13.07.2015 Views

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.marcado pelas formas repressivas — discriminatórias e/ouviolentas — quanto pelas libertárias — pacíficas e/ouafetuosas.São épocas extremas on<strong>de</strong> os sentimentos coletivosse exacerbam e as contradições são leva<strong>da</strong>s às ultimasconseqüências. Movimentos <strong>de</strong> atração e <strong>de</strong> repulsa sãopotencializados pelo gênio coletivo. E não po<strong>de</strong>ria serdiferente, simplesmente porque quando os sentidos <strong>de</strong>i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> se intensificam dois processos concomitantesse fortalecem: um para “<strong>de</strong>ntro” e outro para “fora” dogrupo; duas faces <strong>de</strong> um mesmo fenômeno. Assim,quando as formas <strong>de</strong> atração fortalecem os elos “tribais”,uma outra face <strong>de</strong>sse mesmo movimento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>,também, se robustece intensificando os ódios inter-tribais,ou as formas <strong>de</strong> repulsão.Como se sabe, i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s culturais tanto po<strong>de</strong>mser fonte <strong>de</strong> comunhão quanto <strong>de</strong> conflitos sociais. Osconflitos intra-grupais são assimilados pela própriadinâmica <strong>de</strong> pertencimento ao grupo. Além disso, asmanifestações <strong>de</strong> amor e <strong>de</strong> ódios inter-grupais sãoalimenta<strong>da</strong>s por uma única e mesma força estéticoafetiva,que imprime sentidos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e opõe,rejeita ou repele “outros” sentidos. E isto acontece emníveis <strong>de</strong> gra<strong>da</strong>ções diferencia<strong>da</strong>s conforme o contextocultural e o “acúmulo” histórico <strong>da</strong>s rejeições que sereafirmaram ao longo do tempo.Em relação às categorias maffesolianas,observando-as, um pouco mais, se <strong>de</strong>scobre um leque <strong>de</strong>referenciais que apontam para o caráter holístico dopensamento <strong>de</strong>ste sociólogo. Por isso, é preciso não<strong>de</strong>scui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> uma <strong>da</strong>s características dos estudos <strong>de</strong>steautor; qual seja, a <strong>de</strong> que as categorias que expressamseu pensar se apresentam “organicamente”. Assim, oestudioso é instado a percebê-las enquanto elementos <strong>de</strong>um sistema, <strong>de</strong> um conjunto relacional. O que se quer<strong>de</strong>stacar, é que estas categorias inter-relaciona<strong>da</strong>sexprimem o fluxo <strong>de</strong> um pensar imbuído do propósito <strong>de</strong>produzir inteligibili<strong>da</strong><strong>de</strong> acerca <strong>da</strong> cultura. A cultura é,então, representa<strong>da</strong> pela idéia <strong>de</strong> um jogo dinâmico <strong>de</strong>elementos que se articulam e se referenciam produzindomúltiplas interações e/ou reproduzindo outras.Estilo-estético-afetivo e cultura barroca30

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!