13.07.2015 Views

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

abril de 2004 - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Softwarehttp://www.foxitsoftware.com For evaluation only.per<strong>da</strong> “<strong>de</strong>ste sentido <strong>de</strong> separação do outro”, com o “‘eu’tornando-se parte <strong>de</strong> um ‘nós’” (p. 36).A segun<strong>da</strong> subdivisão dos tipos <strong>de</strong> empatia dizrespeito aos modos <strong>de</strong> vivenciar a reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Para Clark, osujeito po<strong>de</strong> vivenciar a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> - no caso, a dor dooutro - <strong>de</strong> forma cognitiva, física ou emocional. Naempatia cognitiva, existe uma compreensão racional <strong>de</strong>que o outro passa por dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Na empatia física, osujeito que se compa<strong>de</strong>ce reage através <strong>de</strong> seu própriocorpo à dor que reconhece no outro, como por exemploatravés <strong>de</strong> lágrimas ou enjôos. Finalmente, na empatiaemocional, a dor do outro suscita no sujeito emoçõesa<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s à situação vivi<strong>da</strong> pelo outro, tais comopreocupação ou indignação.Esta primeira etapa do processo <strong>de</strong> compaixão - aempatia - tem caráter necessário. Para Clark, não hácompaixão possível se não houver empatia. As duasetapas seguintes, contudo, são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e nãoocorrem necessariamente: são elas o sentimento e a<strong>de</strong>monstração <strong>da</strong> compaixão.O sentimento <strong>da</strong> compaixão apresenta varie<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Po<strong>de</strong> ser simples (uma mera preocupação com o outro) oucomplexo (incluindo outros sentimentos); <strong>de</strong> curta oulonga duração; sentido em relação a alguém ou comalguém. Entre empatia e compaixão não há tambémqualquer relação necessária. Para Clark, a compreensão<strong>da</strong> dor do outro po<strong>de</strong> acarretar outras reações emocionaisdistintas ou até mesmo avessas <strong>da</strong> compaixão, tais comoa alegria, a indiferença, o nojo ou o <strong>de</strong>sprezo. Ao discutirestas formas do sentimento, Clark apresenta uma noçãoimportante: a idéia <strong>de</strong> “dissonância”, passível <strong>de</strong> ocorrerentre emoções (sentimentos conflitantes) ou entrecognição e emoção (quando a percepção racional <strong>de</strong> umasituação está em <strong>de</strong>sacordo com a emoção suscita<strong>da</strong>).A terceira etapa do processo <strong>de</strong> compa<strong>de</strong>cer-se é a<strong>de</strong>monstração <strong>da</strong> compaixão. Para Clark, estas duasúltimas etapas são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes entre si porque, se porum lado o sentimento não engendra necessariamente suaexpressão, por outro a expressão po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong> formainsincera, ou seja, <strong>de</strong>stituí<strong>da</strong> <strong>de</strong> um “lastro” emocional. Aautora <strong>de</strong>dica então sua atenção a <strong>de</strong>sven<strong>da</strong>r a regulaçãosocial <strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> compaixão, examinando omodo como as regras <strong>da</strong> interação <strong>de</strong>finem aspectos tais168

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!