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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.“sem obrigação nem sanção”, nenhuma outra obrigaçãoque não seja aquela <strong>de</strong> se agregar, “<strong>de</strong> ser membro docorpo coletivo”. “É uma ética no sentido forte do termo:quer dizer aquilo que permite que a partir <strong>de</strong> qualquercoisa que seja exterior a mim, possa se operar umreconhecimento <strong>de</strong> mim mesmo” (Maffesoli, 1990: 32).O caráter comunicativo <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> pensadoatravés <strong>da</strong> noção <strong>de</strong> vitalismo social — que enfatiza asidéias <strong>de</strong> agregação, <strong>de</strong> correspondência, <strong>de</strong> partilha e <strong>de</strong>reconhecimento — <strong>de</strong>staca o sentido <strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>base e <strong>de</strong> habitus; porque estes reforçam o sentimentoético quando fazem reviver, pelas práticas coletivas, oethos que resguar<strong>da</strong> a cultura.O “vitalismo” maffesoliano, a que nos referimosinicialmente, <strong>de</strong>ve ser compreendido como expressão domovimento dinâmico <strong>de</strong> um sistema que dispõem emrelação múltiplas forças sociais. Existe uma plurali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>causas e <strong>de</strong> razões que emergem <strong>da</strong> comunicação social— analogias, correspondências, comutabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.Entretanto, há que se dizer, que esse vitalismo em seucaráter comunicacional po<strong>de</strong> expressar tanto o vetor <strong>de</strong>participação, correspondência e comunhão com os outros,quanto o embate entre forças “pluriais” que atuam noconjunto <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social e que, também, po<strong>de</strong>m serrepressivas, discriminatórias e/ou violentas.Também a idéia <strong>de</strong> correspondência presente nacomposição <strong>da</strong> noção <strong>de</strong> sociali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ve estar ressalta<strong>da</strong>para a compreensão <strong>da</strong>s noções <strong>de</strong> reversibili<strong>da</strong><strong>de</strong>,comutabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e sinergia.A noção <strong>de</strong> comutabili<strong>da</strong><strong>de</strong> indica um estado <strong>de</strong>or<strong>de</strong>m relacional que privilegia a coexistência doselementos <strong>de</strong> um sistema sem impor, a nenhuma <strong>de</strong>ssaspartes, uma posição única ou estática. Assim, ca<strong>da</strong>elemento do sistema po<strong>de</strong> estar ligado a outros, formandonovas configurações, o que não impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> constituírem,entre si, uma re<strong>de</strong>, um todo, mais ou menos expandidopela participação e pela correspondência comum.O pertencimento comunitário <strong>de</strong>semboca na noção<strong>de</strong> reversibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, que <strong>de</strong>monstra a dinâmica dos sentidosconstruídos socialmente através dos centros <strong>de</strong>referências; além disso, <strong>de</strong>monstra que “na<strong>da</strong> é absoluto,mas que ca<strong>da</strong> coisa vale enquanto estiver em relação com28

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