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abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.que compõem, como se disse, o estilo-estético <strong>da</strong> cultura.Esse processo <strong>de</strong> alternância e substituição <strong>de</strong> estilosestéticosexemplifica o movimento dos homens nahistória, isto porque, história é movimento e prática. Ela“é o que fazem as pessoas” (Veyne, 1982:157).E o que elas fazem modulam a vi<strong>da</strong> social.Modulam no sentido <strong>de</strong> <strong>da</strong>r forma as práticas sócioculturais.Assim, a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> estética é sublinha<strong>da</strong>como parâmetro, ou como estilo, no sentido “formista”que, para Maffesoli, <strong>de</strong>lineia aspectos <strong>de</strong> uma cultura aoinvés <strong>de</strong> tentar explicar-lhes “todo” o sentido. Neste caso,se contrapõe a noção <strong>de</strong> formalismo com a <strong>de</strong> formismo,que será <strong>de</strong>staca<strong>da</strong> adiante.Estilos-estéticos tornam-se marcas <strong>de</strong> expressão <strong>da</strong>cultura e, como estilo-<strong>de</strong>-um-tempo, preenchem <strong>de</strong>significados às épocas em que se configuram. É assim queas expressões artísticas transformam os sentidos criadossocialmente em sentimentos. Para esse estudo quepreten<strong>de</strong> uma análise estético-afetiva <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social, aestética barroca será <strong>de</strong>staca<strong>da</strong> com a intenção <strong>de</strong>exemplificar que os movimentos estilísticos representamcertas sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s que se ligam pragmaticamente àsépocas em que surgem.Como se sabe, o estilo <strong>de</strong> arte barroca, que secontrapôs estilisticamente ao classicismo, explodiu emformas que foram consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s, por muitos, comobizarras, disformes, exagera<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>sproporcionais, umestilo menor em comparação à manifestação artísticaanterior. Mas esta interpretação foi, posteriormente,reavalia<strong>da</strong> e o estilo barroco mereceu dos estudiosos <strong>da</strong>cultura e <strong>da</strong> arte outro tipo <strong>de</strong> atenção e análise. Adiscussão <strong>de</strong> tais estudos configura-se um campo <strong>de</strong> açãopara uma outra pesquisa e diverge do que <strong>de</strong>sejamos,aqui, <strong>de</strong>monstrar.Nosso propósito <strong>de</strong> trabalho é simples egostaríamos mesmo que nossa análise <strong>da</strong> estética barrocafosse compreendi<strong>da</strong> <strong>de</strong> maneira lúdica, no sentido <strong>de</strong> queuma apreensão estético-afetiva <strong>da</strong> cultura requer umpensar que predisponha aceitar as in<strong>de</strong>terminações <strong>da</strong>vi<strong>da</strong> social, ou sua complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Trata-se <strong>de</strong> um impulsopara acreditar que é a expansão <strong>da</strong>s potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>simaginativas que impelem os homens para a criação, atransgressão, a subversão e a re-criação dos mundos.24

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