13.07.2015 Views

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.Esta paixão operante e sua nebulosa afetiva, secompõem pelo fluxo do imaginário atuando no jogo <strong>da</strong>sformas sociais: o estético, o religioso, o ético, o nãológico,a paixão, o trabalho etc. Representações <strong>da</strong>cultura, que são alimenta<strong>da</strong>s por uma força, por um“vitalismo” , que é próprio <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> comunal. Nestestempos, o corpo social é invadido por uma “ambiência”estético-afetiva capaz <strong>de</strong> criar novas formas <strong>de</strong>sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Para compreen<strong>de</strong>r a cultura através <strong>da</strong>smanifestações estéticas, privilegiamos uma visão <strong>de</strong>mundo que percebe a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> envolvi<strong>da</strong> por parâmetros“afetivos”, alicerçados, por exemplo, pelos sentimentos <strong>de</strong>comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Para Maffesoli estas idéiasrevelam o entendimento <strong>de</strong> um viver cultural on<strong>de</strong> osentir e o pensar estabelece um estilo-estético-afetivo queafirma o “societal-em-ato” e está marcado pela vi<strong>da</strong>comunal que se instaura “pelo conhecimento vindo <strong>da</strong>partilha, <strong>da</strong> colocação em comum, <strong>da</strong>s idéias,evi<strong>de</strong>ntemente, mas também, <strong>da</strong>s experiências, dosmodos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e <strong>da</strong>s maneiras <strong>de</strong> ser” (Maffesoli, 1995,p.102).A sociali<strong>da</strong><strong>de</strong> maffesoliana <strong>de</strong>ve estar remeti<strong>da</strong> aum sentimento <strong>de</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> que é marca<strong>da</strong> pelapredominância do corpo coletivo sobre o individual. Avitali<strong>da</strong><strong>de</strong> cultural faz emergir o “societal-em-ato” através<strong>de</strong> um fazer-em-comum, <strong>de</strong> um sentir-em-comum, que“impele em direção ao outro” envolvendo a todos em umfluxo afetivo que se representa pela idéia <strong>de</strong>“soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> base”, ou seja, por um sentido <strong>de</strong>agregação que valoriza a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.A correspondência com o “outro” — indivíduo,espaço, objeto, idéia, paisagem — cria a ambiênciaestética que envolve com seu “gênio”, com seu espírito,os espaços-tempos sociais. Desta maneira é que se po<strong>de</strong>falar no estilo <strong>de</strong> um tempo e em sua dimensão estéticaporque se liga pragmaticamente a uma época, àsensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> coletiva; ou ain<strong>da</strong>, porque estabelece nexosa partir <strong>da</strong> emoção que alimenta o próprio vitalismosocial. É esta emoção que permite pensar a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> emsua dimensão estético-afetiva.Formas que substituem formas, tempos quesubstituem tempos, maneiras outras <strong>de</strong> sentir e <strong>de</strong> pensar23

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!