<strong>da</strong><strong>de</strong> doespírito <strong>da</strong> cultura que revive em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s épocascertas expressões. Ela diz que, “le néobaroque n’est pas laseule dominante <strong>de</strong> la postmo<strong>de</strong>rnité, mais il estsûrement l’aspect le plus important que l’on peut i<strong>de</strong>ntifier<strong>da</strong>ns l’esprit <strong>de</strong> notre époque”. Trata-se <strong>de</strong> uma análisemeta-histórica do barroco.Eugenio d’Ors (2000) é o precursor <strong>da</strong> idéia <strong>de</strong> queo estilo barroco se revela em momentos diversos dotempo; ele enten<strong>de</strong>u o barroco como manifestação doespírito humano cujo eon aparece em diferentes culturas,em tempos diversos, em varie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> expressões. Paraeste estudioso a análise do estilo barroco não se restringeao domínio <strong>da</strong> arte e, ao invés <strong>de</strong> perceber neste estilouma “<strong>de</strong>generescência” em relação ao classicismo, D’Orsconsi<strong>de</strong>ra que o estilo barroco é a expressão mo<strong>de</strong>lar <strong>da</strong>arte.Villaça (1996:126), observa que a etiquetaneobarroco não significa um retorno à totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>expressões do barroco histórico. “Alu<strong>de</strong>-se, diz ela,apenas a um ‘ar do tempo’ que percorre os mais diversoscampos do saber e <strong>da</strong> arte”. Este ar do tempo permiteassociar “certas teorias científicas (...) a certas formas <strong>da</strong>arte, <strong>da</strong> literatura, <strong>da</strong> filosofia e do consumo cultural”.Contudo, acrescenta, não existiria uma constante doespírito humano que expressaria o barroco, comopreten<strong>de</strong>u Eugênio D’Ors. O neo-barroco, seria umarepresentação contemporânea <strong>da</strong> mutabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dosvalores, do hibridismo <strong>de</strong> sentidos, <strong>da</strong> <strong>de</strong>sestabilizaçãoque amplia as fronteiras <strong>de</strong> marginalização entre culturas.O que assistimos com a retoma<strong>da</strong> <strong>da</strong> idéia barroca éacentuação <strong>da</strong> “<strong>de</strong>sterritorialização <strong>da</strong>s certezas”.32

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