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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.como assinala Maffesoli, o caráter ético <strong>da</strong> emoçãoestética; ele faz com que o pertencimento aos grupos, ouas “tribos”, se transformem no “cimento” que sustenta avi<strong>da</strong> social. Portanto, esta argamassa que fun<strong>da</strong>menta acomuni<strong>da</strong><strong>de</strong> também está apoia<strong>da</strong> por elementos“objetivos”: a ação militante, os gran<strong>de</strong>s eventosculturais, a mo<strong>da</strong>, a cari<strong>da</strong><strong>de</strong>, a ação voluntária etc.Entretanto, esses elementos (“objetivos”) <strong>de</strong>vem serreconhecidos como pretextos cuja função é legitimar arelação com o outro.Além disso, essa estruturação <strong>de</strong> base, ousociali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> base, está igualmente vincula<strong>da</strong> aoscenários on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senrolam as cenas <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> cotidiana:os shoppings, os eventos esportivos e culturais, os megaeventosreligiosos, a vi<strong>da</strong> nos condomínios e as relações<strong>de</strong> vizinhança <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a or<strong>de</strong>m. São esses “cenários” queaju<strong>da</strong>m a compor as formas que caracterizam a vi<strong>da</strong>social, lembrando que formas e conteúdos são uma emesma coisa.É preciso então reafirmar com Michel Maffesoli aligação existente entre a emoção estética e a sociali<strong>da</strong><strong>de</strong>(ou soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> base), porque é esta relação quepossibilita a emergência <strong>de</strong> um viver ético-estéticoafetivo,que surge <strong>da</strong> ambiência comunitária e se fortalecepelos princípios <strong>de</strong> simpatia social. Trata-se mesmo <strong>de</strong>empatia (Maffesoli, 1999:326), porque tal sentimentopo<strong>de</strong> ser compartilhado através <strong>da</strong> generosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>espírito, <strong>da</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> correspondência com os“outros”: espaços, idéias, indivíduos.A noção <strong>de</strong> empatia ressalta a emoção comunitária;isto é, um movimento em direção ao outro que assinala adisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> compartilhar experiências que brotam<strong>da</strong>s razões e <strong>da</strong>s sensações do “pluralismo societal”.Portanto, esta orientação em direção ao outro, essacorrespondência social, é acentua<strong>da</strong> pela idéia <strong>de</strong> empatiae constitui-se em característica exemplar do “estetismo”,ou estilo-estético-afetivo, aqui focalizado.O estilo-estético-afetivo exalta a idéia <strong>de</strong> umsentimento <strong>de</strong> religare aos sentidos sociais, ou ain<strong>da</strong>, <strong>de</strong>“religação” ao Outro; por isso permite pensar uma éticaestéticanasci<strong>da</strong> <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> todo dia, isto é, dossignificados vivenciados-em-comum. Destacando-se,ain<strong>da</strong>, que o que se enten<strong>de</strong> por ética é um compromisso27

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