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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.As “forças plurais” que engendram o sistema socialproduzem formas ou significados culturais. Neste sentido,as práticas coletivas possuem essa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> formista,que Maffesoli <strong>de</strong>staca como um formismo que se produzpela emoção do viver comum. Tal emoção socialpossibilita pensar esteticamente a cultura.Por isso, já o dissemos, o estilo-estético é maisbem compreendido em épocas emocionais. São nestesmomentos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social, que os po<strong>de</strong>res <strong>da</strong> emoção e dodrama impregnam a constituição <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Por isso,a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> formista <strong>da</strong> cultura po<strong>de</strong> ser mais bemcompreendi<strong>da</strong> em tais momentos.As épocas emocionais são caracteriza<strong>da</strong>s pelavonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> viver-em-comum, cujo processo interativo ecomunicacional, <strong>de</strong>staca a importância do “diálogo”comunitário, através dos significados compartilhados, dohabitus como afirmaria Marcel Mauss (1974) .O habitus, nasce na própria efervescência <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>social, e possui uma memória que é <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>da</strong> razãoprática, do saber coletivo; mas também, é expressão <strong>da</strong>vi<strong>da</strong> simbólica, <strong>da</strong> força do espírito ético que atualiza aexistência individual a partir do reconhecimento social.É a troca inter-humana, ou a interaçãocomunicacional, que fun<strong>da</strong>menta as bases <strong>da</strong>compreensão estética <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Compreensãoestética porque se baseia em multiplici<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>linguagens, <strong>de</strong> formas, <strong>de</strong> símbolos etc, que se atualizam(ou não) pelas práticas culturais.O viver social como estilo <strong>de</strong> um tempo, estápermeado por imagens e simbolismos que constituem avi<strong>da</strong> em uma gran<strong>de</strong> ou banal aventura aon<strong>de</strong> coexistememoção e razão; tornando mais próximas as experiênciasvivi<strong>da</strong>s-em-comum. Como já foi <strong>de</strong>stacado, este processoético-estético coloca em jogo uma “paixão operante” cujavitali<strong>da</strong><strong>de</strong> constitui a base <strong>de</strong> to<strong>da</strong> “sociali<strong>da</strong><strong>de</strong>” ousoli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> base.A soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> base reafirma o ethos do vivercomum, aglutinando os indivíduos pela vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong>“ligação” instaura<strong>da</strong> pelo simples fato <strong>de</strong> estar-juntos,envolvidos pela “banali<strong>da</strong><strong>de</strong>” <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> cotidiana. Estesentimento <strong>de</strong> agregação, este compartilhar, acentua,26

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