13.07.2015 Views

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.Além disso, citar a força do elemento lúdico naconstituição <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social condiz, muito precisamente,com a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> transgressora <strong>da</strong> cultura barroca.Nenhum outro período artístico teria evi<strong>de</strong>nciado comtanta intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> o sentido <strong>de</strong> contestação <strong>da</strong> existência:rompendo com normas, convertendo sentidos,reformulando o mundo. Isto <strong>de</strong>monstra a singulari<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong>ste movimento estético e sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> subversãodos parâmetros estabelecidos .Como se sabe, é multiforme a apreensão <strong>de</strong> umimaginário cultural. Este pequeno texto procura articularcertas categorias do pensamento <strong>de</strong> Michel Maffesoli, quepropõe uma “compreensão” estético-afetiva <strong>da</strong> cultura,com a análise <strong>de</strong> algumas obras ou idéias barrocas queexemplificam a “ambiência” ou estilo-estético <strong>de</strong>ssacultura. Para sintetizar tal estilo-<strong>de</strong>-época escolhemosalgumas representações artísticas que se tornaramexpressões barrocas e que, por isso, apontam para certassingulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>quela cultura.Antes, porém, é preciso <strong>de</strong>stacar a noção <strong>de</strong>“formismo” como emprega<strong>da</strong> por Michel Maffesoli paraenten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> que maneira uma apreensão estética <strong>da</strong>cultura po<strong>de</strong> ser capaz <strong>de</strong> enunciar os significados <strong>de</strong>épocas.Formismo e compreensão analógica <strong>da</strong> culturaO estilo-estético favorece o florescimento <strong>de</strong> umpensar analógico sobre a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. A interpretaçãoanalógica requer a constante correspondência entre partee todo, portanto, é preciso <strong>de</strong>stacar sua importânciaquando se trata <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r a plurali<strong>da</strong><strong>de</strong> do viversocial com propósitos referentes a uma sociologia <strong>da</strong>emoção.O pluralismo <strong>de</strong> forças que atuam na cultura, ouain<strong>da</strong>, a “polissemia” <strong>de</strong> valores que expressam a“multiplici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> modulações” que compõem o viversocial, aju<strong>da</strong>m apreen<strong>de</strong>r <strong>da</strong> noção <strong>de</strong> “formismo”. E comojá se anunciou, para Maffesoli (1988:115) esta noção secontrapõe ao conceito <strong>de</strong> formalismo que se “empenhaem <strong>da</strong>r sentido a tudo o que observa; assim, dá razões esubmete à razão — ao passo que o formismo se contentaem <strong>de</strong>linear, ..., sem reduzi-los, os valores plurais e àsvezes antagônicos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> corrente” .25

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!