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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.o conjunto <strong>da</strong>s pessoas e <strong>da</strong>s coisas” (Maffesoli, 1995:99).A noção <strong>de</strong> sinergia (ou <strong>de</strong> “sentido cenestésico”)complementa o sentido <strong>da</strong>s categorias anteriores. Asinergia supõe uma “harmonia conflituosa”; isto é, umequilíbrio <strong>de</strong> forças conflitantes que se atritam, ou mesmose atraem, por suas diferenças constituintes, quer dizer, apartir <strong>de</strong> sua diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Assim, como se <strong>de</strong>stacou emoutra oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, não há comutabili<strong>da</strong><strong>de</strong>,reversibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e, muito menos, sinergia sem o confrontoentre as forças ativas ou reativas que agem na vi<strong>da</strong> socialpossibilitando o <strong>de</strong>sabrochar <strong>da</strong>s formas e <strong>da</strong>s figurassociais.“A cultura do sentimento é conseqüência <strong>da</strong>atração”. O estilístico <strong>de</strong>ve ser percebido como umamaneira <strong>de</strong> agir e <strong>de</strong> sentir. É assim que uma imagemtransforma-se em expressão <strong>de</strong> um tempo fazendoparticipar o maior número <strong>de</strong> pessoas sentindo-emcomum.Esta percepção <strong>de</strong> “contemplação estética”,a<strong>de</strong>rindo às subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, propicia a coexistência <strong>de</strong>sentimentos, sensações e sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s que possibilitam,<strong>de</strong> certa forma, experiências comuns em torno <strong>de</strong> alegriase dores que se compartilham através dos sentidos quebrotam <strong>da</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> comum. Por exemplo, em poucosminutos as imagens <strong>da</strong>s guerras transmiti<strong>da</strong>s via satélitefazem reviver e atualizam em “nós” sentimentos <strong>de</strong> afeto,<strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> justiça que perturbam quando sepercebe o quanto <strong>de</strong> dor, <strong>de</strong> per<strong>da</strong> e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sencontro,ain<strong>da</strong> se causam os homens uns aos outros.A imagem, ao transfigurar sentidos que sãocaptados pela representação do imaginário nas diferentes“tribos”, isto é, nos grupos sociais, possibilita oentendimento <strong>da</strong> “polifonia” cultural que se expressa <strong>de</strong>múltiplas formas. É nesse processo <strong>de</strong> reversibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ecomutabili<strong>da</strong><strong>de</strong> que o imaginário mantém a relação entreparte e todo o que permite <strong>de</strong>finir, ou <strong>da</strong>r forma, tanto aosistema quanto ao fragmento, ou seja, tanto ao self comoao “nós” comunitário. Este jogo <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificação/diferenciação, <strong>de</strong> interação e <strong>de</strong>correspondência, reforça, por um lado, a sociali<strong>da</strong><strong>de</strong>; <strong>de</strong>outro, fortalece as singulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s sociais.Precisamente, por privilegiar um i<strong>de</strong>al comunitário,o estilo estético tanto po<strong>de</strong> refletir um viver comum29

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